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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Opinião




O Jogo particular de Renato 

Aqui, eu exercito o gosto pela opinião, deixo claro no título da postagem acima da foto, mas esta de hoje, mais do que opinião, é uma impressão, portanto, com maior margem de risco de erro ainda.

Desconfio que, além da busca por títulos e de reconhecimento ao possível trabalho competente, a permanência de Renato junto a nova direção tem um componente muito pessoal, uma "batalha" que ele faz questão de travar. Qual seja: comprovar que estava certo, quando "brigou" com parte do staff de Romildo Bolzan por contratações de peso, mesmo que a balança financeira gremista fosse afetada. O tal superávit cantado em verso e prosa. Renato parece ter perdido aquela disputa.

Hoje, ele tem o aval de Alberto Guerra e seus pares para voos mais arrojados, enfim, provar que antes de despesas, certas contratações são investimentos como ocorre com Luizito Suárez. Com criatividade e bom gerenciamento, o sucesso está vindo.

Nessa linha, a luta travada para ter Michael ou um plano B é parte deste objetivo profissional e, suponho eu; pessoal, justamente para dar uma resposta à queda de braço que teve no passado recente.

Se os "tiros" forem bem dados, é vantagem para todo mundo: instituição, treinador e massa torcedora.

É ver para crer.

7 comentários:

  1. Creio que a direção foi pragmática.
    Optou por Renato simplesmente porque ele está acima da média dos treinadores brasileiros. Fossem optar por algum estrangeiro, pagariam mais e seria uma aposta como tantas outras que estamos vendo.
    Creio que também quiseram mostrar uma mudança nítida de 2022 para 2023. A primeira foi a simbologia de Renato. Por outro lado, se não é certeza, pelo seu histórico de passagens, podemos esperar alguma coisa. Aí entra a confiança depositada nele pela administração. A apenas dois anos atrás estávamos disputando a final da Copa do Brasil contra o poderoso Palmeiras. Mesmo relegando a segundo plano o Campeonato Brasileiro em prol das Copas, estávamos na parte superior de classificação. Em todas as suas passagens ele alavancou o time para patamares superiores aos que se encontrava, mesmo com equipes medianas. Isso não é pouca coisa, não é para qualquer um e nem renatismo. É fato.

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    1. Realmente, as últimas disputas de títulos ainda tem a assinatura dele.

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    2. Que baita comentário, Arih!

      Rodrigo.

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    3. Obrigado Rodrigo. O que vejo principalmente em suas palavras é que comungamos de pensamentos similares. Se você gostou, estou satisfeito, cumpri uma pequena missão, a de dar voz a mais alguém. Claro que como coadjuvante do blog, instigado pelas ótimas matérias que o Bruxo levanta para ver se "matamos no peito".

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  2. Pelo lado do Renato, com certeza veio buscar o que se perdeu lá atrás: sua credibilidade.
    Vai ter que fazer um trabalho melhor. Primeiro porque será seu primeiro trabalho autoral da carreira. O time está sendo montado “quase” do zero. Portanto, será a sua imagem. Vai ter que mostrar que também é um estrategista. Já não é mais aquele futebol que ele jogou onde uma estrela pode resolver tudo e sozinha. Vai ter que saber, inclusive, mudar de estratégia em pleno andamento do jogo, e não somente empilhar atacantes. Vai ter que buscar jogadores que possam desempenhar outras funções que não só andar pelo “corredor”. Vai ter que saber compactar a equipe seja atacando, seja defendendo. Vai ter que melhorar as transições.
    Alguns princípios básicos ele já possui. Gosta da posse de bola. Só ela não resolve nada. Basta ver a Espanha na Copa do Mundo. Mas já é o primeiro passo. Apesar de ter brigado com Telê, ele o admira e adotou sua filosofia: a melhor defesa é o ataque. Talvez aí a sua insistência por mais atacantes. Será que esqueceu que a defesa também merece atenções? É a partir de uma defesa sólida que se inicia um bom time. Passa pelo coração, a alma, o espírito e o cérebro de uma equipe de respeito que é o meio e, a cereja do bolo, o ataque produtivo. Qualquer dos setores em desequilíbrio, afeta os demais.
    Claro que ele sabe de tudo isso. Vamos ver se terá inteligência e respaldo para fazer o que necessita.
    Em isso acontecendo, todos ganharão e obviamente ele terá dado a resposta que gostaria a todos no passado, de qualquer lugar.

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  3. Arih
    O maior problema que vejo no time atual é a falta de integração entre os setores. Num time acertado coletivamente, até uns perebas apresentam alguma coisa.

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    1. Concordo. Por isso citei que deve ter atenção a compactação e as transições.
      Chegamos a ver Zé Afonsos, Jaels e Zé Alcinos dando alguma resposta em campo. Acredite se quiser.

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