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domingo, 3 de dezembro de 2023

Opinião




Vitória na Tarde/Noite de Suárez 

Um jogo perigoso este da Arena, pois dias de homenagens, muitas vezes não combinam com triunfo. Sorte que o Vasco veio para empatar e pouco ameaçou, quando o fez, encontrou um miolo de zaga em jornada melhor que as mais recentes e o arqueiro Caíque com defesas providenciais, justificando a sua titularidade momentânea.

Partida que confirmou a ascensão de Nathan Fernandes e o diferencial de Suárez, qualidade e profissionalismo o tempo todo (e pensar que a referência para os mais jovens atletas eram Diego Tardelli e Douglas Costa em anos anteriores). A batida na bola no gol do "Pistolero" é para manual de centro avantes.

Rodrigo Ely foi muito bem, Villasanti e Pepê, por hora, a melhor dupla de "primeiros homens" do meio de campo e Ferreira dá mais contribuição do que João Paulo Galvão, Éverton Galdino e Luan (lembram dele?), embora o cansaço que permite imaginar que não tem gás para atuar 90 minutos.

As trocas enfraqueceram o time: Gustavo Martins, Nathan, André Henrique, Ronald e Cuiabano, na média, nada fizeram a mais do que os substituídos.

Este final de campeonato demonstra a importância de treinadores para as equipes: Luiz Castro ao sair do Botafogo, aumentou a pecha de "cavalo paraguaio", que num ato final de desespero e despreparo de sua  Direção-SAF, escolheu Tiago Nunes para o choque, a sacudida para romper a descida vertiginosa, resultado: o técnico gaúcho, ainda não ganhou uma sequer.

Na contramão do desempenho do atual treinador botafoguense, o veterano e competente Paulo Autori, alçado à condição de comandante técnico às pressas ou no desespero do Cruzeiro, assumiu a bronca e está invicto. São cinco partidas que garantiram a Raposa na Série A em 2024.

Abel Ferreira esbanja conhecimento à frente do Palmeiras e vai por mais uma faixa importante no peito. Como ninguém no Brasil, ele trabalha o psicológico de seu elenco e sai de adversidades aparentemente, intransponíveis como o divisor de águas, Botafogo 3 x 4 Palmeiras no Engenhão. É exemplo, como aliás, são Vojvoda e Pedro Caixinha, sem esquecer os trabalhos recentes de Luiz Felipe no Furacão (22) e Galo (23). Tite ainda está em fase de adaptação.

E o Grêmio? Bem o Tricolor tem o craque do campeonato, que carregou a campanha brilhante para um clube egresso da Série B para o topo. O Imortal não ganhou o título, porque faltou saber vencer o Corinthians com o estádio lotado, 10 contra 11. Naquela tarde em que Suárez foi bem marcado, o nó provocado por Mano Menezes, não foi desfeito. Uma derrota decisiva para este mesmo Corinthians que perdeu em casa para Bahia e Internacional.

Uma Pena.

15 comentários:

  1. Sobre o último parágrafo, Bruxo, retranca, ganhou outro nome? E o apito, não conta? Lá em Itaquera? E aqui? Eu estava neste jogo e vi o jogo. Da borda do campo, e o Grêmio perdeu aquele jogo não porque não soube ganhar, mas pelo estado físico de todos os jogadores, inclusive, Suárez. Todos estavam exauridos! O confronto anterior, contra o antigo líder foi o último gás da Coca-Cola. Aquele jogo, num dilúvio em Porto Alegre, deveria ter ocorrido na segunda-feira... Para que tivéssemos tempo de recuperar um pouco as energias.

    Veio o jogo em Minas, na sequência, é um daqueles que são perdíveis. O largo placar é que foi o ponto fora da curva, muito por conta do nosso antigo goleiro titular. Veio o jogo do Goiás, outro jogo que vi da borda do campo, e pude constar que Pepê é infinitamente superior à Carballo. Uma pena este jogador ter se lesionado, poderia ter feito a diferença depois da saída do Bitello.

    Ontem, outra vez, eu estava presente. Mas o Palmeiras já havia vencido, e então, definitivamente nossas chances remotas acabaram e o jogo se tornou festivo. De fato foi a maior festa que fiz na Arena desde o meu retorno em 2021. Não vi a partida, não posso dizer o que aconteceu nela.

