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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Opinião





Ainda sobre a derrota de ontem

                                           Vou  enumerar a seguir, alguns pontos que ficaram martelando na minha mente desde ontem à noite:
- Quando escolhi o título da postagem anterior, logo após a partida contra o Criciúma, ele tinha um recado bem claro; isto é, a Arena não "ruge", não assusta o adversário. Há vários fatores que merecerão uma postagem mais adiante, por enquanto, fico com esta afirmação apenas. Atualmente, o estádio tricolor é campo neutro
- Renato escalou mal o time, mas ele foi absolutamente coerente com a sua conduta até agora; não teve medo de arriscar. Em dois momentos anteriores, seu desassombro valeram muitos pontos e vitórias importantes. Refiro-me a entrada de Rhodolfo no Grenal, introduzindo o 3-5-2 e mais tarde, quando fez jogarem juntos Vargas, Kléber e Barcos. Desta vez não deu certo, mas a coerência de assumir riscos foi mantida pelo treinador
- Há necessidade de se preservar todo e qualquer jogador do elenco, não é hora para "demonizar" este ou aquele, titulares ou reservas. O grupo é este e seguirá o mesmo até o final do campeonato
- A má jornada de Barcos, contraditoriamente, escancarou a sua importância para o time. Quando afundou, levou junto o poderio ofensivo do Tricolor. Verdade que Kléber fez muita falta, igualmente
- Se é verdade que estamos aborrecidos diante de uma derrota difícil de digerir, também é "vero" que o Tricolor está sabendo melhor administrar os caminhos para o topo do que seus concorrentes. A classificação mostra isso
- Dentro do que postei há dias sobre dois campeonatos, um do Cruzeiro, o outro dos demais; empatar no Maracanã não será uma tragédia, pelo menos, a priori
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10 comentários:

  1. Marcelo Flavio10/10/2013, 21:26

    Com esse time do jogo de ontem à noite, o Grêmio pode vir aqui em Pato Branco jogar contra o time local, que disputa a terceirona Paranaense, e vai perder.
    Aqui o pessoal doma "facinho-facinho" o carrossel-malemolente-campeiro do Grêmio.
    --
    Renato escalou mal, com certeza, Bruxo.
    Além de ter mudado o esquema que vinha dando certo.
    Não se troca um esquema que mostra resultados juntamente com a falta de 6 titulares.
    Maior pecado cometido, na minha opinião.
    --
    Não culpo algum ou alguns jogadores.
    Já falei, não torço por jogador.
    Mas, torço contra.
    --
    Penso que temos de buscar fora esses três pontos perdidos ontem.
    Ou seriam 6 pontos, se contarmos o primeiro turno também?

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  2. Marcelo Flavio!
    Na verdade, o que emperrou a campanha do Grêmio foram as entregadas em casa. Não sei qual é o percentual de aproveitamento na Arena, isso "independeu" do time que entrou em campo.
    Ontem o time se comportou tão mal quanto aquela partida contra o Coxa.
    Ontem, mesmo abaixo da média das partidas anteriores, o que decidiu o jogo foram duas bolas paradas com falhas varzeanas de Werley e Lucas Coelho.

