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sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Álbum Tricolor (162)
OBERDAN
GFBPA
Nome: Oberdan Nazareno Vilaín.
Apelido: Oberdan.
Posição: zagueiro.
Data de nascimento: 2 de junho de 1945, Florianópolis, SC.
 
JOGOS PELO TIME PRINCIPAL DO GRÊMIO
73 jogos (48 vitórias; 16 empates; e 9 derrotas). 13 gols.
 
JOGOS COMO TITULAR
71 (48 vitórias; 14 empates; e 9 derrotas).
 
ENTROU NO DECORRER DO JOGO
2 jogos (2 empates).
 
JOGOS NO ESTÁDIO OLÍMPICO
31 jogos (24 vitórias; 6 empates; e 1 derrota). 9 gols.
 
JOGOS EM OUTROS ESTÁDIOS
42 jogos (24 vitórias; 10 empates; e 8 derrotas). 4 gols.
 
CERTAMES OFICIAIS PELO GRÊMIO
Caráter Estadual (28 jogos; 22 vitórias; 4 empates; e 2 derrotas).
Caráter Nacional (25 jogos; 15 vitórias; 6 empates; e 4 derrotas).
 
CLÁSSICO GRENAL
8 jogos (6 vitórias; 1 empate; e 1 derrota).
 
ESTREIA NO GRÊMIO
19.01.1977 - Uruguai 1x1 Grêmio -  Amistoso - Montevidéo, Uruguai.
 
ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
09.08.1978 - GA Farroupilha 0x4 Grêmio – Camp. Gaúcho - Pelotas (RS).
 
COMO TÉCNICO DO GRÊMIO (Janeiro a Maio de 1980)
22 jogos (14 vitórias; 5 empates; 3 derrotas).
43 gols marcados pelo Grêmio.
20 gols marcados pelos adversários.
 
CARREIRA COMO JOGADOR
Coritiba-PR (1963 a 1965), Santos-SP (1965 a 1972), Coritiba-PR (1973 a 1974), Santos-SP (1974 a 1975), Coritiba-PR (1976), Grêmio-RS (1977 a 1978)
 
TÍTULO PELO GRÊMIO
Campeonato Gaúcho: 1977.
 
(*) Os dados aqui publicados não são oficiais. Dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.
 
Por Alvirrubro.
 
PRINCIPAIS FONTES:
- Jornal Correio do Povo.
- Jornal Zero Hora.
- Revista Placar.
- Arquivo Pessoal.

17 comentários:

  1. Bah! Que currículo no Grêmio, olha os Grenais, também 13 gols em 73 jogos. Tem muito Centro avante que não chegou nem perto.

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    1. Como técnico, também teve bom desempenho.

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    2. Trabalharam juntos, ele e Espinosa.

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    3. A pouco li o aproveitamento dele no Grêmiopédia... 83% em casa. 65% fora... média de 73%. Bah!

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    4. Um dos maiores líderes em campo que vi jogar. Dava o exemplo.

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    5. "Acabou a moleza. O Escurinho não vai mais cabecear na área do Grêmio".

      Frase inesquecível, para gremistas e colorados.

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  2. As principais duplas de zagueiros, com Oberdan no time

    Ancheta e Oberdan
    39 jogos
    22 vitórias do Grêmio
    13 empates
    04 derrotas do Grêmio
    20 gols marcados pelos adversários
    .........................................

    Cassiá e Oberdan
    16 jogos
    13 vitórias do Grêmio
    01 empate
    02 derrotas do Grêmio
    06 gols marcados pelos adversários
    ..........................................

    Oberdan e Vicente
    12 jogos
    08 vitórias do Grêmio
    04 empates
    06 gols marcados pelos adversários

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  3. Sempre ouvi falar muito bem do Oberdan, através do meu avô. Aliás, sempre bom ler o Álbum Tricolor. Ainda mais nessa época conturbada que vivemos. Tira um pouco da tensão do dia-a-dia!

    Obrigado, Alvi! Espero que o amigo não esteja secando a todo vapor haha. Mas se estiver, não tem problema também! É do jogo!

