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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Opinião



Alguém não foi avisado


A impressão que fiquei; repito, a impressão, é que ontem estava tudo programado para a volta definitiva de Maicon ao grupo titular, mas como naquela história, onde nem todos foram avisados, alguém destoou e entornou o caldo, apareceu um caroço na empada.

A justificativa da troca que determinou a presença de Arthur no banco de reservas é insólita, ou seja, Renato argumentou que num confronto de Libertadores, a experiência de Maicon seria o recomendável.

Arthur, o menino de 20 anos, que ascendeu de forma meteórica e incontestável ao time principal, que dentre os juniores de sucesso (Luan, Pedro Rocha, Ramiro, Éverton) e até veteranos como Pedro Geromel, Kannemann e Lucas Barrios, aquele que ganhou o seu lugar em menor tempo de participações no time, que se destacou ao ponto de ser citado três vezes por Tite, quanto ao futuro da Seleção, suas promessas de craques; que encarou o encardido confronto de ida lá na província de Mendoza contra este mesmo Godoy Cruz, adversário que bateu e jogou como um legítimo representante do futebol argentino; ele, Arthur, não poderia entrar ontem em casa, com vantagem no placar, porque estava menos preparado do que Maicon para a missão? Ora! Contem outra.

Alguém na Arena imaginou um duelo mais tranquilo, uma vitória empolgante, talvez com um placar  convincente, que abriria o caminho para a volta do capitão do time. Ganha bem e os argumentos para a sua manutenção estariam plasmados; seriam irrefutáveis.

O problema é que o script não foi seguido à risca, o roteiro teve adaptações e os "cacos" tão certeiros nas improvisações em peças de teatro, dentro das quatro linhas não funcionaram; alguém espirrou o taco no tapete verde neste bilhar diferente.

Por um triz, o gênero da peça aprontada pelo treinador gremista não foi o drama, andou perto disso, Michel que o diga.

Olhar para o Palmeiras ou Atlético, suas desclassificações patéticas, não servirão de consolo, melhor olhar para os exemplos bons, enquanto ainda é tempo.

12 comentários:

  1. Fora do tópico:
    http://www.correiodopovo.com.br/Esportes/Futebol/Gremio/2017/8/625448/Gremio-demite-Valdir-Espinosa

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    1. Leonardo

      Bruxo: Espinosa foi sendo esvaziado até se tornar figura decorativa. Acho que o Renato não quer dividir nenhum watt dos holofotes!

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  2. Leonardo
    Há um conflito de informações, a corrente mais ouvida é que Espinosa desde o Gauchão, já deveria ter saído porque não estava realizando as funções que lhe haviam determinadas; o sentimento de todos parece ser de alívio.
    Desconfio que o Renato não teve o que fazer.
    São versões.

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  3. Achei um pelo, pena ser num ovo.

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  4. Quanto ao tópico, diz um ditado que a torcida sempre tem razão. Aí, não posso discordar porque sempre haverá “os contra” e os “a favor”. Sempre haverá quem vença a batalha de quem tem razão. Ganhando ou perdendo. (Grohe que o diga).
    O Real Madrid pôs em campo o CR7 nos últimos minutos de um jogo decisivo, valendo título, contra o Manchester. O goleiro Cillessen foi substituído por Krull somente para a série de pênaltis, já no final da partida. Imaginem se isso ocorresse no Grêmio. E estamos vendo algo com uma proporcionalidade muito, muito menor provocar discussões acaloradas.
    Pra mim Arthur tem um futuro promissor. Diria até que será titular da seleção em 2022. Se eu fosse o técnico, teria entrado com Arthur. Mas, somente o técnico tem suas razões, preferências e dados fornecidos pelo seu staff, com relação a uma partida em específico, para decidir quem joga.
    Se essa discussão fosse com relação a ter colocado Kaio, preterindo Arthur ou Maicon, concordaria 100% com todas as críticas. Mas não é. Se trata de escolher entre Arthur e Maicon. Dois ótimos volantes. Ainda bem que temos dois ótimos volantes que provocam discussões para a escolha de um ou outro. Arthur por ser jovem, fruto das bases, em ascensão (impressionante), que virou “xodó”, é a razão disso. Não se trata, apenas, de qualidade, opção tática, uma partida.
    O que diríamos sobre a série de lesões que ocorrem atualmente? Certamente algumas delas são realmente lesões pelo excesso de jogos, mas entre elas, desconfio que nada mais são do que justificativas para promover um rodízio entre os jogadores tendo em vista os jogos, a competição, os contratos de cada um.
    Um grande problema para quem tem um plantel acima do normal e necessita gerenciar tudo isso.

