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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Opinião



Grêmio sofre goleada impiedosa 

Apareceu a grande diferença entre o Flamengo e as demais equipes sul-americanas (exceção para Palmeiras e Atlético Mineiro). É abissal. Uma única derrota (Inter) que foi o condimento necessário para o time não subir no salto alto, nem carregar uma incômoda invencibilidade. 

Luiz Felipe arquitetou bem o enfrentamento; recheou o meio de campo, com isso, resistiu um tempo. Conseguiu ficar no 0 a 0 e até deu a impressão de estar melhor naqueles primeiros 45 minutos. Foi mera impressão. A expulsão ainda na etapa inicial do lateral Isla abriu uma esperança de melhor sorte no jogo dali para frente. Engano.

O problema é que Renato devolveu ao Flamengo qualidades que ficaram pelo meio do caminho nos trabalhos de Torrent e Rogério Ceni. Nem discuto as causas, apenas coloco aqui uma constatação indiscutível, mesmo que Gerson, o fiador do equilíbrio da "Era Jorge Jesus" não esteja mais no clube, o Rubro-negro está jogando um futebol bonito e competitivo. Empilha gols. Sabia-se que seria bem complicada esta peleia.

Além da dificuldade natural de enfrentar o Flamengo, o Tricolor teve contra si, vários obstáculos: ausência de Geromel, embora a boa jornada de Rodrigues, a esperada falta de embocadura ou de ritmo de Kannemann, a carência qualitativa de Thiago Santos e Lucas Silva, a ineficiência de Douglas Costa e Alisson, o isolamento de Borja e o mesmo mal que apareceu no zagueiro argentino, também atingiu Ferreira, ritmo de jogo. 

Destaques? Sim, três: Villasanti, Vanderson e Rafinha.

Na etapa final, Renato mexeu muito bem, colocando Michael, Vitinho e Rodinei + Matheuzinho e Thiago Maia; todas as substituições melhoraram o time que jogou inferiorizado até os acréscimos, quando Vanderson foi expulso. As alterações foram as fiadoras do placar elástico.

O Flamengo não fez força para golear o Grêmio, infelizmente.

Porém, há fatos novos positivos nesta derrota, Vanderson é jogador comprometido, às vezes, até excede o limite do envolvimento com a partida. Rafinha parece bem adaptado no outro lado, Villasanti cresceu, Campaz mostrou técnica e disposição; se expôs, ou seja, não se encolheu. Precisa sair jogando já no Sábado.

Os primeiros trinta minutos de Borja foram bons e tem a volta de Ferreira. Me refiro ao seu retorno, porque sua partida foi ruim.

O meu maior receio (e eu já rascunhei algo nesse sentido para postar nesta semana) é Luiz Felipe punir o time com seus "homens de confiança", deixando de escalar os melhores. 

É hora de pensar no coletivo e permitir que as ideias arejadas sejam incluídas na pauta e na prancheta do treinador.

A Direção já municiou o técnico para ter um time para subir bem na tabela; além disso, não haverá mais o choro de calendário apertado.



24 comentários:

  1. Para mim, Bruxo, Vanderson foi disparado o pior da partida pelo nosso lado. Não apoiou e muito menos marcou. É muito explosivo. E jogador kamikaze é isso aí. Até que demorou para ser expulso.

    Agora vou recolher-me. Amanhã, volto por aqui.

    Em tempo: concordo quando às mudanças do Renato. Mereceu vencer.

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    1. Rodrigo
      O defeito, talvez, a sua juventude. Vai melhorar.

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    2. Não é de hoje, Bruxo, que essa impaciência do rapaz compromete o time. A partida já estava perdida, não havia necessidade alguma daquilo.

