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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Opinião



Tostines

Quem não lembra daquela propaganda de biscoitos e bolachas: Vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho, porque vende mais?

Há tempos a mídia esportiva se debruça sobre essa questão e maneja as informações de forma diferente, conforme convicções ou conveniências: um trabalho longevo dos treinadores dá os melhores resultados ou pelos bons resultados se torna longevo?

Este ano, o 2019 "amanheceu" com três treinadores com um longo período à frente de seus clubes: Mano Menezes, Renato e Odair.

As taças em boa quantidade para o tempo de estada em Cruzeiro e Grêmio, robusteciam a tese que determina ser necessária a permanência do treinador por um período maior para que o resultado sonhado seja alcançado. Mas os casos de Odair Helmann e também, Cláudio Tencati no Londrina, que ficou de 2011 a 2017 no clube do interior do Paraná? 

Odair sequer botou faixa, Tencati, uma conquista relevante, campeão estadual em 2014. E Mano que era o de maior tempo à frente de clube de Série A, porque caiu?

Por isso, essa tese permanece em discussão: A longa permanência leva a períodos vitoriosos ou arrancar ganhando, garante a permanência? Ela é causa ou consequência?




2 comentários:

  1. Por via de regra o que segura o cargo dos treinadores atualmente são títulos e vitórias. Temos uma cultura imediatista com os treinadores, o time tá mal? Demite-se o professor e cria-se o "fato novo"(risos), é mais fácil mandar um embora do que um elenco de 30 jogadores. Mas cada caso é um caso.
    Odair ficou pelo respaldo do acesso e do bom trabalho conduzido no ano seguinte, mas nesse ano depois das eliminações e do futebol estagnar veio a conta.
    Mano é um caso a parte, é um treinador que no meu ver parou no tempo, tem mais prestigio pelos seus trabalhos no passado, pelo seu perfil de articulado e bom de papo(à la Tite) que o faz ser bem visto pela mídia. Mas seu trabalho no Cruzeiro já era alvo de questionamentos bem antes de conquistar a Copa do Brasil, o título mascarou os problemas e agora deu no que deu... É parecido com aquele ano em que Felipão ganhou a Copa do Brasil e rebaixou o Palmeiras na sequencia. Os títulos dão respaldo mas também podem enganar.
    Renato antes do títulos como treinador já tinha o prestígio de ser ídolo tricolor como jogador. E depois conquistou o penta da Copa do Brasil e o tri da Libertadores jogando um futebol encantador e ganhou uma moral elevadíssima, virou estátua, hoje é o treinador brasileiro mais prestigiado e cotado como sucessor de Tite na Seleção. Nesse ano talvez tenha sido questionado pela primeira vez, mas mesmo acabando o ano de mãos vazias é certeza que a direção irá querer sua continuidade, e já deve estar trabalhando nisso.
    Na teoria um trabalho com continuidade sempre é visto com potencial vitorioso, mas na prática nem sempre é assim. Infelizmente os técnicos brasileiros longevos acabam criando suas panelinhas nos clubes(Mano, Tite, Abel são muito paneleiros, por exemplo, e Renato não fica atrás também) e elas geralmente acabam estagnadas em termos de futebol e acabam por "fritar" seu próprio criador, que é o primeiro a ser demitido na crise. Por outro lado eu acho um absurdo esse troca-troca de treinadores, são 3 ou 4 por ano num clube, isso nunca vai dar certo, talvez deveria existir uma proibição de ter mais de dois treinadores por ano. Aí tem outro problema: a oferta, nosso mercado é horrível, cheio de treinadores fracos o que alimenta esse vai e vem. E tem os dirigentes que parecem contratar treinadores sem pensar no que estão fazendo e aí dois meses demitem e contratam outro do mesmo nível e assim segue. Esse é um tema pra uma analise ampla e que tende a gerar muito debate, é um bom tema pra discussão Bruxo!

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  2. Exatamente, Lipatin!
    Fecho completamente com o conteúdo do teu texto; aliás, já tenho na cabeça a postagem de hoje à noite, à princípio, "Expectativas ou Ambições" que remete em muito o que tu colocaste.
    Se não houver um fato novo, isto será o tema da próxima postagem.

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