    Por fim, para mim, o resultado final da quarta-feira irá selar a nossa boa campanha, digna do tamanho do elenco. Coisa que todos aqui cobravam, portanto, o objetivo será cumprido se vencermos o Fluminense já pensando em Abu Dhabi.

    O possível título foi apenas um devaneio da cabeça de muitos gremistas e repito: quem perdeu este campeonato não foi o Grêmio. Foi um time que veste preto e branco, do Rio de Janeiro, o maior cavalo paraguaio que já passou por aqui... E eu cantei essa pedra! Eles não iriam segurar o rojão. Bingo.

    Rodrigo



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    1. Rodrigo
      Com aquele dilúvio e com 10 contra 11 desde os primeiros minutos, o que dá para dizer do Corinthians? E ele enfrentou o Galo em condições semelhantes as do Grêmio na rodada anterior.
      Se foi difícil para o Grêmio, imagina para os paulistas que não tinham nenhum elemento favorável naquela partida; oponente que vinha de várias vitórias, casa cheia, campo do adversário, expulsão no início, posição complicada na tabela...E não empataram heroicamente; venceram.

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    2. Em condições normais, até mesmo com a chuva, o Grêmio poderia vencer. Demonstrou isso em Itaquera no primeiro turno, mas ambos os jogos, foram esculhambados pela arbitragem. E este elenco do Grêmio provou uma coisa este ano: quando pressionado, e me desculpe pelo termo chulo, peidou na farofa. E também foi um pouco azarado na Copa.

      Ontem, venceu. Pois não havia pressão nenhuma e a Libertadores já estava garantida. Fase de grupos ou pré. Diferente do jogo de quinta-feira, por exemplo, que quase, por muito pouco, não colocaram tudo a perder novamente com a casa cheia.

      Rodrigo

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    3. Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo sistema defensivo (tomar mais de 50 gols), o cavalo passou encilhado contra o Corinthians e o Grêmio não aproveitou. E eu concordo com o Bruxo que um treinador mais atualizado teria ferramentas para ganhar, não só aquele jogo, como alguns outros que deixamos escapar (Atlético PR, Santos, etc). O jogo contra o Corinthians acabou aos 15 do 2º tempo quando o Renato colocou André e JP Galvão enfiados na área junto com o Suarez, proporcionando tudo o que o Corinthians queria, rebater chuveirinhos. O próprio Mano disse isso em sua entrevista pós-jogo.

      Críticas à parte, fizemos um ano bem honesto, graças ao gênio Luis Suárez que fez de tudo no nosso ataque.

      Torço para que o Grêmio não renove com o treinador (pedindo 2 milhões/mês pra renovar, talvez sinalizando que não pretende ficar) e busque um treinador com sangue novo e metodologias diferentes de trabalho. Quem sabe não encontramos um Abel ou Vojvoda escondido por aí...

      Anderson

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  2. Era o ano pra ser campeão. Por deméritos de outros, sim, mas azar deles. Mérito pra direção do Grêmio que teve a ousadia de ir atrás do Suarez, pecou um pouco na gestão do elenco ao trazer aposta de fora em vez de apostar na base.

    Uma pena [2]

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    1. Faltaram os meias no final. Com todos os outros problemas, o Grêmio teria sido campeão se Cristaldo, Carballo e Pepê jogassem o que a direção do Grêmio apostava.

      E concordo, dois jogadores da base teriam feito mais este ano. Nathan é Cuiabano. Acho tb que o Gustavo Martins na lateral direita teria feito mais que o Fábio, que na esquerda teria feito mais do que o Reinaldo.

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    2. Vinnie
      Desconfio que com um treinador mais atualizado e ligado, o Tricolor ganhava esse título. Impossível não perceber as falhas defensivas, a lentidão do meio e a orfandade de Suárez no ataque.
      E isso ocorreu ao longo do campeonato.

