O Toque da Banda
O Grêmio ficou 15 tenebrosos anos sem conquistar um título de expressão, 8 se considerarmos o regional de 2010. Os vários elencos formados neste período tiveram atletas de muita qualidade e categoria, que passaram pelo Olímpico/Arena e ficaram marcados pela torcida, alguns injustamente como foi o caso do Victor, goleiro e ídolo do Galo, imortalizado pela conquista da Libertadores do mineiros.
Pois bem, neste período a flauta dos profissionais vermelhos campeou solta e os cabritos gremistas não berraram, apenas chiaram, porque eram bons e assim seguiram lutando, resistindo, trabalhando. Caso de Victor.
Vieram os ventos da mudança, justamente após a "valsa sashiana dos 15 anos", o Tricolor ganhou vários títulos em poucos meses, o Inter foi rebaixado e seus dirigentes deram vexame, basta lembrar tentativas de suspender a última rodada daquele Brasileiro ou comparações infelizes com a tragédia da Chapecoense. Foi um golpe na soberba, um tombo fantástico para quem se imaginava inatingível pelas "voltas que o Mundo dá". Foi um tal de esperneio que levou o clube até a Suíça. Não deu certo, mas aqueles reveses ficaram entalados nos jovens torcedores que não sabiam ainda que há dias de vitórias e há de insucessos. Os jogadores vermelhos também desconheciam o outro lado da moeda.
Agora, os tropeços gremistas da Copa do Brasil e a derrota neste último Grenal, permitiram instantes de alegria do elenco colorado, comemorados com proporções surpreendentes para um momento recente (duas rodadas de liderança no saldo de gols) e sujeita à efemeridade, pode ser, pode não ser; trazendo publicamente o que estava represado nestes meses de ampla supremacia gremista no terreno das conquistas e midiático. Liberaram os bichos contidos até à garganta com a complacência de parte do jornalismo esportivo que olhava para o "sarro" tirado por D'Alessandro e fazia observações do tipo "Esse D'Alessandro!"; só faltou complementar: "Que sapeca que ele é". Mudou (essa parcela), achando exagero a entrevista do capitão gremista.
Entretanto, o estouro natural, a reação gremista, em especial, do Maicon, só terão sentido se o elenco gremista tomar o episódio da flauta como um divisor de águas e se incomodar com a posição desvantajosa que o grupo se encontra neste Setembro; enfim, responder com vitórias no Brasileirão e na Libertadores, chegar à frente do adversário tradicional no peso das conquistas. Ou então, todos estamos autorizados a achar que ele e os demais indignados "jogaram para a torcida", fizeram "jogo de cena"; aí, o estrago será maior, porque a massa gremista não perdoará.
Este Grenal e seus desdobramentos mandaram um belo recado ao grupo gremista; aqui no Estado com essa tremenda rivalidade, a banda toca de um modo diferente; sem violências, lógico, mas deixando a poeira para os outros, o negócio é "Puro-Sangue pedindo cancha", como se diz aqui no Sul.
O recado desta derrota é também para os dirigentes, que terão que mudar o tom da conversa no vestiário ou serão engolidos por ele.
Bruxo, alguma notícia do Patrick que surgiu junto com o Jean Pierre mas não apareceu mais. Foi vendido? Ele parecia ter um bom potencial.
ResponderExcluirJoão, li no blog do Mario Marcos (ele é natural de Criciúma) que Patrick foi emprestado para o clube de lá. Está jogando a Série B.
ResponderExcluirEle e Dionatã pintaram bem ano passado.