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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Opinião



Ruptura e Aproximação

Roberto Rivellino é o maior jogador de todos os tempos do Corinthians Paulista, atuou em mais de dez anos no clube do antigo Parque São Jorge, o que lhe valeu o apelido de Reizinho do Parque. Ídolo máximo de Diego Maradona, de quem foi inspirador. Com tudo isso na biografia, ele foi dispensado pela massa torcedora, quando fechou o período de duas décadas sem conquistas (1954-1974). Seriam vinte e três anos no total, porém, a venda abrandou a fúria dos corintianos. 

O Garoto do Parque foi eleito vilão e, ao perder o campeonato paulista (1974) contra o Palmeiras, 1 a 0, gol de Ronaldo, só restou a venda do ídolo que já era tri campeão mundial pela Seleção e tomar o rumo do Rio, onde no ano seguinte, 1975, botou a sua primeira faixa de campeão por um clube. Justo ou não, esse foi o desfecho de uma carreira individual brilhante, mas ausente de triunfos no clube mais popular de São Paulo.

Por que ele entra nesta postagem? porque ao dispensá-lo, certo ou erradamente, a Direção atendeu aos anseios da torcida e eu acho que o Grêmio atual, um clube de tanto sofrimento nestes dois anos, precisa dessa ruptura e consequente aproximação de seus torcedores. Não dá mais para tolerar Diogo Barbosa, Lucas Silva, Edílson, Thiago Santos e outros de menor brilho, também, da mesma forma, de provocação de ira e insatisfação naquilo que é a maior propriedade de uma instituição de futebol: o seu torcedor.

Os novos comandantes terão que avançar nesta direção, isto é, ir ao encontro do que espera a torcida. Dar uma demonstração de "acarinhar" a massa, dar uma trégua e esperança, trazer de volta para o seu lado, o maior motivo da existência do clube.

Se nestes movimentos, surgirem algumas injustiças, paciência, "é do jogo", mas o coletivo, o todo deve ser o maior beneficiado.

Não dá para tentar "recuperar" certos atletas que apenas atrasarão o time e o processo de  aproximação da torcida com os novos dirigentes.

Não pode haver tolerância nestes casos; afinal, não se trata de uma guerra; apenas que será "vida que segue" para alguns jogadores como ocorreu, por exemplo, com Rodrigo Dourado no Coirmão.




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