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    1. Arih
      Como a única explicação "oficial" dada pelo treinador para sacar o nosso melhor meio-campista foi a de ter menor experiência do que Maicon par jogar a Libertadores, eu não compreendi e não concordei, porque ele vem enfrentando paradas mais tortas neste certame este ano. Além disso, daqui a pouco o técnico entrará em contradição, quando necessitará de um jovem no lugar de um veterano mais adiante.
      Às vezes, parece que jovens não merecem respeito, quase sempre ouço explicações do tipo "em respeito" a biografia do fulano para atleta mais rodado, etc... Não concordo.

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    2. Eu sonhei ou o Renato falou alguma coisa sobre estatura e bola aérea?

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    3. Falou sim, mas essa fala abriu um perigoso precedente, imagina sacar o Arthur num Grenal, por exemplo, porque Jailson, Michel e Maicon são mais altos.
      Esse negócio de estatura/bola aérea é muito relativo; Passarella tem/tinha 1,73 m e ninguém ganhava dele.Mesmo sendo outros tempos, lembro que Oberdan tinha 1.78 m. Estatura funciona mais para a posição de goleiro.

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  5. Quanto ao Espinosa, barbaridade!
    Procurei me informar e muita coisa achei sobre o assunto. Pude fazer uma avaliação inicial que, certamente, pode sofrer variações de acordo com algo de concreto que apareça.
    Primeiro, sou admirador do Espinosa (e tenho gratidão por ele). Além de ter sido, na minha opinião, um dos melhores laterais direitos que o Grêmio já teve (o vi jogar; e o Alvirubro, a enciclopédia, pode demonstrar mais os dados sobre ele), foi o técnico Campeão da primeira Libertadores e do primeiro Mundial.
    Bem, creio que já havia um mal estar de ambas as partes pelas ações e omissões de cada uma delas. Uma situação dessas nunca é unilateral. Da parte do tricolor creio que havia mais esperanças de uma contribuição mais acentuada, mais participação e dedicação (e menos choques relacionais com os demais departamentos, principalmente, o do futebol). Da parte do Coordenador Técnico, havia esperanças de maior reconhecimento e, como ele diz, “respeito”, que nada mais é do que atenção a sua experiência, a sua pessoa.
    Conheci muitos casos similares na vida.
    Minha conclusão é de que ambas as partes tiveram seus erros.
    A instituição Grêmio, mesmo com suas razões, deveria ter escolhido um momento mais oportuno, e tomar suas decisões de maneira mais discreta (incluindo chamar o profissional e transmitir-lhe suas decisões, antes de vir a público).
    A “instituição” Espinosa não poderia “sentar” em cima de um passado para justificar qualquer coisa que seja. Teria que se dedicar mais, teria que ter uma atenção mais especial nos relacionamentos, tendo em vista que é um exemplo.
    Como diria Rudi Armin Petry: é um (típico) assunto de economia interna.
    Deveria tudo, de ambas as partes, ter ficado entre as “paredes” e as partes.
    Infelizmente.

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    1. Perfeito Arih!qual a diferença de "civilidade" entre a demissão do Espinosa (meu ídolo) e o tratamento de torcedores ao grohe e o bressan por exemplo?

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