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quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Opinião



A Febre passou? 

Na coluna de ontem no Correio do Povo, o jornalista Hiltor Mombach apresentou texto, onde coloca como se fosse "febre" o bom desempenho e destaque de técnicos estrangeiros no Brasil. Justifica que isso independe, entre outros argumentos, de onde ele nasceu.. Vide Febre passou.

Pois na noite deste mesmo dia, Abel Ferreira, português, ganha mais um título de vulto, desta vez, com três rodadas de antecedência e duas derrotas apenas "no mais difícil dos campeonatos do mundo". Jorge Jesus, seu patrício, já dera um banho de qualidade e resultados poucos anos antes.

Abel superou Rubens Minelli, Osvaldo Brandão, Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe, quarteto que botou muitas faixas no peito ao longo da história do Verdão. Faixas nacionais e internacionais. E não é só? um uruguaio, Paulo Pezzolano ganhou a Série B com o Cruzeiro com larga antecipação e Vojvoda segue dando aos torcedores do Fortaleza algo inimaginável antes de sua chegada.

Que mais? Vitor Pereira, português, com "mão-de-obra" muito mais limitada perdeu a Copa do Brasil para o poderoso Flamengo na "segunda rodada" de tiros livres, depois de se igualar, repito, ao poderoso Flamengo de Dorival; aliás, treinador que penou para conquistar a Libertadores, atuando contra um time inferior (Paranaense) todo o segundo tempo com um atleta a mais.

Mérito de Dorival? sim, assim como o de Rogério Ceni, que ganhou (ou quase perdeu) o Brasileiro à frente desse Flamengo. O Rubro-negro serve de parâmetro, isto é, qual é o melhor Flamengo, o de Jorge Jesus, o de Ceni, Renato ou Dorival Jr?

É óbvio que existem os bons e maus treinadores nascidos aqui e fora daqui, mas o que os estrangeiros vem demonstrando em solo brasileiro é muito mais do que a velha "casta" de técnicos nacionais e também, do que a nova "safra" de professores tupiniquins.

É só olhar com mais acuro o movimento do futebol brasileiro, que na proporção dos trabalhos, os estrangeiros estão dando de goleada.


4 comentários:

  1. Acho que o Coudet seria um bom nome.
    Gostaria que o sr. Fizesse uma análise da entrevista do Renato, pois estou estarrecido com a mesma.

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  2. Antes de vir para o Inter, eu havia sugerido o nome dele, depois do nó que ele deu no Roger quando estava no Rosário. Em dois jogos foi 5 a 0 ou 5 a 1. Bruxo

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  3. Os estrangeiros não tem nada demais. Eles apenas trabalham. Não entraram no “mecanismo” ainda, onde o objetivo é fazer contratos polpudos com multas rescisórias generosas a pagar em prestações a perder de vista - técnicos médios das séries A e B quase sempre trabalham no mínimo em dois, até três clubes por ano, recebendo pagamentos fixos logo após deixarem os clubes no pincel, isso quando não voltam pro mesmo clube algum tempo depois renegociando valores pendentes como luva pra um novo contrato. Sem falar nas participações em negociatas de jogadores medíocres, com salário alto, cujos currículos, e principalmente futebol, quase nunca justificam R$ 400, R$ 500 mil por mês.

    Esse é o futebol brasileiro, dos empresários de jogador, dos dirigentes não remunerados, e dos jornalistas televisivos puxa saco. O grupo que monetiza a paixão do torcedor. Mais ardilosos que políticos na fabricação de narrativas fantasiosas pra esconder essa verdade.

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  4. Triste realidade, Vinnie. Hoje, eu postarei algo semelhante que envolve um dos candidatos ao cargo máximo do clube. Bruxo

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