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  3. Bruxo, em seu post “Vitória empolgante no Maracanã” coloquei que se a diferença entre Grêmio e Cruzeiro caísse 4 a 6 pontos nos próximos dois jogos, o Brasileiro estaria em aberto. Nesta conta considerei a derrota do Cruzeiro para o São Paulo e empate ou derrota para o Atlético-MG. Já para o Grêmio, vitoria sobre Criciúma e Fluminense. Todos os resultados plenamente possíveis. Me parece que a direção e comissão técnica tricolor não se debruçaram sobre a tabela e analisaram os possíveis resultados, talvez já se considerando satisfeitos com “A VAGA”.
    Realmente foi uma pena esta derrota para o Criciúma. Já sabia que seria um jogo difícil pela situação do Criciúma, na tabela, e a rivalidade dos times catarinenses. A Chapecoense esta quase subindo. Neste caso, o Criciúma fara de tudo para não cair também por esta relevante razão. Portanto, seria um jogo perigoso para o tricolor. Embora considerasse vitoria certa (deveria ser). O Criciúma por mais que esteja lutando para não cair, não deveria ter vencido, DENTRO DA ARENA. O Grêmio perdeu para si mesmo. Alias, o Grêmio não esta perdendo o Campeonato para o Cruzeiro, mas sim para as suas próprias ineficiências. A começar pelo inicio do ano e as diversas deficiências que já cansamos de debater. A administração tricolor por mais histórica e vitoriosa que tenha sido, já não e mais ágil o suficiente para detectar os gargalos do time e solucioná-los em tempo hábil. Ao contrario, o Cruzeiro diante do possível titulo da Libertadores e talvez Mundial do rival Atlético, resolveu investir (a tempo) de tal maneira que de um time mediano montou um acima da media deste Brasileiro. Não e excepcional, mas acima da media. Seus rivais e que estão deixando a desejar. Assim, o Cruzeiro esta correndo para abafar o titulo continental do rival e um possível mundial que ele próprio tentou duas vezes e não conseguiu. Não te parece algo já conhecido por nos do sul?
    Bem, ao menos para que eu não perca a vontade de continuar vendo o Grêmio jogar, refiz os cálculos e creio que, mesmo com esta derrota inesperada, há a possibilidade (REMOTA) de chegar junto com o Cruzeiro na ultima rodada. Para isto, o Grêmio não pode mais perder (ou perder no máximo só mais uma), deve ganhar o confronto direto e esperar a ultima rodada, talvez empatado em pontos (ou no máximo dois atrás), quando enfrenta a fraca Portuguesa por uma vitoria e torcendo para que o ultimo jogo do Cruzeiro contra o Flamengo de vitoria do Flamengo. Ambos resultados possíveis.
    Se perder mais duas, acabou de vez o Campeonato, a não ser que um tsunami ocorra (para ambos os lados – impossível nesta altura do jogo).

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  4. Não considero que Renato não seja tecnico. Ele não e de ponta e nem milagreiro, mas bem melhor que Luxemburgo e muitos outros que estão rodando por ai (Oswaldo de Oliveira, Geninho, Vagner Mancini, Silas, Jorginho, Carpegiani, Ney Franco, Dorival Junior, Caio Junior, só pra ficar nos mais conhecidos deste campeonato). Tanto e que observou muito bem o problema do time: não há outro zagueiro que de confianca atrás; não há laterais excelentes marcadores ou excelentes apoiadores; não há um meia armador de oficio (o Ze ate poderia ser se fosse num time melhor ajustado – seu historico confirma, embora ele seja muito mais um quarto homem para compor o meio no 4-4-2); não há um meia atacante; e, também não há um atacante de referencia, um cabeceador muito bom. Para resolver isto, criou os tres zagueiros e os tres volantes (mesmo limitados, mas eficientes na marcacao). Com isso da solidez maior a defesa; proteje melhor a defesa (com mais tres a frente) e da cobertura aos laterais; faz seus volantes subirem “na boa” para completar a armacao de jogadas e vir a ser um elemento surpresa; e, solta mais os laterais. Se Para e limitado, tem sido muito esforcado e talvez seja o que mais corra tentando cumprir a funcao designada pelo tecnico. Ja Alex Telles e uma boa surpresa. Como há tres volantes, retorna um dos atacantes para ligar com a frente. Eis o sacrificio do Kleber e/ou do Barcos. Revezam para conduzir a bola pro outro e com isto acabam participando das jogadas do meio, e em consequencia a marcacao (casual). A solucao encontrada pelo Renato também e seu problema porque os volantes não armam com qualidade, os laterais não produzem tudo que se espera, sacrifica os atacantes e com tudo isto, nosso poder ofensivo e limitado. Nos defendemos relativamente bem e não concluimos o suficiente para fazermos os gols necessarios. Ha outra solucao neste time? Não. Se quiserem fazer diferente, temos que voltar a época do Luxemburgo e centralizar as jogadas no Ze. Mas para isto e necessario um zagueiro mais confiavel, laterais melhores (que marcam e apoiam com qualidade), um meia atacante que também auxilie na marcacao quando não temos a posse de bola, e um atacante de referencia, bom de cabeca e pe, que segure a defesa adversaria e seu volante. Os laterais adversarios ficariam mais presos na marcacao e isto abriria o meio adversario facilitando as triangulacoes e criacao de jogadas. Adiantando nossos volantes e zagueiros, empurrando o adversario pra tras e não como agora, chamando-os pra cima da nossa defesa. O que Luxemburgo queria era tirar leite de pedra, ou seja, que as deficiências do time jogassem como se não existissem deficiências. Mas quanto mais insistia, mais apareciam os problemas.
    Tambem concordo com você, Bruxo, na questao que Renato, as vezes, se arrisca tentando jogar mais a frente. Todo tecnico tem suas pardalices. Se tivesse entrado com um zagueiro no lugar do Elano (deixando este no banco para uma outra necessidade) e o Adriano fixo, com o Souza fazendo a do Riveros e o Ze a do Ramiro, dando maior liberdade ao Maxi, creio que teriamos saido com a vitoria.
    Por isso me opus a contratacao do Renato. Agora já querem queima-lo. Idolo não se queima. Isto desgasta a relacao. ( A velha maxima: quando algo esta errado, melhor dispensar o tecnico).