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  2. Boa noite. Eu devo ter visto outro jogo. Pois o Rafinha esteve envolvido em 3 gols, e mesmo assim é apontado como destaque?
    O primeiro gol, concordo que foi infelicidade a bola bater nele e matar o Chapecó.
    Mas o segundo gol é uma falha juvenil dele. Ele como lateral tinha que estar marcando o passe que foi feito, para o jogador que recebe a bola onde o lateral esquerdo (no caso ele próprio) deveria estar... Se forem olhar a jogada novamente, já tinham 3 outros jogadores do Grêmio cercando o Vitinho, tirando a chance de bater a gol. Fosse o G. Guedes ali a imprensa ia falar que era preciso ter sido cascudo.
    O terceiro gol não é preciso nem falar nada, ele parece pular sem querer pular, parecia que estava com uma âncora amarrada nas pernas, se saltou 10 cm foi muito.
    Quanto as alterações do Felipão, a entrada do Campaz eu concordo. Com um jogador a mais, em casa, perdendo de 1 a 0, tinha que arriscar mesmo. Na teoria seria voltar ao esquema preferencial do Grêmio nos últimos anos, o 4-2-3-1. Então nem era abrir tanto o time. Talvez devesse ter sido feita até no intervalo, antes do primeiro gol.
    A troca do Alison pelo Luis Fernando é 6 por meia dúzia (ou 0 por nada, visto que o futebol de ambos é insuficiente para o que o Grêmio deveria almejar). Já a entrada do Diego Souza foi para tentar qqr coisa, já não existia mais tática ali. Acho que essa troca foi feita cedo demais, o que ajudou a esculhambar o time e resultou nos outros gols (junto com as falhas). Não sei se chegaram a treinar alguma vez com os 2 centroavantes, e sinceramente não consegui entender qual era a orientação pros 2, se era pra estarem ambos na área, se era pro DS jogar um pouco mais atrás (pela entrevista do Felipão acho que depois do jogo contra o Bahia) ou se era pro Borja se movimentar mais.

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    1. Gabriel
      Na troca do Alisson pelo Luiz Fernando, acho até que nem é 6 por meia dúzia; é pior. Luiz Fernando não deveria estar mais no elenco.

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  3. Bom dia! Pois também achei que Rafinha pode ser o nosso cara para a lateral esquerda. Porém, posteriormente, reassistindo os gols sofridos, identifiquei que ele falhou nos 3 primeiros.

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  4. Revendo os lances hoje; realmente, Rafinha foi mal nos três lances.

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  5. Me surpreendi com o Grêmio nos dois tempos, no primeiro um futebol de marcação forte e saídas rápidas, parecia que ia dar para levar a decisão para o RJ. No segundo tempo um pavor completo, com duas mudanças o Renato (entregador de camisas) arrumou o time do Flamengo e o estrategista Felipão ao tirar Thiago Santos e Alison destruiu o Grêmio.
    Os piores, Rafinha, Ferreira, Diego Souza e essa nulidade chanado Luiz Fernando.
    Se salvaram, Vanderson, Vilasante e principalmente Alisson que no momento é disparado o melhor jogador do Grêmio, foram dos seus pés que sairam as duas melhores chances de gol e ainda cavou a expulsão do Isla.
    Vanderson precisa dar uma segurada no seu instinto briguento pra não se prejudicar na carreira.

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  6. Carlos
    O melhor Grêmio, o do primeiro tempo, não ameaçou o arco de Diego Alves. Faltou qualidade e confiança.

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  7. A melhora do time no "zileirão" até que apareceu nos primeiros 45 minutos. Até ali o combate era igual. Mesmo com a expulsão, o jogo ainda era, pois não soubemos jogar com 1 a mais. Depois do 0 a 1, uma faísca acendeu novamente e a bola achou a trave e não o fundo das redes. Azar, eu diria.

    Era o Alisson, tudo bem. Mas é ele, por incrível que pareça, o melhor atacante pelo lado que tem o Grêmio. Nenhum reserva tem feito papel melhor. Nem o DC foi bem, como estão dizendo. Apareceu dando dois chutes para o além, e depois disso lesionou-se. Confesso que não lembro em que lance isso ocorreu.

    Aí entrou na equipe aquele que para muitos gremistas, desde 2020, era a solução para nosso ataque. O substituto do Pepe. Bah. Que baita negócio fez o time dos EUA. Pior pra nós.

    E do mesmo modo que dizem que DC foi bem, estão dizendo que Kannemann foi muito mal. Não vejo assim, e discordo dessas opiniões.

    Também não coloco Rafinha num mato sem cachorro. Teve parcela nos gols, dois deles eu diria. Mas estava quebrando galho na lateral esquerda.

    O 0 a 1 até os 40 do segundo tempo, mesmo com um a mais era "aceitável". Dessa vez, quem embalou o neném foi o Renato. E Felipão caiu na isca direitinho. Tirou a volância e deu ao Flamengo tudo o que aquele time mais gosta. Espaço. Com espaço, empilhar gols seria uma questão de tempo. E na tentativa desenfreada por um empate o que vimos foi a impiedade como tu bem anotou aí, colocada em campo.

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  8. Rodrigo
    Esse detalhe é importante, até anotei para postagem seguinte. Esse desarranjo só aconteceu no apagar das luzes, como se dizia antigamente.

