Páginas

sábado, 19 de maio de 2018

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (192) - Ano - 1998


Hard Times

http://gremiodados.blogspot.com.br
Se alguém perguntar para qualquer gremista quais foram os anos mais difíceis da história Tricolor, há unanimidade, os dos rebaixamentos (1991 e 2004), mas há três bem complicados, anos de muitos sustos, apreensões e alívio na virada do calendário, deixando a sensação que podia "ser bem pior o estrago", quando a folhinha do calendário bateu no 31 de Dezembro; casos de 2003, 1997 e 1998. 1997 trouxe uma única alegria, o terceiro título da Copa do Brasil, que mascara a sua realidade sofrida.

Gestões desastrosas, comprometedoras dentro e fora das quatro linhas, goleadas constrangedoras (2 x 5 no Grenal, 0 a 6 para o Goiás), longas sequências de jogos sem vitórias, casos de até 6, 14 e 7 em 1997 e 11 partidas em 1998 e 2003, cada.

Há 20 anos, o Tricolor respirava por aparelhos no Brasileiro, vencera o Vitória por 2 a 1, quebrando a tal sequência indesejada de mais de uma dezena sem vitória; vencendo de novo, poderia atingir a 18ª posição na tabela entre 24 participantes, conservando o flerte com o rebaixamento, quando na noite de 09 de Setembro encarou o Paraná Clube no Durival de Brito, tentando confirmar que o mau momento ficara para trás.

Celso Roth sem contar com vários titulares, utilizou: Darnlei; Walmir, Rodrigo Costa, Scheidt e Roger; Djair, Gavião, Itaqui e Palhinha; Clóvis e Zé Afonso. Ainda entraram o zagueiro Éder, o volante Otacílio e o atacante africano Danlaba Mendi.

Otacílio Gonçalves mandou a campo o Paraná assim: Marcos; Wilson, Milton do Ó, Ageu e Ednélson; Hélcio, Fernando e Luiz Carlos; Celsinho, Auecione e Arinélson. Ingressaram também, Tico, Edmundo e Lúcio Flávio.

O juiz foi Flávio Carvalho e o público quase atingiu 5.000 pessoas.

Com Carlos Gavião e Djair fazendo uma boa proteção ao setor defensivo, o Grêmio segurou a impetuosidade inicial paranaense; Palhinha que até então, não justificara sua contratação, realizava a sua melhor partida. E assim, o Tricolor começou a levar perigo ao arco de Marcos; primeiro aos 7 minutos quando Clóvis se atrapalhou na cara do goleiro e perdeu o gol feito, porém, aos 13 minutos, Zé Afonso lançou Roger na esquerda, o lateral cruzou, Milton do Ó meteu contra as suas redes, no entanto, o gol foi creditado ao lateral gremista, atual treinador do Palmeiras. 1 a 0, resultado que permaneceu até o final desta etapa.

Logo aos 4 minutos, Gavião lançou Clóvis que foi derrubado na área; pênalti que Palhinha (foto acima) converteu com categoria. 2 a 0.

Aos 7 minutos, Palhinha fez linda jogada e quase marca o terceiro encobrindo o goleiro. A essa altura, o ex-atacante de São Paulo e Cruzeiro, já era considerado o melhor em campo.

A vitória já se encaminhava com tranquilidade, quando o zagueiro Rodrigo Costa foi expulso por falta violenta aos 27 minutos. Os locatários cresceram, colocaram um atacante (Tico) no lugar de um zagueiro, enquanto Roth, que já tirara um atacante (Zé Afonso) para colocar um volante (Otacílio) no intervalo, agora saca o melhor do time, Palhinha, fazendo entrar um zagueiro (Éder); resultado: Num rebote de Danrlei, Ednélson descontou. 2 a 1.

Ficou assim.

Olhando o atual estágio gremista, vemos que ficaram para trás aqueles tempos difíceis.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro










2 comentários:

  1. Apesar de Telê ter "sacaneado" com Renato o desconvocando para a Copa, claramente percebemos que deixou no camisa 7 a marca de que "a melhor defesa é o ataque". Como pupilo, talvez admirador, apesar dos pesares, e também como atacante, segue a máxima. Já Celso Juarez Roth, por mais que tenha ajudado alguns clubes, ficou para a história como a expressão da retranca. Ah, Renato, Renato. Quanto bem você faz ao futebol. Mas, não podemos esquecer da recomposição defensiva, da cobertura sem a bola, das multifunções de uma atacante e meia, ... . O futebol vive outra época.

    ResponderExcluir
  2. Arih
    Apesar de verdadeira a afirmação, o gosto pelo futebol ofensivo, Renato sabe armar bem o time defensivamente; claro quando se tem Geromel e Kannemann a tarefa fica mais fácil, mas em 2010 e 2013,ele já possuía boas defesas, se não nominalmente, pelo menos nos números.

    ResponderExcluir