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domingo, 13 de novembro de 2022

Opiniões




Sinal Indesprezível 

A passagem de Mano Menezes pelo Grêmio (três temporadas, 2005 a 2007) foi de êxito. Êxito, porque foi crescendo, ascendendo até decidir uma Libertadores com um time muito inferior diante de um dos melhores Boca Juniors de sua história.

De 2005, não se precisa falar, creio que 2007, idem; então, vale recordar 2006: Grohe; Patrício, Pereira, Evaldo e Wellington; Geovânio, Alessandro, Lucas Leiva e Marcelo Costa; Ricardinho e Ramon. Esse o time que encarou o Corinthians na estreia do Brasileirão, batendo por 2 a 0, gols de Alessandro e Evaldo. Jogaram também, Paulo Ramos, Pedro Júnior e Nunes. 

O comentarista da Globo era Paulo Cesar Vasconcelos que disse no início da transmissão, que o papel do Grêmio na competição era escapar do rebaixamento. Anotei no meu caderninho.

O Grêmio ficou em terceiro e se habilitou para a Libertadores do ano seguinte, onde, repito, decidiu com os argentinos.

Hoje, Mano comete outra façanha: torna o Inter vice campeão com um time remontado, refeito, com atletas que em outras equipes seriam contestados casos de Keiller (por sua juventude); Renê, Pedro Henrique, Alemão, Maurício,  Brian Romero e assemelhados pela qualidade duvidosa de seu futebol.

Por tudo isso, quando vejo o Grêmio partir quase do zero, seus novos dirigentes recebem um recado, um sinal visível, claro, cristalino, que um time começa pela escolha acertada de seu comandante técnico.

Não dá para desprezar o alerta que vem de vários exemplos.

2 comentários:

  1. Tudo depende de um contexto, Bruxo. Também foi o mesmo que fracassou na Seleção, na segunda passagem pelo Corinthians, no Flamengo, no Palmeiras, e sobretudo no Cruzeiro, onde montou uma panela de jogadores caros e velhos que só queriam jogar Copas, resultando no rebaixamento de mais um gigante.

    Não esqueçamos que no Inter perdeu pro Melgar. E passou o campeonato brasileiro inteiro celebrando empates fora do Beira-Rio.

    Concordo com a tese geral de que o comandante precisa ser o cara certo. Só não acho que Mano seja o exemplo. Retranqueiro, e por vezes petulante. Semelhanças com o CJR não são mera coincidência.

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  2. Vinnie
    Escrevi há meses, que Mano era um treinador superado. Esta campanha me desmente, verdade que o contexto não pode ser desprezado; encontrou um Inter despedaçado (isso que o Cacique Medina não é um técnico ruim, observe os nós que deu no Gallardo na LA), a Direção vermelha acertou com Bustos, Vitão, Alan Patrick e Wanderson, o período sabático de Mano ajudou muito. A campanha dele é de campeão, apenas 5 derrotas. Vejo o Inter muito parecido com aquele de 2004/05 com Muricy e grupo aprendendo com as derrotas, em especial, contra o Boca. A do Melgar pode ser colocada nesse tipo de aprendizado.
    O Grêmio tem obrigação de acertar 100%, senão, teremos anos colorados pela frente.

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