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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (271) - Ano - 1979


Londrina e a Força do Passarinho 

Fonte: gremiopedia.com

Londrina é uma cidade que simpatizo, mesmo sem conhecer; talvez, porque tenho uma sobrinha morando em Maringá, cerca de 100 quilômetros de distância dela, que gosta demais de toda aquela região ou muito pela obra-prima Terra Vermelha, autor, Domingos Pellegrini Júnior, uma espécie de "O Tempo e o Vento" londrinense; com certeza, o melhor livro que li nestas últimas décadas, extremamente prazeroso que colaborou para essa minha admiração pela história da terra do café.

Pois de lá, surgiu um clube alviazul que fez grandes campanhas na segunda metade da década de 70, chegando, inclusive, em quarto lugar no Brasileirão de 77, caindo nas semifinais apenas. Nada comparável com o estágio atual, um coadjuvante na Série B, cuja missão é se manter nesta divisão e, quem sabe, atrapalhar a vida dos gigantes caídos neste ano de 2022. Uma possibilidade ele terá na Arena diante do um Imortal opaco, desequilibrado, vacilante, sem uma identidade com a sua  massa torcedora.

No distante ano de 1979, Estádio Olímpico, mais exatamente, em 28 de Novembro, o Londrina encarou o Grêmio, flamante campeão gaúcho treinado pelo ex-craque dos dois Palestras brasileiros (Cruzeiro e Palmeiras) e da Lazio romana, Orlando Fantoni, que mandou a campo: Manga; Eurico, Ancheta, Vantuir e Dirceu; Vitor Hugo, Yúra e Leandro; Tarciso, Baltazar e Jésum. Entraram no decorrer da partida, Vilson Cereja e Éder, o ponteiro esquerdo.

O Londrina também tinha um ex-craque na casamata, o antigo centro avante Jair Bala, que escalou o Tubarão paranaense com: Alexandre; Arenghi, Machado, Marinho e Zé Antônio; Claudinho, Nivaldo e Zé Roberto; Alcione, Éverton e Ademir Vicente. Atuaram ainda, Luizinho e Paulinho Sartori. Era um time forte com alguns jogadores que se destacaram no futebol brasileiro como Arenghi (Portuguesa de Desportos), Marinho, em seguida, campeão brasileiro e mundial pelo Flamengo, Zé Antônio (Internacional), Éverton (estava na final do Brasileirão de 81 pelo São Paulo, vencido pelo Grêmio) e Ademir Vicente (Botafogo). 

O Tricolor possuía um time muito forte, experiente e contava nesta década com um "atleta-torcedor", um guerreiro dentro de campo, embora sua aparência frágil pela magreza que lhe rendeu o apelido de Passarinho, ele era um gigante no gramado: Yúra; jogador símbolo por representar a indignação diante de um revés, um resistente dos anos de sofrimento diante da hegemonia vermelha, com um item em sua biografia raro e interessante; fazer gols em momentos decisivos. Muitos empates importantes ou o gol definitivo em placares apertados tiveram a assinatura dele.

E foi Yúra, o Passarinho, que aos 26 minutos da etapa final, marcou o gol isolado que deu a vitória aos gaúchos sobre os paranaenses. 1 a 0.

Hoje, quando se olha para o meio de campo "saárico" gremista, bate uma saudade, pois falta aquele jogador "pulmão", que sempre se multiplicou em campo, fazendo com que o seu time parecesse atuar com doze atletas dentro das quatro linhas.

Com Yúra em campo, a torcida se sentia representada sempre.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro






8 comentários:

  1. Grêmio está tendo a sorte de os demais serem muito ruins.

    Sobre o esquema, não sou especialista, mas não vejo muita lógica em ter alas e pontas...se é pra ser este 3-4-3, então que coloquem mais meias "por dentro" como diz o Roger.

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  2. Glaucio
    Inclusive, eu escrevi em postagem anterior, sugerindo um meia com a saída de Janderson ou Biel. Com a volta de Ferreira, se não for vendido,lógico, saem esses dois. Bruxo

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  3. Muito bem colocado. A torcida se sentia representada por Iúra. Simplesmente um dos melhores.

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  4. É difícil achar um Iúra por aí?
    Creio que não. Se procurar acha.
    Sempre tenho falado que é no meio o nosso problema. Sua expressão "saárico" confirma minhas impressões.
    Claro que necessitamos de reforços com qualidades superiores aos que aí estão, em diversas posições, mas se começar pelo meia armador/articulador já é gol.

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  5. Arih
    Embora com características diferentes, o Lucas Leiva pode devolver um pouco de atitude ao meio de campo como fazia o Yúra. Abraços

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  6. Acredito que poderá exercer junto com Geromel uma liderança de bastidor. Ambos não são líderes "sanguíneos". Penso que poderá servir de exemplo para os demais pois foi bem avaliado tanto pelos clubes, torcedores e imprensa, principalmente no Liverpool onde era ídolo, mesmo que o Liverpool não fosse o time vencedor de hoje devido ao processo de reestruturação. O futebol de Lucas, hoje, é muito mais de retenção da bola, condução, passador, opção de passe. Experiencia para ser mais do que isso ele tem. Quando saiu do Grêmio foi Bola de Prata como um box to box. No Liverpool foi um grande marcador e roubador de bola liderando a Premier League neste quesito, em algumas temporadas. Vamos ver.

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  7. Arih
    É um atleta que foi ídolo para muitos meio-campistas do Brasil.Se tiver condição física, será uma excelente aquisição. bruxo

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  8. Bem, ao menos não veio do futebol Árabe. kkkk
    Os últimos jogos que vi na Lázio, aparentou boa condição física. Nada de "motorzinho", mas assisti algumas que aguentou o jogo todo. Em outras, por opção tática/técnica foi substituído.

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