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segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Opinião

 



Parece estar escrito nas Estrelas

A última fronteira que dá acesso ao título, vencer este clássico, fato que não ocorria há 11 edições, foi superada pelo Inter. Por coerência, admito que o Inter botou a mão no caneco. Caneco que ninguém quis ou quer, pelo que se vê.

Nesta provável conquista está um elemento que se pode chamar de Deus, destino, forças extraordinárias ou qualquer outro fator que não permita racionalizar, basta analisar sem muito aprofundamento: um clube endividado, páginas policiais entrando na sua pauta, o gestor de futebol não renova (Rodrigo Caetano) o melhor jogador se lesiona gravemente (Guerrero), mais outros três titulares, durante o ano tem idêntica lesão, o clube não chega à final do Gauchão, seu atleta mais emblemático pede para sair (D'Alessandro), eleições no meio do campeonato com cenas policiais também, o treinador que era a sensação do campeonato salta fora, o time despenca na tabela, um atleta de carreira mediana, começa a empilhar gols como nunca em sua biografia (Galhardo), quando volta à seca, surgem os guris, vem desclassificações traumáticas (LA e CB); aí tudo se alinha. Vem impensáveis 8 vitórias consecutivas no Brasileiro.

Isto não é planejamento. Está parecendo 1979, depois de um terceiro lugar no Regional, o tri invicto.

Como a Esperança é a última que morre: se não é planejamento, dá para suspeitar que a fase mágica termina, que os fatores que alinharam os caminhos de forma sobrenatural podem se desencaixar a qualquer instante, sem explicações racionais.

Resta saber, se ela (a fase mágica) se esgotará num tempo que permita a reação dos concorrentes, isto é, dentro deste campeonato.

Isto é o futebol.

E o Grêmio? Bom, há muitas postagens pela frente para analisar seus descaminhos.



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