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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Opinião



Com a Poeira baixando

Hoje, nós passamos o dia em êxtase, conseguimos trabalhar, mas a toda hora os lances da partida vinham à mente e nos pegamos rindo à toa. Uma noite perfeita e um Day After melhor ainda.

Aí está uma curiosidade; O futebol é um jogo de erros. A noite foi perfeita para o Grêmio, o Barcelona, temos certeza, não achou.

Com a poeira baixando, vimos que há situações quase inéditas de tantas ocorrências favoráveis, que não se repetirão tão facilmente, senão, vejamos:

Os times equatorianos são faceiros, marcam de forma frouxa e o Barcelona prescindiu de um volante marcador, por isso (mas não só por isso, é claro), Luan brilhou intensamente, porém, passando para a final, o Tricolor vai encarar um argentino e aí terá pela frente vários "Kannemanns", independente de ser Lanús ou River Plate. Luan e Cia terão marcação mais intensa.

A atuação de Edílson se mostrou acima de tudo que ele fez no Grêmio, a jogada do terceiro gol é lance comum nos pés de Leonardo Moura, não dele; o gol de falta é um instante de técnica, vivacidade do batedor e de um grande descuido defensivo do arqueiro equatoriano. 

Com Pedro Rocha em campo, a possibilidade de o Tricolor consagrar uma goleada histórica era iminente. Sem ele, o Grêmio jogou com "dez", pois Fernandinho não se achou em campo, seu jogo não teve consequência; mais uma vez, alertamos, usando o exemplo dos argentinos: O Tricolor não poderá enfrentar los hermanos com uma posição destoante. É suicídio.

Com um adversário que dificulte a movimentação de Luan, o isolamento de Barrios se agravará e o ataque poderá se resumir a levantamento de bolas na área, um velho, surrado e quase sempre recurso insuficiente. 

Chegando ao goleiro: Marcelo Grohe fez a defesa do ano, espetacular, quase irrepetível em sua carreira, mesmo com todos os méritos, convém lembrar que ela é fruto de duas qualidades bem conhecidas do goleiro gremista, arrojo e excepcional reflexo. Ele buscou a técnica do handball para lograr êxito na magistral defesa à queima-roupa.  Prossegue a dúvida; quando Grohe for exigido em seus conhecidos pontos fracos, como ele e o time reagirão? 

Renato armou o time e fez as trocas essenciais em momentos de dificuldade na partida; entretanto, o placar lhe era favorável; como será quando estiver atrás no marcador? Terá o discernimento para fazer a leitura correta do que ocorre dentro de campo?

É hora da torcida festejar muito, mas a tarefa da Direção e Comissão Técnica aumenta em responsabilidade e na complexidade para evitar tropeços e frustrações.

Mais uma vez, a hora é dos comandantes do clube.

4 comentários:

  1. Concordo em “quase em tudo”. Mas, não se pode esperar que Grohe faça defesas memoráveis em todas as partidas. Como qualquer goleiro, depende do imponderável. Simples assim.
    Caso o Grêmio siga em frente (o que as probabilidades indicam que sim), devemos prestar muita atenção nos argentinos.
    Não só concordo como tenho falado insistentemente (vide o jogo contra o Godoy Cruz) que argentino não se deixa levar pelo melhor momento do adversário, não se deixa levar pelo local do jogo, não se abate nunca. Incorporaram, definitivamente, o espírito guerreiro charrua (que apareceu na banda oriental do Rio Uruguai, incluindo o RGS, e só depois foi cruzar o “entre rios”).
    Alguns preferem este ou aquele. Independe. No “frigir dos ovos” eles são todos iguais. Se não for pelo belo e superior jogo jogado, será por outras vias que já conhecemos bem, muito bem. Renato, aliás, foi massacrado diante do Estudiantes. Lembram?
    Contra o River ainda pesa o caso de “doping” de metade do time no início do ano. Algo que deva ser visto com muita desconfiança. Quem não lembra da “água benta” do Branco na Copa de 90?
    Pois é. Argentino é assim, e muito pior.

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  2. Mas, Arih, antes de tudo, classificar para a final.
    O Grêmio só perde a vaga para si próprio, acho muito difícil, entretanto, é possível.

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  3. Pelo comentário o melhor o Grêmio fechar as portas. Mds. A exibição de quarta esta doendo muito nos pessimistas torcedores de suas próprias teses.

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    1. Heraldo
      Não sei se é para nós deste blog (às vezes, o pessoal pega um comentário único e o reproduz no Mário Marcos e outros), mas no meu caso, eu escrevo baseado no que eu penso e o que eu vejo. Exemplificando, não gosto de determinados jogadores para titulares do Grêmio (Grohe e Fernandinho para citar dois do momento), mas isso não deve me influenciar quando analiso um jogo em si. O mesmo vale para o treinador. Acertou, ótimo; errou, merece a crítica.
      Nem ser um torcedor cáustico, nem chapa branca.

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