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sábado, 3 de julho de 2021

Opinião




O Exterminador

Poucas vezes vi no Grêmio dos últimos 30, 40 anos, um treinador assumir e dinamitar um trabalho em tão pouco tempo. Verdade que havia indícios de queda, mas também é real que havia uma estrutura que se mantinha fruto de longos anos de busca de uma filosofia. Não era essa massa disforme que entra em campo.

Ela dava sinais de estafa, porém, tinha identidade, mesmo que alguns não gostassem. Não estou só, nessa visão. Vide Kfouri.

Hoje, tudo isso se perdeu; o Tricolor é uma geleia completa; a gente olha e desconfia do goleiro, reclama dos laterais, questiona as performances de Geromel e Kannemann, acha que Thiago Santos é solução; Matheus Henrique virou o grande vilão, parece que tudo que faz é errado (eu discordo), que quem está no banco é melhor do que o escalado na armação do time, que Douglas Costa precisa provar que ainda tem bola suficiente para ser o astro do time, que Diego Souza merece um tempo fora, que Ferreira desde que negocia a renovação, esqueceu o seu futebol. Enfim, que tudo está errado dentro do gramado.

Minha conclusão: o Grêmio encontrou o seu "Miguel Angel Ramirez".



14 comentários:

  1. Jogadores estavam acostumados à filosofia do "desumano", da preservação etc. Veio um treinador que é adepto do trabalho intenso....não rolou "química".

    Ainda assim, Tiago Nunes tem suas culpas no cartório. Mudou o sistema de marcação que de certa forma funcionava quando os melhores jogavam (marcação individual na bola parada), fez algumas más escolhas;

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    1. Sinceramente, não tenho imagens e nem vídeos que me provem isso aí Gláucio.

      Se não treinavam, de 2016 a 2021, de que maneira os títulos conquistados CdB e da LA se justificam?

      A marcação por zona...hummm. É. Boa observação. Mas mais uma vez, desde que isso veio à tona muito pouco se falava da marcação H-H que era feita. E agora, a dita marcação por zona é a grande vilã. Concordo, mas não é somente ela a culpada. Ou a "depreciação" dos nossos melhores jogadores não deve ser, também, considerada? Geromel não é o mesmo Geromel de 2017, por exemplo.

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    2. Rodrigo
      Permita-me; Geromel a 60 % é muito mais zagueiro do que a maioria dos demais no Brasil.
      Não está em Geromel e Kannemann, o furo, nem em Brenno, assim como, na maioria do time.
      Quando desconfiamos de todos os 11 e do banco, aí, o furo é outro.

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    3. Ok. Mas Geromel não está jogando 50% do que jogava quando estava em ótima fase. Não somente em um jogo. Por várias vezes, perdeu no mano a mano. Coisa que não acontecia tão seguidamente. Está lembrando muito o David Brás em alguns lances. Ele nao tem culpa. A idade chegou. Kannemann do mesmo modo, embora mais novo. Logo, a meu ver, não entra a questão do tipo de marcação. E sim, erros individuais de cada jogador.

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    4. Rodrigo, me referi principalmente às "poupadas" seguidas de 2019 em diante.

      E o time também se movimentava mais antes, havia alguma ultrapassagem, troca de posições, nos últimos anos é cadência demais, toque de lado demais, espera por outro resolver demais...

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    5. Sim, o time envelheceu, mas isso é outro papo que nada tem a ver com o grupo parecer não estar abraçado a Tiago Nunes.

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    6. Quando me referi à mudança na marcação, foi na bola parada.

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  2. Glaucio
    Exatamente, teve o ambiente em parte, contrário e quando mexeu, mexeu mal, aí, a confiança nele sequer existiu. Faltou a prática.
    Essa de seus treinos são intensos, o planejamento é ótimo, me faz lembrar dos jogadores "leões de treinos". Temos um treinador "leão de treino".
    Nos jogos ...

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  3. Bruxo, fraternalmente discordo. Se tivesse dinamitado, teria feito o certo. O trabalho do Renato dos últimos 36 meses era péssimo. O problema foi o TN ter acomodado as lideranças em detrimento do desempenho técnico. Os cascudos jogam pouco não pra derrubar o Tiago, mas porque o futebol deles terminou mesmo.

    Sejamos sinceros. Não falta vontade. Falta futebol e intensidade.

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    1. Intensidade depende de vontade...

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    2. Nem sempre, Glaucio. Tem a parte física também.

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  4. Vinnie
    Se usarmos a conceituação de péssimo para o trabalho de Renato, mesmo que a referência seja os últimos anos dele, vai faltar uma palavra adequada para usar para o desempenho de Tiago Nunes.

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    1. Não sei, Bruxo. Talvez tu tenhas razão. Mas o desempenho atual é muito igual. Título regional e começo fraco no certame nacional. Veremos como será hoje. Qualquer resultado que não seja a vitória e teremos um novo comandante.

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