Páginas

domingo, 20 de março de 2022

Opinião



Areia Movediça - Parte 2 

A goleada de ontem foi surpreendente, distancia um pouco o Grêmio atual daquele que levou um baile dez dias antes no mesmo palco. Nenhum deles deve ser o verdadeiro Tricolor, algo que ocorreu com o Alvirrubro, muito incensado, após o banho de bola que deu.

Há consequências periclitantes se forem tomadas análises definitivas por esta pequena amostragem, senão vejamos:

- Campaz cresceu muito, mas ainda não achou integralmente a mecânica dos movimentos de quem tem que ser avante pelo lado direito e "fechar" o meio, quando sem a bola

- Diego Souza esteve sumidaço. Há a atenuante de estar voltando de lesão, por outro lado, tem o histórico de pouca mobilidade, mesmo quando inteiro fisicamente. Safou-se pelo gol e a mística de homem Grenal

- São três jogos sem sofrer gols sem Thiago Santos, "o volante que deu estabilidade ao setor (sic)", mas ouso arriscar ser  o primeiro da lista para substituir Villasanti, quarta-feira, ainda que com ele o time, na prática, comece perdendo por 1 a 0. Roger tem "coceirinha" para escalá-lo, afinal, dá para perder por até dois gols de diferença

- Bitello e Lucas Silva saíram machucados. Pensando na pior hipótese, podem ser três desfalques no coração do time

- Rodrigues, nitidamente é uma improvisação. Dá certo, uma, duas vezes, mas é uma "incerteza, com certeza"

- Elias evoluiu, porém, a sua imperícia segue sendo a mesma. Talvez se fosse Pepê naquelas jogadas, o marcador seria mais elástico

- Aliás, sobre imperícia, o que dizer de Diego Churín? Se estivesse 0 a 0, a chiadeira seria muito grande com a chance desperdiçada

- Historicamente, nesta situações, o Grêmio decide esperar pelo adversário, "jogar pelo regulamento"; isso vira quase sempre tragédia. Uma grande exceção foi o 5 a 0, quando o time foi para cima, mesmo vindo do intervalo, vencendo por 2 a 0. O alento é que era justamente Roger Machado, o jóquei que se negou a fechar a casinha, transformando uma goleada numa página histórica dos Grenais

É isso; a gente pensa que já viu tudo em Grenais, mas...

10 comentários:

  1. Bruxo. Bom dia. É por isso que ainda mantenho os pés no chão. Não há nada ganho. É evidente que vencer um clássico, ainda mais por um largo placar e fora de casa, é algo sublime. Tanto é que eu nunca tinha visto isso. E a última vez foi em 77, veja só.

    Mas... o time do Grêmio é muito instável, é pouco confiável. E o Roger, por hora, faz parte deste pacote. Porque a vantagem já causa coceirinhas nele, como tu bem apontou aí.

    No post anterior, o Gláucio mencionou que o Grêmio só criou chances, após o 2 a 0. Coisa que eu concordo. Antes, apesar do ótimo lançamento do Nicolas, eram eles que atacavam.

    O jogo de quarta, se não for bem trabalhado desde sábado, está ameaçado tendo em vista as opções que temos no banco de reservas.

    ResponderExcluir
  2. Comentando direto sobre os tópicos:
    - Acho que o Campaz pode ter futuro ali pelo lado. Aliás acho que a carreira dele pode depender disso, vejo o jogo dele com muito mais encaixe pra ser homem de lado do que central. Ele precisa aprender a fazer melhor corredor indo e voltando, espero que pegue o jeito no decorrer dos próximos jogos e treinos.

    - A tendencia é o Roger ir de Thiago Santos pra quarta... Espero que reveja essa decisão.

    - Olha, talvez estejamos vendo uma transformação definitiva do Tonhão Rodrigues em lateral. Sempre achei ele muito melhor saindo com a bola do que defendendo. Os europeus adoram um lateral-zagueiro, se bobear ainda dá pra faturar uns bons euros com ele no final ano que caso a profecia se concretize, risos.

    - O Elias tem muito potencial. Eu acho melhor manter ele como ponta e as vezes ir usando no comando do ataque. Precisa melhorar a finalização ainda, mas arrisco o palpite que ele vai se destacar ao longo do ano.

    - O Churin acho que o melhor pra todos é ele sair do Grêmio. Como tu disse em outra postagem, talvez seja melhor dar uma nova chance ao Ricardinho do que insistir nele.

    - Pra quarta o negócio é ir sério e muito concentrado, jogar bem ajustado e buscar o primeiro gol. O desespero deixamos pra eles por enquanto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Liaptin. Bom dia. A meu ver Campaz não fez um grande jogo atuando pela ponta. Muito embora tenha sido pivô no lance da expulsão, errou muitos passes. Penso que no meio ele é mais útil. Então, na ausência do Villa, meu meio de campo seria LS, Bitello e Campaz. Nas pontas, Elias e Ferreira.

      Excluir
    2. Campaz errou muitos passes porque sempre tenta jogar pra frente, forçar o passe. Só que na circunstância do jogo, o melhor em muitas dessas vezes era pisar na bola, dar uma cadenciada no jogo. Como ele é jovem, isso pode ser facilmente trabalhado com ele.

      Excluir
    3. Rodrigo. É que pela característica dele de ir pra cima, buscar o drible e o gol eu acho que seria melhor aproveitado na ponta, vejo ele mais como um atacante que um meia. Mas sem duvidas que ele pareceu meio perdido ali pelo lado, precisa de mais treino e jogo pra ver se vai render por ali. Mas acho que se aprender a fazer bem o corredor ele tem mais futuro como ponta que como "10". E como o Anderson comentou acima, ele ainda é jogador meio "cru" precisa dum refinamento, dá pra terminar essa lapidação dele pelos lados.

      Excluir
    4. Nesse esquema não tem meia central, são dois segundo-volantes.

      Excluir
  3. Fazendo 1gol, o Inter precisará de 4 para igualar a disputa pela vaga.

    ResponderExcluir
  4. Não tem a ver com a postagem mas achei muito pertinente:
    Um trecho da entrevista do Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, de ontem no Roda Viva sobre um erro constantemente cometido pelos clubes brasileiros:
    "Tenho uma academia, formo jovens, os vendo por 10 milhões de euros e, depois, compro um jogador de 35 anos pagando uma fortuna. Fico sem o dinheiro e sem a cria. Não entendo."

    ResponderExcluir
  5. Na verdade, quem tem boa fé, não entende.
    Subterrâneos do futebol.

    ResponderExcluir