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    1. Arih!
      Excelente análise!
      São tantos pontos bem abordados que é difícil em poucas linhas lembrar de todos:
      - Não acredito que a Direção não tenha observado a tabela e não ter visto que ela, depois das pedreiras de São Paulo, Furacão e Botafogo, viria adversários "teoricamente" mais fáceis. Deveriam ter-se preparado para não vacilar. Como aliás, você bem referiu até em postagem anterior
      - Sobre o poder ofensivo, é isso mesmo, ele se ressente das jogadas escassas dos alas e da falta de aproximação "regular" do meio de campo. Estoura lá na frente
      - Também concordamos com a escalação; Renato deveria ter entrado com Saimon e durante o jogo fazer um revezamento entre Zé Roberto e Elano
      - Sobre o teu comentário sobre o Cruzeiro e sua reação ante a subida do Galo; mostra arrojo da Direção e um acerto na busca de um técnico competente e desconsiderou todo o histórico de identificação do Marcelo com o Atlético Mineiro.

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  5. Pois olha Bruxo, acho que com o que o Grêmio tem tá louco de bom onde estamos. É óbvio que fiquei p* da vida com a derrota, mas não dá pra tapar o sol com a peneira, um time ganha jogo com superação e esforço, mas não ganha um campeonato de regularidade como o BR. Tu já identificou isto a tempos, todos os times neste campeonato oscilam demais e o Grêmio está entre eles. Creio que o Renato formou (porque "achou" dá a entender que foi sorte) soluções providenciais, mas na gana de continuar forjando-as teve uma má-jornada, acontece, o importante é que o erro não macule os acertos. No mais, a minha discordancia maior com o Renato sempre foi a de que time grande tem esquema definido e joga nele variando apenas em eventualidades. Mas talvez o maior mérito de Renato foi ter feito o grupo jogar como time pequeno, se moldando a cada adversário, buscando com isso surpreendê-los. Dentro desta lógica fica plenamente a sua decisão na escalação, afinal, alguém pensa que um time recheado de zagueiros e volantes teria melhor sorte contra um time que vem para jogar somenta na retranca?

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    1. *plenamente compreensível a sua decisão na escalação

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    2. PJ!
      O Renato tem crédito nas "pardalices", uma hora não ia dar certo. Como tu referiste, ficou dentro da lógica (exitosa) do treinador.
      Ele deve retomar o esquema vitorioso, mas ficar atento e em busca da solução ofensiva, que na minha opinião, não passa pela troca de Barcos. Falta melhor posicioná-lo, quando atacar e uma chegada mais veloz do meio.

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    3. Vai me desculpar quem se ofender, mas a besta que pensar que é só trocar o Barcos e os problemas ofensivos estão resolvidos que vá comentar futebol de botão. Observe, não estou dizendo que sou a favor de testar opções no lugar do Argentino, mas não ter a consciencia de que com um meio desse nosso menor problema é o ataque ofende a lógica.

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