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    1. Valeu, Rodrigo! Sobre "secar", já passei dessa fase, há muito tempo. Põe tempo, nisso! Tenho alguns conceitos sobre o futebol gaúcho e acho que um dos clubes em situação ruim, só prejudica a ambos, porque diminui a disputa e o interesse em melhorar o futebol daqui.

      Vivemos longe dos dois grandes centros brasileiros e assistimos aos demais clubes conquistar o campeonato, nessa "era dos pontos corridos". Ainda precisamos aprender como ganhá-lo. Por desdém ou por falta de competência, a verdade é que nos especializamos em conquistar vagas.

      Historicamente, a Dupla GRENAL vive da rivalidade. Sem ela, o futebol perde a graça e a qualidade. Basta ver que a falta de conquistas do Grêmio, levou o meu time à Série B, em 2017. Acomodação, porque o grande rival havia perdido a força momentânea.

      A falta de um bom time do Internacional, levou o Grêmio a "relaxar", após os títulos da Copa do Brasil e da Libertadores, recentemente. Veja que os fatos se repetem e apenas mudam de lado.

      Alias, há pouco dias, trocando mensagem com alguns amigos, torcedores do Tricolor, todos desiludidos com os resultados atuais, afirmei que é assim mesmo. A gangorra sempre funcionou por aqui. Os tempos de vitórias não serão eternos e muito menos os de derrotas o serão.

      Convivo com amigos e familiares que torcem para os dois clubes. E entendo muito bem as escolhas. Gosto mesmo é de um debate sobre futebol e ouvir histórias.

      Abraço!

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    2. Entendo. Realmente tens razão. A dupla poderia ser muito maior em termos gerais. Só não é porque a eterna gangorra não deixa de existir devido a essa acomodação que existe quando um vai bem e o outro não. Porque ambos, em toda a história, sempre se equipararam entre si e jamais com os de fora.

      Mas nossa mídia tem certa culpa nisso. Muitas das vezes tapa com peneira certas ocasiões e mostra somente aquilo que lhe convém.

      Quanto ao não secar... hehe. O amigo já até disse isto noutra vez. Eu que me esqueci. Realmente é um grau evolutivo que talvez eu não consiga atingir. Talvez no passar dos janeiros isso ocorra. Vai saber.

      Quanto aos familiares, os irmãos da minha mãe de sangue, todos eles são colorados. Como fui criado por meus avós paternos (todos azuis, inclusive o meu pai) eu saí gremista. Coisas da vida.

      Em resumo meu gremismo foi quase que um jogo de cara ou coroa. Ou ainda como no velho jogo de taco, seco ou molhado... azul ou vermelho.

      Abraço!

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    3. Rodrigo
      Eu também não consigo deixar de secar o Coirmão.

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  4. Trechos das palavras do zagueiro Oberdan, sobre a sua estada no Grêmio:

