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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Opinião



As Pérolas do Capitão

O silêncio é ouro. Quando Maicon não deu declarações após a desclassificação diante do Juventude, entendi e achei certo, embora a importância da sua condição de capitão do Grêmio, porque se é para se arrepender depois, melhor silenciar e refletir.

A fala de hoje à tarde, só reforçou esta ideia, ou seja, Maicon meteu os pés pelas mãos, se enrolou ao tentar explicar o insucesso desta quarta-feira, dizendo que o time fora surpreendido pelo modo de jogar dos argentinos, mas não ficou só nisso, tentando passar otimismo, disse que lá em Rosário, "eles vão sair para o jogo" e dar espaços. Peraí! Então, aqui, ontem, eles não saíram para o jogo? Qual jogo Maicon viu?

Diante disso, começo a entender porque a torcida do São Paulo passou a duvidar do futebol de Maicon. Com o que vem jogando, ele é um dos falsos diamantes.

Aliás, com o que vem jogando Marcelo Grohe, não dá para dizer, que Bruno Grassi não faria diferente? Dois chutes de Marco Ruben, um na rede, outro na trave, ambos, o goleiro gremista foi e ficou na saudade. Grohe é um Grassi com alto salário.

Escrevi anteriormente, que o Grêmio não deveria renovar com Galhardo e Erazo, porque eram caros para a bola que possuíam. Ratifico isso, renovados os dois vínculos e teríamos mais dois falsos diamantes, sugando os cofres do clube. Ali, a Direção acertou em cheio.

O problema é a reposição, os que chegaram frustraram as expectativas de alguns e confirmaram as desconfianças de outros. Lógico! Se a reposição é inferior, parte da torcida questionará a saída desta dupla.

O mesmo caso ocorre com Marcelo Grohe. Todos sabem que considero o nosso goleiro, um bom arqueiro, mas aquém das necessidades do Tricolor, agora, se é para sacá-lo, tem que vir um melhor ou que diante de características próprias e convergentes com os interesses do grupo, for mais útil, tudo bem. Tirar por tirar, tudo mal.

Chegamos a Douglas. O nosso camisa 10 há quatro anos já havia a desconfiança que ele não segurava a onda de 90 minutos com alta competitividade, que dirá em 2016. Ele não pode ser titular.

Finalizando: Roger estacionou. Esta é a realidade; não sai mais coelho daquela cartola. Resta saber, se isso é apenas um momento ou como escrevi, a cruel realidade.

Hoje, o Imortal é um poço de indefinições. O primeiro semestre já era.

9 comentários:

  1. Comentei com o PJ sobre a falta de noçao dessa declaração do Maicon. Primeiro porque os caras saíram pro jogo aqui, se fomos bem marcados é porque jogaram compactados e a recomposição era rápida e organizada. Segundo porque, com a vantagem, aí é que não vão se expor nem dar espaço. Nesse ponto pode ser bom pra nós, pois duvido que sejam tão intensos como foram aqui, e nem o Grêmio vai ser tão molenga, pois não terá nada a perder se arriscando. Pra terminar, não tenho medo do poder de fogo deles, criaram poucas chances, e com a volta de Geromel a coisa pode melhorar. Mesmo assim não acredito em virada, arrisco dizer que voltamos de lá sem fazer gol.

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    1. Glaucio
      Também penso isso. O Grêmio chegou muito mal preparado, consequência do péssimo planejamento que até um bandeirante ou escoteiro em início de atividades não faria.
      Lembra que escrevi "o modesto Rosário". É o que eu penso.

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  2. Naturalmente o Grêmio sabia como o Rosario iria jogar. Seria muito melhor se o capitão admitisse que "tinhamos consciência do estilo do adversário, mas fomos incapazes de encontrar soluções no decorrer da partida". Ficaria menos feio e até seria passível de melhor compreensão da torcida.

    O problema é se não for uma opinião apenas da boca para fora. Afinal uma mentira contadas muitas vezes se torna verdade. Aí é desconhecimento total da situação e, como diria Cláudio Cabral, suicídio é um dever.

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    1. Rafael
      Para alguns dirigentes "suicídio é um dever". Quais as cabecinhas iluminadas que renovaram com Douglas e Marcelo Oliveira? Que estenderam até 2020(?????) o contrato do Grohe?

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  3. Que eu me lembre, nos meus quase 30 anos de gremismo, o Grêmio só reverteu derrota em casa três vezes: uma no ano passado diante do Criciúma, Copa do Brasil, outra em 1992, pela mesma competição, contra o Paraná no Olímpico, 0x1 (primeira derrota na Copa do Brasil depois de três anos de existência dessa competição, antes fora campeão invicto ou foi eliminado sem perder)e ganhou, de virada, por 2x1 fora de casa na segunda partida. A terceira situação, mais interessante no caso, foi no distante ano de 1989 pela extinta Supercopa dos Campeões da Libertadores da América: perdeu do Estudiantes no Olimpico por 1x0 e tocou 3x0 fora, time dirigido pelo Claudio Duarte que faria a melhor campanha do Grêmio nessa competição (foi eliminado pelo Boca na semifinal 0x0 aqui e 2x0 para eles na Bombonera). O campeão foi o Independiente, se não me engano.

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    1. Raríssimas vezes, Rodrigo.
      Esta do Estudiantes é um feito; não lembrava, vou até tentar uma Pequenas Histórias com esse jogo.
      Tem aquela Copa do Brasil em que o time do Tite saiu de um 2 a 2 (depois de 0 x 2) e ganhou do Corinthians em 2001.

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  4. Se Douglas não pode ser titular, pra reserva já tínhamos Maxi Rodrigues, que é muito mais útil.

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  5. Ainda citando o Cabral, Rafael, como ele tantas vezes disse sobre o inter: falta ao Grêmio "politica de futebol".

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    1. Exatamente; ou como escreveu o Torcedor Gremista na ZH, um diretor de obviedades. Gostei muito do texto.

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