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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Opinião


Mais um obstáculo: a rejeição ao novo técnico


É absolutamente certo, inevitável, que o novo treinador gremista sofrerá críticas da massa torcedora em todos os seus segmentos: dirigentes opositores, torcidas organizadas, jornalistas enrustidos gremistas ou colorados, sócios e os demais. 

Arrisco dizer que o escolhido terá 30% no máximo, de aprovação. 3 em cada 10 gremistas, vão aceitá-lo de imediato.

Todos os nomes ventilados são nomes menores que Luiz Felipe; este que, em tese, seria o nome ideal para o momento azul, na prática, não funcionou.

Ao olharmos para o passado recente, tivemos treinadores dos mais diversos perfis e currículos: medalhões, emergentes, gaúchos, “estrangeiros” e a rotina da escassez de títulos prossegue intacta.

Então, Bolzan Jr. terá que, após ouvir as vozes de sua confiança, bater o martelo e segurar a onda. Preparar-se para as críticas muitas vezes precipitadas e geralmente, injustas.

Se fizermos um teste aqui no blog, onde cada participante relacionasse 3 nomes viáveis, isto é, dentro do padrão financeiro Tricolor, certamente, não chegaremos ao consenso.

Ainda mantenho os 3 que enumerei em postagem anterior: Cristóvão, Clemer e Renê Simões. Todos com características diferentes, todos com prós e contras, por isso, a falta de aprovação da torcida.

Se Cristóvão é um treinador moderno, adepto do futebol maravilhoso do Grêmio Show, do qual foi o capitão e comandante do time de Otacílio Gonçalves, falta-lhe a impressão de que é possuidor do espírito guerreiro que está na genética das grandes conquistas, mas pode ser apenas impressão.

Clemer é o mais potencializado treinador de categorias de base do futebol brasileiro, empilha títulos, mas tem forte identificação com o principal rival gremista. É um risco ser o Grêmio, o seu primeiro clube como técnico profissional, porém, quem diz que ele não pode materializar esse seu potencial?

Renê Simões é experiente, hábil em trabalhar com instituições e times frágeis, é capaz de promover milagres, pois tem entre as suas qualidades, o reconhecimento da alma humana, tirar de cada atleta o máximo que ele pode dar, além de ser um estudioso do seu “métier”. Conhece e muito o futebol, especialmente, seu processo evolutivo. Contra si, a falta de títulos expressivos no Brasil.

Resumindo, o novo técnico terá que “ganhar” o reconhecimento de seu trabalho, justamente, onde ele tem mais peso; na prática, nos resultados de campo.

Aguardemos.

36 comentários:

  1. Minha desconfiança quanto ao Cristovão é o fato de que o único trabalho que ele conseguiu concluir foi no Vasco, time onde ele auxiliar técnico e foi efetivado. No Bahia e no Flu, foi demitido. Na comparação entre os dois, fico com Mancini.

    Clemer, nesse momento, é arrebentar com o que resta do orgulho da torcida. Mas o jeito dele me agrada, logo, não tenho como emitir opinião racional sobre. Trabalho por trabalho, tragam o Renato de volta, admitindo o erro da gestão Koff ao final de 2013.

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    1. O Renato pediu muito à época.

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    2. E a economia com o Enderson valeu a pena?

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    3. Renato pediu 500 mil, à época. Não faria diferente, hoje. Por esse salário, vai continuar sem treinar time nenhum. Não cabe mais isso no futebol brasileiro. Os dirigentes sabem que estão endividando o futuro do clube com essas contratações fora da realidade. Para terem uma ideia, Doriva ganha 100 mil no Vasco. Dizem que Cristóvão pediu mais de 300 mil. Ou seja, vai continuar indo à praia. Ninguém vai contratá-lo.
      Acho o Roger um baita técnico. E garanto que não vai pedir mais que 80 mil. É pouco, eu sei. Só um milhão por ano, rsrsrsrsrsrsrs... Os caras brincam de ganhar dinheiro. E depois, vão para um clube do Interior para ganhar 5 mil por mês e, às vezes, nem recebem.

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    4. Renato valia os 500, Enderson não valia 100.

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    5. Renato não vale os 500, valeria como jogador, como técnico é um escárnio.

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    6. M expressei mal, ele merecia devido ao contexto. Mas hoje é fácil de eu falar isso.

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  2. Bruxo, o Pres Bolzan sabe onde estão os problemas.
    Ele precisa administrar os diversos interesses dentro do Clube. Não é fácil negociar em um clube do tamanho do Grêmio. E tem mais: o resultado de uma decisão errada vai acabar na reeleição em 2016. Tu sabes que esses caras pensam nisso. Nenhum dirigente pensa como o torcedor. O torcedor pensa no clube agora, nos jogos que ele precisa ganhar ou no título a conquistar. O dirigente não pensa nisso.
    O dirigente pensa no fruto gerado pela sua decisão. Bolzan deve estar entre a cruz e a espada. Temendo errar na contratação do técnico, sepultando a reeleição, ele procura ouvir as opiniões de gremistas que dividem o conselho e que tem interesses no Clube.
    Faz bem, mas corre o risco de ser taxado de lento. E sabedor dos problemas financeiros, não quer arriscar em um nome de peso, pois sabe que pode perder politicamente com isso.

