Pequenas Histórias (220) - Ano - 1999
O Mestiço de São Borja
Fonte: Correio do Povo |
Tomo emprestado o título do magnífico êxito literário do não menos magnífico autor gaúcho, Alcy Cheuiche, cujo personagem principal é um "resumo" multirracial tão presente em nosso povo, além de ser um retrato de 50 anos do Brasil do Século XX.
Pois de São Borja surgiu o filho do ex-goleiro Alcino (nome inicial daquela escalação que tirava o sono dos atacantes gaúchos: ele no gol; Patrício, Cassiá, Aguiar e Paulinho) do Internacional de São Borja, o menino apareceu para o mundo futebolístico, primeiro no Coirmão, que não teve grana para comprá-lo, depois no Tricolor, onde marcou definitivamente o seu nome na história gremista.
Zé Alcino, um atacante de uma personalidade discreta, calma (aí, outra lembrança literária, ele parece com Pedro Missioneiro de Érico Veríssimo no O Continente de O Tempo e o Vento); se transformava dentro das quatro linhas. Nunca desistia do lance e, quem diria, um protótipo do avante moderno; era ponta direita, mas também podia fazer o outro lado, o esquerdo, igualmente, o cara do centro que trocava de posição com quem vinha do meio.
Em 1996, mesmo com características distintas, ocupou a vaga de Jardel e foi fundamental na conquista do Bi brasileiro, tendo papel preponderante na ascensão de Paulo Nunes, goleador do campeonato.
De todos os seus jogos, aquele em que mais ele brilhou individualmente ocorreu no histórico palco do Maracanã, diante do Flamengo de Romário. Zé Alcino marcou três gols na vitória de 4 a 3 naquele 29 de Agosto de 1999.
Celso Roth escalou o Imortal com: Darnley; Zé Carlos, Émerson, Scheidt e Éder; Capitão, Fabinho, Itaqui e Cleison; Ronaldinho e Zé Alcino. Usou ainda, Alex Xavier, Luis Carlos Goiano e Macedo.
O ídolo do Flamengo, Carlinhos mandou a campo: Clemer; Pimentel, Fabão, Luiz Alberto e Athirson; Jorginho, Leandro Ávila, Beto e Fábio Baiano; Leandro Machado e Romário. Entraram também, Rodrigo Mendes, Caio e Iranildo.
Mal escalado, o meio de campo gremista era um deserto de criatividade, sendo inicialmente, dominado pelos locatários que cedo, abriram o placar quando Cleison se confundiu, Romário fez o corta luz e Fábio Baiano bateu de fora da área, pegando Danrley adiantado. 1 a 0.
Aos 22 minutos, o volante Fabinho entra na área, cruza e acha Zé Alcino livre. 1 a 1.
Aos 39, o Tricolor foi surpreendido por um contra-ataque pela esquerda de sua defesa, o lançamento aéreo veio e Beto cumprimentou de cabeça. Final da etapa inicial. 2 a 1, Flamengo na frente.
Logo aos 3 minutos, o zagueiro Émerson apara um escanteio batido por Itaqui e empata. 2 a 2.
O mesmo Émerson comete penalidade máxima aos 21 minutos que Romário converteu. 3 a 2.
Neste instante, uma luz de sabedoria recai sobre o treinador gremista e ele coloca Macedo, recuando Ronaldinho, modificação que fez crescer o futebol do menino, camisa 10 do Tricolor. A entrada de Goiano ajudou em muito o toque de bola vertical do meio de campo.
Aos 25 minutos, Ronaldinho lança Macedo que encontra Zé Alcino que empata novamente. 3 a 3.
Zé Alcino iria virar o " Zé do Maraca" aos 39 minutos, quando viu Fabinho tentar o drible em Clemer e a bola sobrar para ele quase caído. 4 a 3.
Ainda houve tempo para o árbitro Francisco Dalcido Mourão Albuquerque expulsar o zagueiro improvisado na lateral, Éder.
O Tricolor calou mais de 32 mil pessoas que assistiram uma jornada maravilhosa de Zé Alcino que acabou ofuscando Romário e Ronaldinho Moreira numa tacada só.
Aliás, três.
Fonte: Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro
Segue o compacto:
Aos 22 minutos, o volante Fabinho entra na área, cruza e acha Zé Alcino livre. 1 a 1.
Aos 39, o Tricolor foi surpreendido por um contra-ataque pela esquerda de sua defesa, o lançamento aéreo veio e Beto cumprimentou de cabeça. Final da etapa inicial. 2 a 1, Flamengo na frente.
Logo aos 3 minutos, o zagueiro Émerson apara um escanteio batido por Itaqui e empata. 2 a 2.
O mesmo Émerson comete penalidade máxima aos 21 minutos que Romário converteu. 3 a 2.
Neste instante, uma luz de sabedoria recai sobre o treinador gremista e ele coloca Macedo, recuando Ronaldinho, modificação que fez crescer o futebol do menino, camisa 10 do Tricolor. A entrada de Goiano ajudou em muito o toque de bola vertical do meio de campo.
Aos 25 minutos, Ronaldinho lança Macedo que encontra Zé Alcino que empata novamente. 3 a 3.
Zé Alcino iria virar o " Zé do Maraca" aos 39 minutos, quando viu Fabinho tentar o drible em Clemer e a bola sobrar para ele quase caído. 4 a 3.
Ainda houve tempo para o árbitro Francisco Dalcido Mourão Albuquerque expulsar o zagueiro improvisado na lateral, Éder.
O Tricolor calou mais de 32 mil pessoas que assistiram uma jornada maravilhosa de Zé Alcino que acabou ofuscando Romário e Ronaldinho Moreira numa tacada só.
Aliás, três.
Fonte: Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro
Segue o compacto:
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