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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Opinião



Terreno Árido 

Poderia tratar da despedida de Maicon, das experiências de Luiz Felipe nesta parada longa, da tabela de pontuação, deixando cada vez mais complexa a fuga do rebaixamento, mas tem um tema que faz tempo que ensaio colocar aqui de uma forma mais direta e vou adiando por não ser exatamente, um assunto Tricolor: a pobreza de oferta de "mão-de-obra" de "professores", os comandantes técnicos dos clubes, sendo mais preciso: os da primeira divisão brasileira. 

O fato de poder analisar esse assunto sem amarras é uma bênção; fico imaginando os jornalistas esportivos, aqueles que pensam como nós, torcedores e não podem ser autênticos, de ter resguardos no que falar, escrever, publicar. Estão sob freio.

Quem poderia me apontar 5 (cinco) bons treinadores brasileiros, neste momento? Verdade! não preenchem os dedos de uma mão.

E é uma profissão muito rentável. Peguem um técnico que assina contrato por dois anos e que fique 8 meses apenas. Quanto vai receber por quebra de contrato? E se souber amarrar bem o que foi tratado, receberá de duas instituições, se conseguir novo clube.

Hoje, não há necessidade de ganhar grande títulos; cito três que estão no circuito que tão cedo não sairão dele e conquistaram pouco ou quase nada: Vágner Mancini, Roger e Fernando Diniz. 

Há culpa dos dirigentes, evidente. Culpa ou dolo; como é que alguém contratar Ariel Holan, despacham-no e vem Fernando Diniz que sai para dar lugar a Fábio Carille? São profissionais com métodos totalmente distintos. Pobre elenco santista.

Não há uma renovação de qualidade; por isso, que treinadores estrangeiros que pegam clubes com bons elencos, conseguem trabalhos destacados. Alguém poderá dizer; com bons elencos, qualquer um ... negativo, Rogério Ceni quase perdeu o Brasileiro do ano passado, quando correu praticamente só.

Como último exemplo dessa confusão generalizada; Fernando Diniz assumiu o Vasco. A tendência é de queda para a Série C. 

É só facilitar. Ou então, estaremos diante de um trabalho "fora da curva" do ex-meio-campista.

2 comentários:

  1. Bruxo, o futebol brasileiro beira o amadorismo. Não há um projeto que os dirigentes seguem, as mudanças de rumo são ao prazer dos ventos. Basta ver que no início da temporada monta-se um plantel com as características que o comandante atual precisa, se ele é afeito a um time ofensivo, suas necessidades serão atendidas com atletas com essas características. Só que, ao não ganhar um estadual e três derrotas depois no Brasileiro, demite-se o treinador e contrata outro com característica retranqueira e com um elenco totalmente fora do seu perfil de trabalho. A minha filha de cinco meses sabe que isso não dá certo!

    Também falta humildade aos treinadores brasileiros, a começar pelo ar professoral "harvardiano" de Tite, suas entrevistas são enfadonhas, chatas, cheias de palavras rebuscadas que dão a impressão de estar palestrando para a Escola de Ensinos Religiosos de Harvard. Passa pela arrogância do ex-treinador do Grêmio, que afirmou que ele não precisava estudar. Chega na inexpressividade de Fernando Diniz e Jair Ventura, que nunca ganharam nada grande por onde passaram, mas agem como se fossem um Jürgen Klopp.

    É lamentável que no futebol brasileiro são sempre os mesmos. Luxemburgo, Scolari, Autuori, Abel Braga... Senhores que já não acrescentam nada de novo ao futebol brasileiro, que vivem de estratagemas que deu certo há mais de 15, 20 anos, mas que hoje não resultam em resultados positivos em campo.

    Para completar, muito se fala que o Brasil irá levar anos para conquistar novamente uma Copa do Mundo por falta de jogadores talentosos. Eu discordo que o problema principal seja a falta de jogadores, o maior problema que culminará com a falta de uma conquista mundial por parte da seleção passa, primeiramente, pela falta de uma equipe técnica qualificada.

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  2. Rafael
    Por isso, que eu incluí uma expressão no texto:culpa ou dolo.Porque é impossível que não tirem as mesmas conclusões que nós.
    Vai mal o futebol, vai bem o business.

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