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sábado, 19 de novembro de 2022

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (277) - Anos -1987-1993-2014-2021

Gratidão

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Minha primeira lembrança de Luiz Felipe está ligada ao time do Aimoré de São Leopoldo do início da década de 70, onde havia bons jogadores como o goleiro Celso, o zagueiro Salvador, o volante Maurício e o centro avante Juti, entre outros. 

Mais tarde, ele e Maurício foram para a Associação Caxias (união temporária entre Flamengo e Juventude, o primeiro, depois da dissolução, mudou o nome para Caxias). Aliás, assim como Valdomiro e Chiquinho, que vieram do Comerciário de Criciúma para o Inter e Paulo Nunes e Magno do Flamengo para o Imortal, os jogadores menos famosos das respectivas duplas contratadas tiveram êxito maior na carreira.

Depois, década de 80, Luiz Felipe virou treinador e 1987, ele desembarcou no Olímpico com a difícil missão de reverter a tendência daquele campeonato regional, tentar o tri campeonato que parecia fora do alcance. Ele conseguiu! O começo da caminhada foi diante de um clube da minha cidade, o Inter de Santa Maria, mais exatamente, no dia 03 de Junho no saudoso estádio Olímpico Monumental.

O treinador não pode contar com o volante China, por isso, mexeu no meio, recuando Paulo Bonamigo, fazendo entrar o jovem Darci, um espécie de "8", improvisado como meia armador. Então, o time ficou assim: Mazaropi; Casemiro, Fernando Astengo, Luis Eduardo e Adriano; Bonamigo, Cristóvão e Darci; Wolney Caio, Lima e Jorge Veras. Ainda atuou Fernando, um ponta direita com "ares" de Renato Portaluppi na forma jogar.

Tadeu Menezes escalou o Interzinho com: Almir; Luiz Paulo, Roberto, Jaime e Renatinho; Faller, Baiano e Valdo; Guinga, João de Deus e Vandenir, que saiu para a entrada de Gérson.

O Tricolor venceu com muita dificuldade;  apenas um gol no "apagar das luzes". Fernando cobrou falta da direita e o zagueirão Luiz Eduardo marcou de cabeça na segunda trave, aos 37 minutos da etapa final. 1 a 0.

Silvio Oliveira foi o juiz. Pouco mais de 5 mil pessoas assistiram o começo da incrível história de Felipão no Tricolor.

Hoje, passados 35 anos daquele Gauchão, primeiro título importante de Scolari pelo Grêmio, o maior treinador da era moderna gremista se despede da casamata, mas não do futebol e é hora de toda a nação Tricolor reverenciar este ícone do futebol mundial, que será sempre lembrado pelas sucessivas conquistas do Imortal.

Muito obrigado, Luiz Felipe.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro


4 comentários:

  1. Tu deves lembrar que Luiz Felipe Scolari substituiu o técnico uruguaio Juan Mujica, que durou pouco mais de 80 dias no Olímpico.
    Mujica não mostrou um bom trabalho, inclusive uma das derrotas do Tricolor foi justamente para o time treinado por Scolari, o Juventude.
    A direção do Grêmio não perdeu tempo e resolveu mudar. O Grêmio que vinha cambaleante com o uruguaio, após a chegada de Luiz Felipe só foi perder em outubro de 1987, jogo contra o Santos, no Pacaembu: 1x0 para o clube santista. Foram 30 jogos sem perder, desde a estreia de Felipão.
    Naquele 1987, Scolari dirigiu o Grêmio em 45 jogos; teve 24 vitórias; 16 empates; e 5 derrotas. O time marcou 66 gols e foi vazado 27 vezes. Em 28 jogos o Tricolor não sofreu gol. Sem dúvida, Luiz Felipe Scolari está no topo da galeria de grandes treinadores que passaram pelo Tricolor.

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  2. Alvirubro!
    Lembro do Mujica, ele treinara um time uruguaio ou argentino na LA e fez uma grande campanha (não me recordo, se ganhou) e o Grêmio o trouxe. Aliás, Mujica jogou a Copa de 70 no México.
    Os números desta primeira passagem de Felipão são excelentes.

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  3. Bruxo e Alvirubro, nesta primeira passagem do Felipão eu ainda não acompanhava futebol, portanto muito obrigado pela riqueza de detalhes históricos. Vcs dois deviam lançar um canal no YouTube.

    Minha "carreira" de torcedor começou em 89...rs
    Mas dessa turma, lembro bem do Wolnei Caio e do Luis Eduardo. Excelentes jogadores, e pouco lembrados hoje. Principalmente o Caio, que jogava uma enormidade - ainda foi vice-campeão em 96 naquele time que talvez tenha sido o melhor da história da Portuguesa.

    Do Felipão, minha primeira lembrança foi o anúncio em 93. Meu pai, torcedor antigo, não se entusiasmou muito com a vinda do "Luis Felipe do Caxias". A história provou que seria um dos maiores.

    Tudo na vida, inclusive as pessoas e os profissionais, tem seu auge. O apice do Felipão foi em 2002, mas a sua maior fase tecnica como comandante e líder foi a desse período, de 94 a 2002. De lá pra cá ele mais usufruiu desdes grandes trabalhos no Grêmio, no Palmeiras, e na Seleção, do que contribuiu de forma significativa pra algo mais. Talvez pudesse ter ido ainda mais alto ainda se dominase o inglês. A passagem pelo Chelsea foi uma decepção. E com a Seleção de Portugal bateu na trave em 2004. Prova disso foram os trabalhos bem abaixo no Grêmio, tanto em 2015 quanto no ano passado.

    De todo modo, merece sempre o carinho e a reverência do torcedor gremista.

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  4. Vinnie
    Belo resumo, esse teu. O quarto lugar de Felipão com Portugal em 2006 foi um verdadeiro feito. Merece nosso carinho, com certeza.

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