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domingo, 8 de setembro de 2013

Opinião



 
 
 


 
 
Vitória com sufoco gratuito
 
                   Contra a Portuguesa sempre foi difícil; seja na primeira, seja na segunda divisão. Se buscarmos a estatística desse confronto em todas as edições do campeonato brasileiro, tenho a convicção que a maioria dos jogos acabou em empate. Não escrevi isso antes, porque não queria "azarar", mas esse era o meu "feeling". Por todo esse retrospecto, fico muito feliz com o resultado.
                                              Agora! Todo a partida tem sua vida própria, mesmo com todo o histórico se moldando para um mesmo final. Essa de hoje serviu para consagrar uma frase do velho Elias Figueroa que dizia ter receio de um placar favorável de 2 a 0, porque o relaxamento inevitavelmente, vinha.
                                            Com a Lusa na zona do rebaixamento, um pênalti não marcado sobre Kléber, um gol do mesmo Kléber mal anulado, dois gols até os 12 minutos, em seguida, uma chance incrível perdida para sacramentar uma goleada; o cenário de uma vitória inescapável estava armado, certo? Errado! Havia um time brioso e mais 30 minutos pela frente. Guto Ferreira viu que o furo do 3-5-2 gremista é o lado esquerdo, onde Bressan estava vazando demais; o treinador paulistano colocou Correa, exímio em bolas paradas desde os tempos de júnior e adiantou Luiz Ricardo. Associa-se a isso a lesão de Werley e aqui vale lembrar, Rhodolfo e Werley juntos ganharam todos os jogos no Brasileirão + o empate no Grenal, quando o Grêmio perdeu para o Coxa, Werley estava fora, quando perdeu para o Goiás, a vez foi de Rhodolfo. Contra o Náutico, Werley estará ausente.
                                          O 3 a 2 foi construído à partir da jogada ensaiada do toque de Souza na primeira trave, achando o goleador Barcos na segunda. A esperteza de Pará mais a raça de Kléber, permitiram que Zé Roberto ampliasse com um toque de classe. Aí veio o apagão, aí veio o sufoco desnecessário. Num lance polêmico, Kléber sofreu pênalti; cobrou no centro do gol e deu números definitivos ao confronto.
                                         Individualmente sobressaíram-se Kléber, bem acima dos demais, depois, Pará, Souza, Barcos e Zé Roberto. Um pouco aquém deles, Alex Telles e Ramiro. O trio de zagueiros esteve abaixo da rotina, com Bressan muito inconstante. Dida não teve culpa nos gols.
                                         Fica um alerta bem grande, especialmente para o próximo enfrentamento, já que até psicologicamente o início de um outro turno pode dar ânimo ao Timbu pernambucano. 
                                           O returno será "matar um leão a cada confronto". Sem moleza.

7 comentários:

  1. Apesar do apagão ser "entendível", diria que ele não é aceitável para um time que quer ser campeão. Quase deixamos 2 pontos ontem na Arena, algo que custaria caro lá na frente.

    O meio, desde a saída do Riveros, vem abaixo do que vinha jogando. Talvez seja ele o jogador que não pode sair do time.

    Com relação a defesa, o único que gostei foi do Gabriel (Werley não deu pra avaliar pelo pouquíssimo tempo). Rodolpho e Bressan abaixo da média... Mas claro, os gols sofridos foram culpa do Werley, do Adriano e do Elano... Só não vê isto quem não quer!

    Renato terá trabalho neste returno, o esquema mostra sinais de estar no limite, ao menos em jogos em casa. Será preciso buscar alternativas para seguirmos sonhando com título.

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  2. Guilherme!
    Tenho essa mesma impressão; ou seja, o Riveros é o referencial defensivo do meio de campo e isso é "invisível" aos olhos da grande mídia, que dirá aos olhos de nós (i)mortais torcedores.
    No segundo gol da Lusa, a falha é do Barcos que fica nos escanteios, cuidando do da primeira trave. Luis Ricardo fez gol idêntico ano passado contra o Coirmão na goleira do Gigantinho.
    Os jogos em casa serão os mais complicados pela postura defensiva dos adversários e essa dificuldade de encontrar soluções ofensivas por parte do Tricolor.

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  3. Marcelo Flavio08/09/2013, 12:35

    O que tem custado caro ao Grêmio é a inoperância do ataque, perde-se muitos gols, muitos mesmo.
    Daí, se a zaga vaza, foi-se um resultado que poderia ser favorável. Ou seja, a nossa zaga não é tão confiável assim. Por isso, não pode-se perder gols, e o Barcos em especial tem perdido muitos gols.
    O esquema está no limite, onde não se pode falhar tanto no ataque quanto na zaga.

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    1. Marcelo,
      Desde 2012 não vejo a zaga como problema. Falha, eventualmente, é verdade. Mas nossa média de gols sofridos está entre as melhores desde então. Perdemos o Brasileiro ano passado e a LA 2013 mais pela falta de definição na frente, do que por problemas lá atrás.

      É claro que ainda podemos melhorar, mas não vejo grande zagas no Brasil jogando muito mais do que a nossa. Um bom exemplo é o CAM, que apesar de ter um zagueiro acima da média (Réver) e outro na média (L. Silva) ganhou a LA mais pela eficiência do ataque do que pela defesa... O mesmo vale pro Cruzeiro de Dedé, que apesar da qualidade, falha como muitos outros.

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  4. É verdade, Marcelo Flavio!
    Em que pese toda a qualidade técnica e capacidade de ler o jogo, o Barcos tem contra si, uma sequência de gols incríveis perdidos, vide Santos, Goiás e agora a Lusa.
    Outra coisa que me chamava a atenção é que a bola estava entrando fácil, exemplo; Bahia, onde tivemos 4 chances e fizemos três gols.
    Apesar da apreensão deste 3 jogos recentes, a verdade é que a sorte tem nos ajudado. O Flu teve isso, ano passado e e em 2008, o São Paulo. Não sei se é bom sinal ou alerta.

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  5. Não sei se alguém acompanhou a polêmica dos comentaristas da ESPN ontem (Armando Ribeiro e o comentarista/torcedor da Lusa, Flávio Gomes). Ambos pegaram pesado, inclusive acusando o Koff de ter uma linha direta com a CBF...

    Hoje o Grêmio, de forma elogiosa, repudiou comentários via site.

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  6. Guilherme!
    Sobre os caras da ESPN tô preparando post.

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