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    1. Muito bem lembrado, Alvirubro, a recuperação financeira do Tricolor é trabalho para 4 anos sem erros, senão levará o dobro.

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    1. Esqueci do Roger. Tem um que era interino, alguém lembra o nome? Comandou bem por um tempo...

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    2. Marcelo Rospide, é a ele que te referes? Treinou o Brasil de Pelotas e saiu para entrada do Zimmermann

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    3. O Zimmermann me parece bom. Mas é só achismo, não conheço direito o trabalho.

      E esse interino, James Freitas, alguém conhece? Valeria a aposta?

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    4. Glaucio, é da base. Não tem "estofo" para treinar o clube ainda. Não adianta, técnico para clube do tamanho do Grêmio tem que ter história. Repito o que já escrevi aqui em outra oportunidade. Renato, quanto treinou o Grêmio, pegou a gurizada que não queria nada com nada, botou numa van e ´deu algumas voltas no Olímpico, pelo lado de fora. Aí apontou a placa "Campeão do Mundo" e disse: "Estão vendo aquela placa? Pois é, eu fui responsável por aquilo.". Então, não tem saída, jogador respeita técnico com história. Vestiário é para poucos. As cobras engolem o cara. Aposto.

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    5. Tenho minhas dúvidas, sobre os jogadores realmente estarem respeitando o gringo. De repente as atitudes dele no início do ano desagradaram os caras, com certa razão. Achei muito estranho o tom do Grohe na entrevista que vi hoje ao meio dia.

      O Renato nunca fez isso. Ou, de repente fez em 2011, e por isso o time caiu tanto de rendimento.

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    6. O meu maior medo é salários em atraso. Lembram? 4 x1 no Coirmão, em seguida, 3 x 0 no Criciúma, depois a maionese desandou.

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  4. Cristóvão, Argel, Winck (ou Clemer).

    Mas sinceramente, poderia elencar 10, sem grandes convições. Tão pouco acho que tenha um estilo exato que precisamos... Qualquer um será um aposta! Por isto a questão salarial tem que ser levada em conta, nada de grandes investimentos.

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    1. Na mosca, questão salarial, porque aprovação da massa, nem pensar, além de ser aposta. Luiz Felipe era quase uma certeza, mas não vingou. De repente, vem um técnico novo, do interior, o importante é ter qualidade, personalidade e apoio da Direção. Ganhar o grupo, crescer junto com ele.

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    2. PJ
      Surgiu o nome do Roger, pelo menos trabalhou com várias feras e conhece o ambiente azul.

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    3. Complementando: Na comparação com Clemer, leva vantagem pelo gremismo.

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  5. Opinião pessoal: se Bolzan trouxer um cascudo e o time for bem, se consagra. Se der errado, culparão o homem por ter afundado mais o clube financeiramente. Se trouxer um nome desconhecido e der certo, dirão que era essa a "oxigenação" que o clube precisava, que chega de nomes consagrados. Mas se der errado, dirão que faltou visão, que faltou conhecimento, que faltou experiência ao Presidente. Ou seja, Bolzan está numa encruzilhada. Por isso optou por ouvir muita gente. O que é salutar.

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    1. Dividir responsabilidades, trazer os caras interessados em acertar; é por aí.

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    2. Alvirubro
      Vide Diego Aguirre que experimentou o inferno antes do título, depois escreveram que vai fazer história do clube, o que escreverão se perder a LA?

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    3. Bruxo, meu amigo, estão enganados com D Aguirre. Não me convenceu e não me convencerá, mesmo que ganhe a LA. Basta ver as críticas a ele depois da derrota de ontem. Montou um time para se defender e perdeu, como acontece com todos os retranqueiros. Nem Celso Roth não ousaria tanto. Espere o desenrolar do Brasileiro e verás. Estou sentenciando na 2ª rodada.

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    4. Também acho. O que poderá salvar o gringo é a LA que está caindo no colo dele. Num campeonato longo como o Brasileiro, sei não ...

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  6. São 17 minutos de 22/05, Sexta, parece que será Ney Franco.

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    1. Não vi ninguém citar o nome dele, mas pela descrição do Bolzan Jr., o perfil é de Ney Franco.

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  7. Surgiu o nome do Doriva. Como salientou o Guilherme, a questão primordial é salário. Convenhamos, o Gláucio já afirmou isso aqui, as pretensões do Grêmio, para o ano, são mínimas, não há porque investir tanto em técnico caro.

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  8. PJ
    Acho que ajeitando um pouco, duas contratações, duas afirmações de nossas promessas da base, a volta da confiança, diálogo, salário em dia, o Tricolor poderá brigar por título. Tem quantos melhores que ele?

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    1. Não sei bruxo, o nível das contratações - parece - não vai ser nada de inspirar grande confiança.

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    2. Sejamos otimista, hoje é sexta-feira.

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    3. É para enlouquecer, PJ; se as notícias são verdadeiras, para que Rildo, se vão trazer o Fernandinho de volta? Algo não fecha.
      Essa do Rildo é notícia plantada.

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  9. Sem dúvidas, pelo menos uma ceva.

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