O Profissional Renato Portaluppi
Conheço Renato desde 1979, quando jogou o Gauchão pelo Esportivo. Mais tarde, na Baixada Melancólica, ele jogou numa preliminar pelos juniores, já em 80, 81. Foram as primeiras notícias que tive dele.
No entanto, não é deste Renato que quero comentar aqui, mas do treinador; este que na terceira passagem pelo Imortal, experimenta um dos maiores crescimentos profissionais nesta década. Não vejo no Brasil alguém que tenha ganho tantos títulos em tão pouco tempo, nem o de imprimir um estilo de jogo ou revelar novos jovens como ele fez no Grêmio de 2016 para cá.
Renato sonha e é o maior candidato para a vaga de treinador do Selecionado Brasileiro. Mas por que ele sofre resistência por parte de uma parcela da torcida e uma maior ainda da imprensa gaúcha?
Porque cometeu erros que chamo de "administrativos", quando optou por times alternativos em momentos que se revelaram definidores nas recentes edições do Brasileiro, além, óbvio de equívocos dentro das quatro linhas. Poucos, eu diria, mas superdimensionados se comparados com outros técnicos gremistas.
Além destes erros absolutamente humanos, Renato provoca um ciúme danado (ou seria inveja?), isso numa parte da imprensa esportiva, que, às vezes ignora o seu trabalho ou credita a outros os acertos do time (no caso, Roger), noutras, busca valorizar movimentos acessórios do treinador, colocando-os como fatos relevantes, sempre no sentido de depreciar a imagem dele, como no episódio do curso da CBF ou suas opções em não acompanhar o time no interior gaúcho.
Para exemplificar, ontem, um decadente integrante da mídia esportiva local, como se já não bastasse protagonizar o estúpido e preconceituoso episódio envolvendo Miller Bolaños, quando este já se encontrava a milhares de quilômetros de Porto Alegre; ironizou a virose que se abateu no grupo gremista, inclusive sobre o treinador que não deixou por menos e prontamente, o colocou no seu devido lugar.
Infelizmente, alguns profissionais não sabem a hora de parar; para utilizar outra expressão conhecida, "agonizam em praça pública".
Com alguns defeitos, natural para quem está evoluindo, Renato caminha para o auge de sua carreira.
Todo treinador tem seus bruxos, mas Renato está passando do ponto...e algumas trocas durante os jogos não tem sentido, por exemplo: tirar Jean Pierre pra colocar Tardelli no Grenal...seria mais lógico tirar um atacante (André, que por mais esforçado que tenha sido, rende muito pouco) ou um volante (caso a intenção fosse matar o jogo).
ResponderExcluirEu sou fã dele, em 2010 e 2016 achou o time mais equilibrado que o elenco proporcionava, reagrupou, deu uma cara de mais atitude, mas de 2018 pra cá tá complicado.
Às vezes,são variações de jogo. Minha opinião,André fazia melhor jogo do que Jean Pyerre Perde na segunda etapa.
ResponderExcluirJean Pierre deu um belo lançamento pra Pepê, que não conseguiu fazer o gol....tipo de lance que passa batido nos compactos...mas a questão nem é essa, o erro é tu botar um atacante pra matar o jogo, tirando o armador do time, aí acaba com o meio de campo.
ExcluirAí, aos 2:15
Excluirhttps://www.youtube.com/watch?v=utJQZaC9nCI
Sobrou uma palavra no comentário anterior.
ResponderExcluirJean Pierre tem muita qualidade, mas estava jogando no "modo Lincon" e Grenal exige mais entrega. Tardeli tem entrado no meio, então a ideia da substituição me pareceu correta.
ResponderExcluirCarlos
ResponderExcluirIsso é algo que falta ao Jean Pyerre: Mais movimentação.
Deu pra ver que foi correta....a partir dali o Gremio nao jogou mais e correu riscos desnecessarios, mesmo com um a mais em campo.
ResponderExcluirGlaucio, o que eu escrevi foi: "a ideia da substituição me pareceu correta", é uma frase beeeeem diferente de "deu pra ver que foi correta". Outra coisa, o Inter jogou melhor o segundo tempo todo e teve as melhores chances de empatar antes das alterações feitas pelo Renato.
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