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quarta-feira, 19 de junho de 2013



Opinião




Se Vargas Ficar

Sou um daqueles torcedores que está em minoria nas redes sociais; explico: não estou entre aqueles que demoniza a figura do atual treinador do Grêmio. Quando o nosso clube o contratou, afirmei que ele era o meu penúltimo técnico em preferência pela sua personalidade, mas para o rumo que o Tricolor enveredava ele seria o remédio, amargo, é verdade, mas necessário para aquele momento. Por que? Porque em períodos de oscilação, a sua grife, seu histórico, evitaria mudanças repentinas, que se mostraram tão danosas ao clube na última década. Evidente que não era só por isso, o considero um dos 3, 4 melhores treinadores em atividade no Brasil. Ele ainda não decolou, ninguém sabe se vai decolar; mas tem credenciais para de uma hora para outra fazer o time jogar competitivamente. Como não vivo o dia a dia do clube, neste caso, o meu voto vai ser sempre acompanhando o "relator", ou seja, a decisão de Koff, mantendo-o ou não. Bom aí vocês vão me perguntar; o que tem a ver o título da crônica com este início. Explico: Acho o Grêmio bem arrumado no setor defensivo, isto é muito relevante, como aliás, o time de Luiz Felipe tem demonstrado na Copa das Confederações; mérito de Luxa, principalmente, porque vejo nas redes sociais críticas ao desempenho de forma individual ( e acredito injustas) aos integrantes do setor defensivo. Luxemburgo vem provando que sabe armar o time defensivamente, casos do ano passado e deste semestre, sendo assim, falta ao treinador ajeitar o setor ofensivo e já escrevi várias vezes que a solução da pouca produção do ataque passa pela presença de um ponta-de-lança ou de um "garçon" para Barcos e Vargas ou Kléber. Com a boa chance de permanência de Vargas, o time encontra um jogador que tem velocidade, habilidade e um bom chute de fora da área. Nos padrões atuais do futebol mundial, certamente, uma raridade. Com o aproveitamento de Yuri Mamute e Lucas Coelho como alternativas naturais para o setor ofensivo, acredito que o Tricolor deverá fazer um esforço para dar ao técnico esta peça faltante. Talvez  ela seja Max Rodriguez. Se os laterais fizerem a jogada do fundo, isso ajudará bastante também, aí, com certeza teremos um time equilibrado para brigar pelo título. Não falta muito para isso.  

6 comentários:

  1. Daí teria de se fazer uma escolha entre o Maxi e o Riveros. Acho que o último chega com credencial de titular (não me pergunte porque), logo o Maxi sobraria. Pra mim falta esta definição no meio, não vejo problema em jogar sem um armador clássico, desde que o Grêmio busca um "enganche". Talvez o Biteco possa fazer a função. No mais, creio que a zaga mereça mais cuidados do que eu presumia. Como o Jonas K. disse, a saída de bola é uma calamidade e Bressan e Werley juntando não dá um. Qualquer um dos dois do lado de um bom zagueiro me serve, o problema é que não temos este bom zagueiro.

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    1. Pelo que se comenta, Maxi é jogador para o fim de 2013, início de 2014. Antes vai passar por um período de adaptação física.

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  2. PJ!
    Acho que o Grêmio tem uma "sinalização" quanto ao quarto ou mais estrangeiros na equipe.
    Sobre a saída de bola; talvez o maior trunfo do time de Tite de 2001, onde Mauro Galvão, Anderson Poga e Marinho originalmente eram jogadores do meio-de-campo. A saída qualificada dos zagueiros tem vários aspectos positivos; os mais evidentes: ganha-se um "meio-de-campo" a mais e o fator surpresa, o adversário não sabe como marcar o zagueiro apoiador. Pena você não ter visto Luiz "Chevrolet" Pereira jogar.

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  3. Eu acho que a permanência do Vargas é fundamental para qualquer pretensão neste 2º semestre. Sem ele, perde-se talvez uma possível válvula de escape para a falta de um meia armador (solução esta que o Luxemburgo não conseguiu achar no 1º semestre).

    O problema do time está no meio. A defesa e o ataque estão definidos, acho que há um certo consenso com relação a isto. Falta achar um meio e fazer ele jogar, repetir a formação, mesmo que mude eventualmente um ou outro jogador. E este meio, para mim, é Adriano, Souza (ou Riveros), Elano (ou Zé) e Biteco. Este seria o meio titular, com algumas alternativas eventuais, como Souza na 1ª e Zé na 2ª. Mas repito, há que se definir o meio e repetir, sem isto repetiremos no 2º semestre os mesmos erros e deficiências do 1º.

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  4. Guilherme!
    Todos sabem que o grande professor de Fernando Carvalho foi o Koff. Agora já observamos que o seu jeito de gerir o futebol é esse mesmo. Se se confirmar que o objetivo de aproveitamento de Maxi Rodriguez é para 2014, fica evidente a preocupação com o médio e longo prazo. Para mim, ficou claro que o time feito às pressas com os cascudos era apenas para a LA. Apesar dos "entendidos fatalistas", Koff segue avançando.

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