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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Opinião



O Torcedor e o Profissional

Revendo algumas postagens recentes, eu me deparei com um evento que há muito me provoca, merecendo ser posto em texto, isto é, a superstição ou mística no futebol.

Nós, os torcedores temos o direito de botar fé numa roupa do corpo, uma letra de música, uma posição diante da televisão, enfim, uma rotina que possa "atrair a conquista". 

Já o profissional, embora supersticioso, deve ser comandado pela razão, pelos treinos, pela reação do atleta durante a concentração para os jogos.

Desconfio que no caso do Jael, além de uma provável escassez de "mão-de-obra", poucas alternativas, fiquei com a sensação que a superstição determinou  escolhas do treinador  gremista que aguardou o tempo todo por aquele momento mágico, tipo "Deus estava guardando isto para mim". Não veio. Deu o óbvio, isto é, de onde não se espera nada ...

Morreram abraçados, jogador, técnico e a massa torcedora.

Para encerrar, recordo 1994, Copa do Mundo dos Estados Unidos, o tetra brasileiro; no grupo havia um jogador chamado Viola, um bom malandro, artilheiro, mas que eu não o convocaria nunca para um selecionado brasileiro, havia Evair que foi preterido. Pois bem: Véspera da decisão diante da Itália (aquela que foi para os tiros livres após a prorrogação), Viola declarou para quem quis ouvir, que sonhara que, indo o jogo para a prorrogação, ele entraria e faria o gol decisivo. Uma grande sacada do centro-avante.

Parreira, não sei se era/é supersticioso; na dúvida, quando a decisão foi para os 30 minutos adicionais, não teve dúvidas; olhou para o banco e mandou entrar o atleta que tivera a "premonição". 

Viola se esforçou bastante, mas, como sabemos, a Copa foi decidida pelos chutes da marca da cal.


5 comentários:

  1. Viola entrou no lugar de Zinho, botou fogo na prorrogação e não fez o tal
    gol do título por pouco, mas Viola era bom de bola ao contrario do Jael.

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  2. Carlos
    Era bom jogador, mas no banco, embora um guri ainda, estava o futuro fenômeno Ronaldo e Paulo Sérgio, que vivia grande fase no Bayern München.
    O Viola entrou no texto para mostrar que até o "racional" Parreira, que, se a memória não me falha, não havia usado nos jogos anteriores, o atacante do Corinthians, não arriscou desprezar o sonho de Viola.

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  3. Carlos
    Para entender como as coisas funcionavam:
    https://www.torcedores.com/noticias/2016/05/especial-evair-copa-do-mundo-1994-meu-sonho-de-menino-estava-ali

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    1. Evair era um bom atacante, cairia como uma luva nesse time do Grêmio, fazia um pivô como poucos, mas naquela prorrogação era momento para Viola.

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  4. Carlos
    Evair era cerebral; aliás, o Guarani revelou 2 camisas 9 quase em sequência: Careca e Evair.

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