Mudanças não podem ser apenas de Nomes
Estas frases já foram escritas antes, ou seja, as que pediam mudanças em início de temporada, então, não sei se serão "palavras ao vento", novamente. De qualquer forma, a esperança se renova.
Aguardei o final do dia, porque imaginava que a saída do treinador, não seria a única baixa no departamento de futebol. Acertei, porque Brum "pediu o boné".
A entrevista dele ao cair da tarde teve um pedaço do depoimento, que, no mínimo, dá para dizer que apresentou um momento de infelicidade: "Renato é um cara legal, até me deixou entrar no vestiário". Palavras do vice de futebol. Fico por aqui neste assunto.
As mudanças que o Tricolor precisa fazer, vão além de nomes para técnico e do vice, há necessidade de uma "limpa" no elenco e uma oxigenação no departamento que contrata.
Se os equívocos nas aquisições para o grupo eram de responsabilidade do treinador que saiu, isto oferece duas óticas, a primeira dá um alívio (Fábio, Rodrigo Caio, Edenílson, Diego Costa, antes, Reinaldo, Thiago Neves, Robinho e Luan), possivelmente, a busca por reforços vai almejar perfis diferentes sem o seu "tutor"; a segunda ótica demonstra a omissão de quem comanda, afinal, formar o plantel é responsabilidade final dos dirigentes. Eles podem e devem ouvir o treinador, mas a caneta é deles.
O passado do clube nesta situação dá uma contribuição essencial neste instante, pois todas as vezes em que Renato foi liberado, a escolha do sucessor resumiu-se em tragicomédia: Julinho Camargo em 2011, Enderson Moreira em 2014 e Tiago Nunes em 2021. Mais do que realizar a cirurgia, o pós-operatório deve ser impecável, senão, a saudade vai bater.
Saindo do assunto Grêmio, eu arrisco a dizer que Roger Machado está perdendo o "gás". Ouvi jornalistas identificados com o Inter e outros que não saíram do armário, ainda, acharem um absurdo essa desconfiança. Não, não é. Por que? Porque foram 7 gols sofridos em 3 jogos, três derrotas, sendo que a mais amena, o 0 a 1 em casa, ocorreu para um Botafogo ainda de ressaca pelo título inédito da Libertadores. Passou uma boiada de gols pela meta de Rochet.
Basta puxar pela memória, 2016, Renato assume no lugar de Roger, após goleadas para Coritiba e Ponte Preta. Não era o Bayern München, nem o Ajax.
Posso me enganar, mas o meu sentimento é que as melancias se desencaixaram na carreta guiada por Roger.