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quinta-feira, 22 de março de 2018

Opinião




A Etapa que pensei vencida


Vendo o que ocorreu ontem no Pinheiro Borda, eu fiquei decepcionado triplamente: Com o time apático e mal escalado, depois, a arbitragem capciosa; por último, porque já imaginava outro estágio para o Imortal no presente ano.

Sobre as duas primeiras motivações, já fiz uma exposição na postagem anterior; portanto, fico em cima da terceira, o “outro estágio”.

Antes, um exemplo: O Internacional foi campeão brasileiro em 1975, aproveitando a grande geração de juvenis (não existia a categoria juniores), conjuntamente, ele foi acrescentando (assim mesmo, de acréscimo) naquela primeira metade de década, grandes jogadores até para lugares onde os titulares pareciam ideais, Schneider por Manga, Figueroa do Peñarol para o lugar de Scala (Seleção Brasileira), Dorinho por Lula, Claudiomiro por Flávio, etc... O que fez no ano seguinte (1976)? Aprimorou o elenco: Sai Hermínio, vem Marinho Perez , titular da Copa do Mundo de 74, do Barcelona para o Beira-Rio, sai Flávio trazido do Porto de Portugal, goleador do Brasileirão daquele ano e vem Dario, o Dadá Maravilha, tricampeão mundial em 70 e goleador do primeiro brasileiro (1971). Ganhou o bicampeonato com um “pé nas costas” numa época de alta competitividade do certame.

Voltando a 2018, pois não é que nós, gremistas, ainda estamos discutindo Bressan, Maicon, Jael, Cícero? Achei que esta etapa já era página virada na avaliação dos comandantes gremistas, que 2018 seria o ano de muitas cerejas no elenco.

Para ilustrar: A frase mais lúcida que ouvi nos últimos dias foi a do dirigente pernambucano Guilherme Beltrão que queria determinados jogadores do Grêmio; disse: - Bressan tem a cara do Sport. Acertou na mosca. Nada a acrescentar.

Sai Lucas Barrios, vem André; ótimo. É por aí, mas e o resto? Reconhecimento e lealdade são dois sentimentos nobres, mas, quando se trata de avaliar profissionais bem remunerados, a busca pela excelência dos resultados não colide com estas virtudes; é do processo buscar aprimorar. Temos Ramiro, Bruno Cortez, Leonardo Moura, Maicon, Jailson; eles serão suficientes quando a exigência aumentar? Será que não tínhamos melhor capacidade de enfrentamento diante do Real Madrid? Jaílson, Michel e Maicon versus Casemiro, Modric, Isco e Kroos? Ano passado, tudo bem, porém, não dá para evoluir em 2018? Vamos na mesma toada? Alguns atletas incensados de 2017 não bateram “no teto”? Dá para ser campeão da Libertadores/18 com Léo Moura, Jaílson e Ramiro entre os titulares? Quem é a reposição de Éverton? E de Geromel?

Temos três craques no elenco, um é uma andorinha solitária do meio para frente (Luan), o outro, Arthur, o treinador excede no zelo, conservando-o equivocadamente numa redoma de vidro, por fim, Pedro Geromel; este então, excelência pura. Joga e faz os outros jogarem. Ontem, Walter Kannemann pareceu um beque estabanado, Cortez, virou a versão negra de Marcelo Oliveira, Jaílson mais frágil do que em jornadas anteriores. Faltou o fiador da qualidade da zaga. Com Geromel; Rhodolfo, Erazo e Kannemann parecem/pareciam mais do que são.

A exigência da torcida e da grife Grêmio aumentou, o Tricolor está vivendo um período de muitas notícias positivas, mas corre o risco de estagnar e ser atropelado pelos concorrentes na Libertadores e Brasileiro.

Hora de olhar para a base com carinho e para o mercado com mais atenção.



8 comentários:

  1. Pois é bruxo, qual a serventia de Marcelo Oliveira, Taciano, Cicero e Hernani?
    Da um jeito de trazer o Zeca que ta solto no mercado e joga nas duas.

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  2. Carlos
    Exatamente;Zeca é caro? Somem os salários destes citados e a gente vê o que é caro.

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    1. Até agora não entendi a contratação do Hernani, de nível muito parecido com o Jael, se a ideia antiga e conhecida era de buscar o André. O mesmo vale para o Carneiro, que ainda bem não se confirmou.
      Thaciano e Cícero não jogam mais que os arquivados Jean Pyerre, Matheus Henrique e Patrick.
      Já Marcelo Oliveira faz hora extra há 2 anos já...

      Não entendo também o arquivamento de Dionathã e Pepê, que poderiam ser mais testados no gauchão como reposição a Everton e Ramiro. No lugar deles ficaram Vico e Poletto, que não vão ter espaço no time, tendo já outros jogadores para o meio e referência do ataque.

      Ficou muito estranha a situação do Transição depois do vexame no Gauchão e acabaram por esconder os bons jogadores que lá estavam

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    2. Targa
      Vico é um fenômeno. Um fenômeno misterioso. Está na lista da Libertadores.

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  3. Bruxo, excelente post. Evolução, uma palavra-chave. Onde está? O Grêmio involuiu. Não, não foi devido a recente derrota no grenal. Já falamos isso a algum tempo.
    Agora, “reconhecimento e lealdade” são detalhes importantíssimos, mas quando aliados a qualidade. Qualidade não é só técnica apurada, mas também eficiência. Mas não só isso. Também tem que possuir caráter, se encaixar socialmente num grupo para torná-lo harmônico. A consequência? Sucesso.
    Como diria Goethe: não basta saber, tem que também aplicar; não basta tencionar, tem que realizar.

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  4. O Grêmio evoluiu na política, na administração, controlou os gastos, as contas e também investiu, timidamente ainda, mas investiu. A prova é que André, que não foi barato, está na área.

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  5. Penso que o Zeca seria ideal pois joga nas duas, hora joga na direita pra dar um descanso ao L. Moura, hora joga na esquerda pra botar uma pressão no Cortez que me parece meio acomodado.

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  6. Carlos
    Com Zeca, a em que jogar, muda de patamar. Até rimou.

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