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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Opinião



A Zaga Canhestra

Eu sou canhoto. Um canhoto que tem (ou tinha) grandes dificuldades para cortar ou conduzir a pelota com a perna direita; o arremate até ia mais ou menos. O bote, o desarme, sempre foi desajeitado e quase sempre, infrutífero.

E eis que as circunstâncias deixaram o Imortal com alternativas pouco "ortodoxas" para o miolo da defesa. De repente, não tem mais Bressan que foi defenestrado, Paulo Miranda lesionado e Pedro Geromel num raro momento de suspensão por cartões amarelos. Sorte que Kannemann está à disposição.

Aí, Renato olha para o elenco e vê Marcelo Oliveira ou Michel, duas improvisações já utilizadas na zaga, porém, desta vez, a parceria não é de um destro; então, a formação complica. Dois canhotos e temos uma zaga desajeitada, canhestra. Para complicar, Derlan, beque do time de transição é canhoto.

Alguém poderá dizer; passem o gringo para a direita e coloquem Marcelo Oliveira ou Michel na antiga "quarta-zaga" e o problema estará resolvido.

Não concordo. Dois canhotos como beques não funcionam, arrisco dizer.  Se pegarem um avante igualmente canhoto, o "bicho vai pegar", pois será uma "papinha", o drible de dentro para fora vai torcer o quadril dos zagueiros.

Eu, distante 300 quilômetros do CT Luiz Carvalho, arrisco uma sugestão ou melhor, duas: Tonhão que virou Rodrigues ou Bressan numa espécie de jogo despedida.

Li que Leonardo Gomes poderia fazer a zaga com Leonardo Moura ou Madson na lateral; tudo bem. 

Eu descartaria apenas essa formação com dois canhotos. É só um palpite.

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