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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Memórias


Memórias (17) - Ano - 1941 a 1947

Geração Subtraída 

Fonte: https://br.pinterest.com

A insanidade das guerras marca de forma indelével a Humanidade. Não poderia ser diferente. Até nas atividades menos relevantes, a interferência dos conflitos inviabilizou definitivamente o curso natural da história, como ocorreu com a Segunda Grande Guerra e as Copas do Mundo de 1942 e 1946.

A mais abalada? a Argentina, pois entre 1941 e 1947 dominou o futebol sul-americano e, em tese, aquela com maiores possibilidades de ganhar o caneco nestas copas que ficaram no papel. Foi-lhe tirada a chance da glória maior do antigo esporte bretão.

Antes de haver Mário Kempes, Diego Maradona e Leonel Messi, os hermanos do Prata produziram Alfredo Di Stéfano (foto acima). Verdade que ele atuou apenas seis vezes pela seleção; mas também é real, que nestes escassos jogos, ele balançou as redes seis vezes e botou faixa no peito. 

Assim como Messi, ele saiu cedo, primeiro para a Colômbia, depois para a Espanha, mais exatamente, para o Real Madrid, onde virou o maior atleta daquele clube, tornando-se inclusive, presidente honorário daquela instituição. No entanto, "La Saeta Rubia" (A Seta Loura) como ficou conhecido representou apenas a ponta do "iceberg" da inesgotável fornada de craques que o técnico Guillermo Stábile teve em suas mãos. E esse conhecia do riscado. Defendeu a Argentina na primeira Copa do Mundo, a de 1930 no Uruguai, quando foi o goleador da competição com 8 tentos. Além de ser o treinador com maior tempo no cargo, ganhou 7 torneios sul-americanos, em especial, um tri campeonato seguido. Façanha para poucos.

Dessa geração fantástica vale destacar: José Manoel Moreno, Adolfo Pedernera, Norberto "Tucho" Méndez, Angél Labruna, Félix Loustau,  Mario Boyé, Antonio Sastre (que mais tarde, brilhou no São Paulo), Juan Carlos Muñoz, Néstor Rossi, o goleiro Juan Estrada e o goleador Hermínio Masantonio, 21 gols em 19 jogos.

A maioria dos nomes citados é de atacantes, a Argentina de Stábile (um ex-centroavante) era voltada para o ataque, uma vocação irrefreável pelo gol com jogadores dotados de imensa técnica.

Infelizmente, a Albiceleste teve que esperar 30 anos para resgatar o que o destino lhe tolheu.

Fonte: https://imortaisdofutebol.com




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