"O Futebol é dinâmico" (Rafael Bandeira dos Santos)
Depois de uma forte crise renal que me levou ao hospital das 9 às 15 h de hoje e risco de uma cirurgia, neste momento estou bem a ponto de lançar as linhas seguintes.
Apropria-mo de um frase definitiva do ex-dirigente gremista, campeão brasileiro de 81 e da Copa do Brasil de 89, mas com o primeiro rebaixamento gremista na biografia, para analisar o atual estágio de alguns jogadores do Tricolor.
Escrevi que numa equipe acertada em todos os pontos, a tendência de aparecerem individualidades fulgurantes é bem grande; todas ou quase isso, protegidas pelo belo desempenho coletivo.
Jogadores antes criticados (justamente criticados), hoje são reconhecidos como grandes talentos, isso vale para os reais talentosos, vale para casos efêmeros; exemplificando: Josimar jogou muito na Copa do Mundo de 86, assim como Totó Schilacci, goleador da mesma competição na edição de 1990 ou o russo Oleg Salenko, também goleador de uma Copa quatro anos depois, nos EUA.
O Grêmio de Renato recuperou certos jogadores como Cortez e Maicon entre outros. Maicon era alvo de desaprovação de parte da torcida (eu era um de seus críticos) pelo jogo inconsequente (aqui na melhor definição de causal) que ele ditava no meio, especialmente quando seu desempenho era comparado com o de Arthur.
Aí, Renato conseguiu encaixar os dois no time e uma nova comparação, desta vez de Maicon com Jaílson ou Michel, fez a balança pender favoravelmente ao carioca. Com o acréscimo de sua liderança positiva no grupo, Maicon parece estar "muitas léguas" à frente de Michel e Jaílson.
Há vários exemplos no time titular do Grêmio de jogadores que antes eram incompreendidos pela torcida como Fernandinho, Ramiro, até Pedro Rocha, que deram a volta por cima e outros que sucumbiram injustamente, refiro-me a Rodriguinho a quem não foi dado o devido tempo.
Estava errada a torcida? Em parte não, porque se for feita a devida avaliação de alguns deles, as vaias ou reclamações eram pertinentes. Maicon, penso, está neste rol.
Por isso, a frase cunhada por Rafael Bandeira dos Santos segue atual.
Criticar jogador é um direito que nos torcedores temos. Eu já critiquei Luan e Pedro Rocha. O que nao acho certo é perseguição, principalmente quando o atleta mostra ser comprometido como é o caso do Maicon.
ResponderExcluirCarlos
ResponderExcluirÉ verdade, às vezes a crítica extrapola as condições de campo, aí,realmente, é inaceitável.
De repente a cobrança, mesmo que exagerada, se torna positiva ao jogador, é só lembrar de Luan, "pós pipoca"...
ResponderExcluirGlaucio
ExcluirDepende da personalidade do atleta, uma cobrança exagerada pode afundar de vez; mas na maioria das vezes, funciona.
Sou totalmente favorável a cobrança, mas dentro de limites. Pelos sites, blogs e outras mídias você de vez em quando se depara com torcedor que nem entende direito como o time joga e qual a importância de certo cara para o esquema e fica falando um monte de besteiras. No São Paulo os torcedores para justificar o mau momento do time todo arranjaram um “bode expiatório”. Maicon pediu para sair justamente pela cobrança exagerada e maldosa. Aqui mesmo já vi muitos cobrarem certos jogadores e quem perdeu foi o clube, justamente o time pelo qual o cara se diz torcedor. Lembram do Jonas? Alex Telles? Wendell? Tcheco? Jardel? ...
ExcluirSobre o Maicon: quando ele entrou no jogo contra o Real Madrid, me passou a impressão de ter equilibrado o time, e deu ao Grêmio um pouco mais de poder ofensivo. Arrisco a dizer que tivéssemos Arthur e Maicon naquele jogo, com a formação de hoje, o Grêmio tivesse talvez saído com a vitória no Mundial. Quem sabe corrige-se este erro histórico em uma revanche, em dezembro? Abraço, Caco Vaccaro
ResponderExcluirPor essas, é que eu acho este Grêmio de 18, bem superior: Maicon bem, Éverton voando, Cortez idem; além de André.
ExcluirCoisa dos deuses do futebol. Concordo com o Caco Vaccaro: "SE". Foi no meio campo que perdemos aquele jogo onde Modric jogou muito e "quase só", controlou de intermediária a intermediária o jogo. Pela falta desse meio em plenas condições, os atacantes pouco fizeram. Claro que também Éverton ainda não havia deslanchado como agora. Fernandinho e Lucas Barrios não estavam totalmente comprometidos por já saberem que não ficariam no pós jogo. Uma série de conjunções. Mas na vitória também aparecem uma "série de conjunções". É assim o futebol. Quer coisa mais improvável do que aquela abertura na barreira?
ResponderExcluirNão só Maicon tem virado tema de "análises", no entanto, para os mais atentos, para os que conseguiram "pescar" detalhes da vida e obra de cada um, não é surpresa. Maicon teve participação importante no título de 2016. Após isso vieram críticas. Elas se agravaram após a lesão e o surgimento de uma "surpresa" chamada Michel. Como o "o futebol é dinâmico", Maicon aceitou a reserva. É o que se espera de líderes: saber o momento, ter "time". Porém, se é dado voz nas críticas, ao torcedor, alguns exageraram na dose. Maicon não saiu "escorraçado" do São Paulo, pediu para sair, quis ir embora. Justamente as críticas injustas o fizeram tomar esta atitude. Não falo por falar. Estou apoiado por um técnico vitorioso que estava presente nesta tomada de decisão (Muricy Ramalho). Enquanto isso o Grêmio estava em evolução, ainda (e ainda está). Foi nesse caminho que Maicon volta a ser importante e decisivo. Mudou a qualidade, espírito, entrega? Não. Mudou a maneira, aliás, evoluiu a maneira do time jogar e Maicon se "encaixou feito uma luva", mesmo tendo um ótimo Michel a lhe fazer sombra. Feliz é o Grêmio, como repetidamente falo, de ter cinco volantes que podem ser titulares (Arthur, Maicon, Michel, Ramiro e Jailson). Hoje a preferência e o acerto é por Arthur e Maicon. E diga-se: depois de tudo, Arthur e Maicon já são nomeados como meias e não mais como volantes. Simples, bem mais simples do que o torcedor enxerga, do que os críticos debatem, do que os "ácidos" desejam.
ResponderExcluirTem um porém nisso, Arih. São 5 volantes, aí entra o porém:Jogando Arthur, Maicon e Ramiro juntos é bem diferente de Michel, Jaílson e Ramiro juntos.
ExcluirEste é o diferencial. Michel, Jailson e Ramiro é mais contenção. Não que eles não consigam fazer a bola chegar ao atacantes, mais são menos efetivos neste quesito. Por outro lado, com Maicon, Athur e Ramiro a bola chega com mais frequência ao Luan e aos demais da frente e eles próprios tem poder de decidir com mais facilidade.
ExcluirPor isso, Arih, que eu não sou favorável a utilização integral de reservas; Renato deveria "balancear" o time, conforme características, não deixando de colocar parte dos titulares. 100% reservas, já vimos que não dá certo.
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