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  9. Bruxo, eu até tinha feito uma postagem, mas na hora de postar a internet foi pro pau e perdi tudo. Em resumo, o primeiro tempo que deixou esperanças de sairmos do buraco, foi transformado em certeza de estarmos num buraco negro sem fim ao término da partida. Estamos mal, temos um time extremamente limitado tecnicamente e assim como ovelha não é pra mato, futebol não é para os reservas do Grêmio.

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    1. Esta a mais terrível conclusão, a falta de qualidade do elenco.

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  10. O time tem a cara do seu técnico, ultrapassado e sem ambição.

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    1. Concordo plenamente, e dia desses sentenciei em um grupo do whats: em Dezembro é agradecer por tudo e ir atrás de outro treinador.
      A derrota ontem seria normal, afinal, era jogo do Barcelona contra o Espanyol (Fernando Carvalho pelo visto é um visionário!), mas a goleada é na conta do Scolari. Não entendeu absolutamente nada do que aconteceu no segundo tempo, fez substituições totalmente sem sentido, fragilizou o meio-campo do Grêmio, colocou um cara totalmente fora de forma, lento pra jogar no meio, e o resultado foi mais um fiasco.

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  11. PJ
    Técnico ganha jogo,basta ver a baba que é o Fortaleza e onde ele está.

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  12. Complementando,PJ: Felipão tira o Grêmio do buraco e passa o bastão para outro.

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    1. É com absoluto pesar que digo; virou um Roth com história, serve pra apagar incêndio, obstar rebaixamento e só.

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  13. Um hecatombe desse não tem uma explicação, tem várias. Mas ao contrário do que dizem, não foi o sistema tático e nem as trocas os fatores chaves da goleada (embora tenham contribuído), foram os erros individuais e o emocional fraco.

    Até os 39 do segundo tempo, o jogo estava 0x1. Um gol do Gremio ali não seria acidente. Rondou a area diversas vezes. Esteve exposto desde os 25 minutos, verdade, mas não sofria tanto atrás. O único contra-ataque Rubro-Negro tinha sido o chute pra fora do Everton Ribeiro muito antes.

    xxxxx
    Primeiro tempo do time foi ótimo. Mas o Vanderson desperdiçou duas faltas açucaradas de forma bisonha. Erro individual.

    Alisson perdeu dois gols (um na segunda etapa) na cara do goleiro. Erro individual.

    No inicio do segundo ,o Rodrigues não consegue afastar um cruzamento frontal. Cede um escanteio bobo, e ainda não corta o cruzamento segunda na area. Erro individual.

    Ferreira perde uma bola dominada e gera o contra-ataque do segundo gol aos 39 minutos. Erro individual.

    Mesmo assim, o Grêmio foi bem em 95% do jogo. Campaz mostrou qualidade e personalidade. Villasanti, se não chega a ser diferenciado, é um acréscimo ao Matheus Henrique.

    Tivesse empatado, estariam elogiando a coragem do Felipão em ter sacado os volantes. Futebol é assim.

    Em suma, não da pra considerar o desmonte do meio-campo como fator isolado. O Grêmio poderia ter empatado, até mesmo vencido o jogo, não fossem as falhas individuais e um pouco de sorte do Flamengo, que realmente é um time extra classe.

    O Grêmio, no fim, pagou muito caro pelos erros individuais. Não foi só o Felipão. O mesmo roteiro poderia ter tido um final muito diferente.

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    1. Discordo em absoluto.
      No retorno do segundo tempo, antes do gol, o Grêmio trocava passes inúteis na zaga e não conseguia passar do meio a não ser no bumba meu boi.
      O flamengo era melhor sim!
      O vestiário foi perfido para o time e foi orientação do técnico.
      Mesma orientação de quando, com 2 X 0 no placar, ele pedia calma ao time.
      Foi desorganizado.
      No primeiro gol Rafinha marcava 2 jogadores.
      Com 1 a mais o Grêmio chegava com menos jogadores que o adversário à frente e tinha menos defensores no contra-ataque. Inexplicavelmente corria atrás da bola de forma amadora.
      A derrota era natural, o vexame tem nobre, sobrenome e precedente.

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    2. PJ
      Embora toda a nossa consideração ao histórico de Luiz Felipe e o momento que ele pegou o time (destroçado), se esse 4 a 0 fosse tomado pelo Renato, a reação de boa parte da torcida seria outra. Seria bem mais pesada.

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  14. Vinnie
    Boa parte do que eu rascunhei para a postagem, está aqui no teu comentário. Tem diferenças,mas muitas semelhanças.

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  15. Hoje "de volta ao mundo", me atualizei sobre as coisas do futebol, e do que vi e li, parece que Renato trocou de casamata no segundo tempo... desmontar o meio e empilhar atacantes!?

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