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    3. Comentei com Gláucio a respeito do Pepe. Quando entrou em campo no jogo contra o Goiás, foi visível a transformação do time. E eu não tinha visto ele tão de perto, com a pelota. O cara, realmente, sabe lidar com ela. Não é um extra-classe, mas é bom jogador. É muito mais participativo no jogo e chama a responsabilidade no meio de campo. Os demais, somem, como se fossem assombrações. Dos três, Vinnie, o Pepe foi um acerto. Mas se lesionou.

      Carballo veio para cá na carona do Suárez, mas é um Maxi Rodriguez da vida.

      Rodrigo

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    4. Pepe foi um acerto? Só rindo mesmo. Pepe só toca pro lado e pra trás, e quando tá machucado, que é sempre, é reforço! O time jogou muito melhor sem ele, não consigo entender a idolatria por esse pereba.

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  3. Exatamente, Glaucio. Palmeiras, Galo, Grêmio, ninguém tem "culpa" da queda do Botafogo. Era para por faixa.

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  4. Joao Henrique Hollerbach04/12/2023, 15:16

    Sobre o comentário do Rodrigo: perfeito, eu venho afirmando há muito tempo(o Bruxo é testemunha) que o apelido "cavalo paraguaio" do Botafogo já é bem conhecido. E sobre o comentário do Glaucio: concordo plenamente que a "base" deveria ser aproveitada. E o erro foi nas contratações da ""janela".

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  5. João
    Desde a ascensão vertiginosa do Botafogo, tu vens com convicção dizendo que ele ia "cair". Claro que não foi só o histórico de falta de fôlego, mas as causas desta queda, só reforçaram o "mito".
    Até seus torcedores ilustres não vinham acreditando, eu, ao contrário, pensava que só uma campanha de rebaixado tirava o título. Pois ela veio. Acho que são 10 jogos consecutivos sem vencer.

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  6. Acontecem muitas coisas estranhas no futebol, como pode um clube tendo uma jóia como Natan Fernandes passar o ano todo apostando em Zinho, Galdino, Besozi, J. P. Galvão e Iturbe?

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  7. Carlos! Essa é uma pergunta difícil para nós, simples torcedores.

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  8. Saudações, Bruxo e demais amigos! Bom, na linha do que escrevi no meu ultimo comentário desde o inicio do ano via como nosso grande objetivo classificar pra Libertadores. E conseguimos, ainda tem a possibilidade de sacramentar a vaga direta amanhã. Claro que esse ano teve a "brecha" do campeonato estar em busca de alguém que quisesse ser campeão de verdade, méritos ao Palmeiras desse grande trabalho do Abel. E deméritos totais da pipocada gigante do Botafogo. Nós estivemos por ali, as vezes pareceu bem palpável, fica aquele "podia ter sido". Mas não vejo como fracasso não ter aproveitado essa brecha. Foi quase mas um quase desses que não foi doloroso, pois sempre me pareceu além do que poderíamos alcançar.

    Agora vamos falar do homem. Luis Suárez! Eu que duvidei da chegada, vacinado das barrigadas com o Cavani entre outros, depois duvidei das condições físicas e técnicas dele em relação ao investimento feito. Que heresia que cometi na base do pessimismo do Grêmio com estrelas. O homem veio e mostrou porque foi o maior 9 desde o Ronaldo. Teve aquela novela aposentadoria-Miami com um toque extra de sal dos exageros midiáticos. Mas ele foi fantástico, não deu pra ganhar um taça de maior prestigio além do Gauchão mas ele nos deu a vaga pra Libertadores. Todos poderemos dizer que vimos um dos maiores da história jogar no Grêmio, e não só jogou, foi decisivo e crucial. Brilhou no nosso tricolor. E além de jogar um bolão saiu por cima, chegou com lágrimas nos olhos com a grande festa de recepção e saiu novamente com olhos marejados nessa linda despedida da torcida no domingo. Adicionamos mais um gremista ilustre pra nossa lista. Ele que saiu como ídolo e lenda por todos os clubes que passou colocou mais um nessa lista: O nosso Grêmio! E nós vamos sempre poder dizer: Luis Suárez jogou no Grêmio! E jogou muito!

    As cornetadas e avaliações do ano eu deixo pras próximas postagens hahahah. Hoje só vim enaltecer o nosso Pistoleiro.

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