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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Memórias


Memórias (11) - Ano - 1990




90: Os Anos Medíocres


Fonte:http://terceirotempo.bol.uol.com.br


Como escrevi anteriormente, as Copas seguintes pouco ou nada me atraíram. As causas não estavam apenas em mim, mas na crise técnica que se abateu sobre os três torneios (90, 94 e 98). Uma década com escassez de boas lembranças para quem gosta do futebol bem jogado.

Lógico! Se perguntarem para a Alemanha Ocidental, Brasil e França, dirão que não. Para eles, o que valeu foi a consagração pelo título. Verdade que houve Lothar Matthaus, Romário e Zinedine Zidane.

Começando pela edição da Itália; mesmos os finalistas, não passaram de equipes sofríveis, que chegaram à decisão à base do recurso derradeiro dos tiros livres, após duras prorrogações. Um equilíbrio “por baixo”.

A culminância da mediocridade residiu na penalidade inexistente a favor dos germânicos, marcada quase no encerramento do tempo regulamentar, que Andreas Brehme converteu. 1 a 0 e muito choro argentino. Alemanha campeã.

Desta Copa, o que permanece em minha memória com mais evidência é a desclassificação prematura do Brasil (oitavas-de-final) num jogo morno, cuja monotonia quebrou-se, quando num lance súbito e raro de Diego Maradona, saiu o gol de Caniggia (vide a belíssima foto acima). Um instantâneo brilhante colhido pelo repórter fotográfico. Um balé.

Lazaroni mandou a campo um 3-5-2: Taffarel; Mauro Galvão, Ricardo Rocha e Ricardo Gomes; Jorginho, Dunga, Alemão, Valdo e Branco; Müller e Careca. Entraram ainda, Silas e Renato Portaluppi, saindo Mauro Galvão e Alemão.

Carlos Bilardo usou: Goycochea; Simón, Monzón e Ruggeri; Basualdo Giusti, Troglio (Calderón), Maradona e Olarticochea; Caniggia e Burruchaga.

Caniggia anotou ao 36 minutos e Ricardo Gomes foi expulso aos 38. Ambos acontecimentos na etapa final.

Sessenta e uma mil pessoas assistiram a derrota brasileira com Joel Quiniou, francês, no apito.

Com a saída precoce do selecionado Canarinho, a execração do grupo tornou-se inevitável e óbvia, até batismo recebeu: “A Era Dunga”, sinônimo de futebol “científico”, duro, sem jogo de cintura, absurdamente previsível, porém, nem tudo era tão trágico assim.

A base do Tetra estava montada.

Fonte: Revista Placar

2 comentários:

  1. Naquela escalação brasileira postada por ti, não tem nenhum quebrador de bola. Incrível como ótimos jogadores acabaram não correspondendo, quando reunidos em um mesmo time. Dunga não foi um craque, mas foi um respeitável volante, com controle sobre o grupo. O líder que faltou ao nosso selecionado em algumas edições do Torneio Mundial.
    Dunga e "sua Era" guardaram as mágoas por tantas críticas recebidas. E deram a volta por cima, em 1994.
    Quanto ao gol de Caniggia, Ricardo Rocha um certo dia disse que ficou na dúvida entre deixar Maradona progredir ou fazer a falta. Quando decidiu, já era tarde. A bola já estava com Caniggia.
    E antes, bem antes, Alemão e Dunga não puderam tirar a bola do "10" da Argentina.

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  2. Alvirubro
    No gol de Caniggia saiu cada teoria, uma que ouvi, dizia que Alemão (e Careca) eram companheiros do Pibe no Napoli, e muito amigos, então, hesitaram em fazer a falta.

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