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domingo, 27 de agosto de 2017

Opinião



Implicância e Paranoia

A postagem de hoje pode parecer implicância e um pouco de paranoia minha, mas se eu não escrever, não vou estar à vontade, pois, mais tarde poderá haver repercussão e vou me arrepender de ter perdido a oportunidade de tratar destes assuntos.

Li a entrevista de Bressan às páginas 46 e 47 do jornal Zero Hora deste final de semana e no site. Nela, ele, em um dado momento, diz que "o Grêmio não teme ninguém na Libertadores". Obviamente, ele tem o direito de se manifestar, mas eu tenho uma relutância em aceitar afirmações desse tipo realizadas por jogadores contestados. Nunca acaba bem; aliás, acaba bem para o adversário.

No Grêmio de Telê, repercussão havia quando os porta-vozes eram Ancheta, Oberdan e Tadeu Ricci. Em 81, Émerson Leão e Hugo De Leon; em 83, Hugo De Leon e Tita, além da irreverência de Renato. Entretanto, nunca se sabia quando este último estava falando sério.

Lembro que na década de 80, já sem Hugo De Leon, um defensor gremista, que esteve no grupo campeão mundial, deu uma entrevista nos moldes desta de Bressan, sendo o alvo, o tradicional rival, momento em que ele dominava os campeonatos regionais. E se deu mal, ocorreu o contrário do que ele bradara e o Grenal teve um desfecho desfavorável para o pessoal da Azenha. Decididamente, ele não era o mais indicado para uma entrevista com tom e palavras impositivas. Nem ele, nem Bressan: Falta(va) estofo para ser(em) o porta-voz do grupo gremista.

Bressan foi bem diante do Cruzeiro. Bem em relação a ele próprio, nada de especial, além disso, o Tricolor saiu com um insucesso do Mineirão.

Implicância minha? Talvez, porém e agora vem a paranoia, a gente conhece uma parcela da mídia; aqui, mais um parênteses, vide Jornalistas Gaúchos e seus times do coração (sempre é bom ter essa informação à mão); não dá para descartar um objetivo escuso neste súbito interesse e estrelato de Bressan.

Para ilustrar, lembro que tem um jornalista colorado, apelidado pela massa de "Pipoca", que sempre que tem que elogiar o presidente Fábio Koff, menciona que ele é o maior presidente da história do Grêmio; ele tem muita dificuldade em dizer que ele é o maior da história do futebol gaúcho. Não consegue, não sai, trava.

Também vejo que se Gamarra jogasse atualmente, ele seria tratado como o melhor zagueiro do Brasil; no caso de Geromel isso não acontece, ele sempre é considerado como "um dos melhores do Brasil". Eu sei, isso é democrático, cada um tem a sua opinião.

Provavelmente seja coisa de paranoico, mas eu acho que os elogios são seletivos, sem critérios claros. Basta vermos como foi a condução jornalística do rebaixamento do Inter, enquanto ele não se materializava matematicamente e até depois com o fiasco no Tapetão por essa parcela da mídia e a euforia dos textos com as seis vitórias consecutivas na Série B e a aparente indolência para elogiar os bons desempenhos azuis.

No mínimo, dá para dizer que o súbito estrelato de Bressan é esquisito.

3 comentários:

  1. Não esqueçam de ler a parte de comentários no link do Milton Neves. Tem acréscimos.

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  2. Quando Bressan vira referência...
    Mas aí é muito da mídia mesmo, escolhem o cara certo pra fazer o serviço errado.

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  3. PJ
    O bom para o Bressan era deixar a última impressão que é seu jogo de acertos, se começar a falar, aí complica.

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