    "Em 1976 me sagrei tricampeão paranaense, com encerramento de minha carreira. Lembro que estava no aeroporto, com vistas ao retorno a minha cidade natal, Florianópolis, quando fui abordado por Telê Santana, com um leve toque no ombro. Ainda no aeroporto, tive uma extensa conversa com Telê, que me indagou do motivo do encerramento tão prematuro da carreira. Expliquei o sacrifício familiar, a vontade de estar com meus filhos e esposa, o isolamento na época, dada a inexistência de recursos tecnológicos de comunicação, telefonia fixa limitada, enfim, a vida que eu não estava mais disposto a me submeter.
    Telê Santana após me ouvir, falou de que tinha aceitado o desafio de dirigir o time do Grêmio, com oito anos de derrotas no campeonato local e a árdua tarefa de acabar com a hegemonia do Internacional. Ouvi atentamente o projeto, que previa a montagem de um time mesclado de juventude e experiência, e recebi o convite deste grande treinador para integrar a equipe.
    Sempre fui movido a desafios, e após conversa com minha esposa, assinei contrato por um ano. Confesso que desconhecia a grandeza do Grêmio na sua plenitude. Ao chegar ao aeroporto, em Porto Alegre, fui recebido por uma multidão. Desconhecia essa relação visceral do povo gaúcho com seus times e com o futebol. Afirmo com convicção que os dois anos de Grêmio foram mais intensos que os dez de Santos.
    Ainda no aeroporto, dei uma coletiva, onde os jornalistas discorreram sobre a grande habilidade de um atacante - o Escurinho, no cabeceio, e nos gols marcados assim. Afirmei que a área seria minha e nenhum gol mais seria feito por ele. As afirmações feitas por mim, de que seríamos campeões gaúchos, me elevou ao status, do que muito me orgulho, de Xerife.
    A coesão do time transformou um grupo quase em uma família. A motivação era o foco, conhecíamos nossas deficiências, mas também explorávamos com muita competência nossos pontos fortes. Nunca aquele time saiu de campo, mesmo derrotado, sem a certeza do dever cumprido, da dedicação e foco extremos. O comprometimento era a regra. Ganhei a confiança do grupo e me tornei um líder natural. Era muito respeitado pelos mais jovens e não admitia correr por eles, em decorrência de atitudes extra campo.
    O título gaúcho de 1977 elevou os jogadores a um status nunca antes presenciado, pelo menos por mim. Muito me orgulha o fato de ser lembrado quarenta anos depois. Foi motivo de orgulho e emoção, quando, em fins de 2016, foi erguida uma faixa na torcida do Grêmio, com os dizeres: “Oberdan imortal”. Tal gesto vem se repetindo, imprimindo no meu íntimo, um saudosismo incomparável a qualquer outro sentimento, mesclando gratidão, e sensação de dever devidamente cumprido.
    Aos trinta anos, então com problemas sérios de coluna, e fazendo uso de medicação para poder jogar, iniciei meus preparativos definitivos de finalização da carreira, o que ocorreu em 1978.”

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  5. Segue Oberdan:
    “Em 1980, recebi um telefonema do Presidente do Grêmio, Hélio Dourado, juntamente com seu Vice, Rafael Bandeira dos Santos, para ser treinador do time que havia, pessoalmente, me conquistado para sempre. Após crise familiar, dada a insatisfação de retorno a carreira futebolística, enfrentei o novo desafio, não me perdoaria se pelo menos não tentasse. Fiz um contrato de um ano, com seis meses de grande sucesso.

    Após esse período, em concorrência com o fato extremamente relevante de morar em Porto Alegre, e minha família em Florianópolis, propus ao corpo diretivo do Grêmio minha saída. Tal propositura causou preocupação, dada a impressão de inexistência de algum profissional para assumir minha posição.

    Ocorre, que eu tinha um auxiliar-técnico, Valdir Espinosa, ex-jogador do Grêmio, que se desenhava como um grande talento futuro. Sugeri o nome, destacando profunda afinidade com o plantel, e comprometimento com o trabalho. Resultado: campeão mundial interclubes. Fiquei extremamente satisfeito com essa conquista, pois me sentia parte integrante dela.

    Minha relação com o Grêmio, segue estreita. Tenho muitos amigos no Rio Grande do Sul, e em particular, no Grêmio. Conquistei a admiração da torcida rival. Quando vou a Porto Alegre, sou reconhecido pelos torcedores mais antigos, dos dois times. Tenho profundo respeito pela relação existente entre o futebol e torcedores, estruturada no respeito e reconhecimento do trabalho, seja no time rival ou no do coração.

    Sou procurado em minha empresa por gremistas, querendo nada mais do que me conhecer. Essa remuneração é frequente, e ela que move meu amor por esse time e esse povo que não esquece seus ídolos. Ouvir de pessoas simples e comuns, com voz embargada, de que eu, juntamente com o time do Grêmio, mudei suas vidas, me eleva a uma condição pessoal, nunca antes experimentada e extremamente difícil de externar.”

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  6. Alvirubro
    Sensacional estes depoimentos que tu recuperas aqui; os mais jovens não tem noção do que foi a liderança do Oberdan naquele ano de 77.

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