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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Opinião



Fluminense com Renato faz história 


Recém-encerrou-se Fluminense versus Al Hilal com a espetacular classificação do clube carioca para as semifinais do Mundial de Clubes. 

Assim como a conquista da Libertadores pelo Tricolor das Laranjeiras, ficar entre os quatro melhores deste certame de clubes é surpreendente e mais valorizado pelo ineditismo da disputa.

Se na fase de grupos, entendi que a fragilidade dos adversários justificava a passagem em primeiro lugar, nas fases de eliminações (oitavas e quartas-de-final) o mérito de Flu é inquestionável. Ele mereceu.

E aí entra Renato Portaluppi, que, sem se envolver com questões alheias às quatro linhas e vestiário, conseguiu armar um time competitivo, que traz em si elementos tão desejados pelos torcedores, ou seja, aplicação tática, empenho total e objetivo na maioria de seus movimentos. Isso, com um grupo mediano com poucos craques, mas decisivos como Fábio, Thiago Silva e Jhon Arias.

A saída do treinador do Grêmio fez muito bem a ele, que teve condições de realizar um trabalho inesquecível para o Fluminense, independente do que vier pela frente. Renato está de parabéns.

Estamos diante de um trabalho que, a exemplo do de Fernando Diniz, "deu liga".


5 comentários:

  1. Bruxo, o Renato é treinador de Copas. O desempenho do Fluminense, anota aí, vai cair ladeira abaixo no Brasileiro do segundo semestre. O titulo da temporada será chegar nessa semi-final, e quem sabe até final, porque acho ser possível ganhar do Chelsea, embora ainda improvável.

    Ele merece todos os elogios. Mas, novamente, se destaca nessas competições de tiro curto onde ele sabe motivar e se envaidece com os holofotes. Quem gosta de futebol vai ouvir ele pelos próximos vinte anos dizendo que é o cara. Faz parte.

    Em tempo, o Tiago Santos quase tentou entregar a classificação contra o Al-Hilal fazendo dois penalties no final do jogo. Fosse aqui na América do Sul, o juiz teria dado.

    Renato também recomendou o Soteldo balheado. Vai custar 30 milhões de reais. Nem entrou em campo no Mundial de Clubes.

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  2. Vinnie
    Concordo quase que integralmente, porque não vejo o Renato nem treinador de Copas (se acharmos que para isso tem que levantar caneco, basta ver a sua lista de títulos).
    O caso atual no Mundial de Clubes é semelhante ao título da LA pelo Fernando Diniz, ou seja, é uma confluência de fatores, que inclui também análise daqueles (fatores) encontrados nos adversários ( para ilustrar: a incompetência de Valencia naquele jogo que alijou o Coirmão da competição).
    O estágio de Renato agora conta inclusive com a ruindade dos árbitros, o pênalti do Thiago Santos não marcado é uma das coisas mais escandalosas das arbitragens no ano todo.
    Uma impossibilidade de contar com dois pilares do time irá comprometer a performance no Brasileirão.

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  3. "Morreu a bateria do Notebook". Continuando: O meu texto é uma fotografia do momento; elogiar Renato é como elogiar Fernando Diniz pela conquista da LA/23, onde teve méritos, mas a sequência do trabalho revelou suas limitações.

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    1. Nisso concordo, Bruxo. De momento ele tem feito o trabalho dos sonhos. Mas conta, alem da competência, com uma boa dose de estrela/sorte.

      Só desejo que o Grêmio vire a página e comece a tomar decisões acertadas para voltar ao protagonismo - o que inclui não cair na tentação de daqui a pouco querer trazer o Renato de volta.

      Como observador da natureza humana, não me surpreende o puxa-saquismo em cima do Renato e o oportunismo de alguns defensores de tese na mídia geral. Com esses, é tudo oito ou oitenta, não existe espaço para uma reflexão mais profunda, que considere o contexto dos fatos:

      Exemplos: (1) Renato ser treinador de tiro curto, (2) o Fluminense ter no elenco um jogadorasso como o Jhon Arias, que nem era mais pra estar no futebol sul-americano, (3) o Thiago Silva e o Fabio, caras com nível internacional, jogando o torneio da vida, (4) a sorte nos chaveamentos (pegar o Al-Hilal ao invés do City, quem viu o jogo percebeu que foi acidente de percurso a vitoria árabe, o Dortmund que ponteou o grupo do Flu ja encarou o Real Madrid e foi despachado).

      Mas pra esses, o Renato é o melhor treinador do Brasil e merecia estar dirigindo a Seleção Brasileira - apesar de ter vindo patinando no Grêmio desde 2018.

      Do outro lado, e nisso vem o senso critico, o Renato parece ser um cara muito humano. Ele tem uma capacidade de agregar muito fora da curva. Enquanto as equipes europeias tem dinheiro e organização, o Fluminense tem amizade, companheirismo. E isso conta bastante. O significado dessa competição para um clube brasileiro tem um valor mitológico diferente. Renato é mestre em extrair o máximo de cada jogador com seu carisma e liderança nesse contexto. Torcendo muito pro Fluminense carimbar uma vaga na final. É possível. O Chelsea é melhor que o Al-Hilal mas inferior a Inter de Milão. E tem o Joao Pedro (cria de Xerém), grande jogador, que não sei como não atua na Seleção.

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  4. Exato.
    Renato tem qualidades, assim, no plural. O fato dele ajudar a todos do "roupeiro ao presidente" justifica ele ganhar muito, diria que está no pacote do salário a ajuda financeira, o que resulta numa espécie de sua "rede de apoio" dentro da engrenagem do clube, pelo menos no Grêmio, mas as suas arrancadas exitosas como agora no Flu e antes no Flamengo, ainda não se consolida(ra)m para que colocá-lo noutro patamar de técnico. Faltam grandes títulos fora do período 2017/18.

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