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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Opinião




A Água Benta da Arena 


Faz tempo que esta postagem estava "engatilhada". Esperei por segurança do conteúdo delicado, mas a situação não mudou, pelo contrário, ela se solidifica com o passar do tempo.

A safra excelente de juniores não confirmou a expectativa fora do Tricolor. Wallace, Jaílson, Matheus Henrique, Arthur, Luan, Éverton, Pedro Rocha e Pepê surgiram de forma espetacular, alguns, decisivos nos títulos mais relevantes nesta retomada de vitórias dos últimos 7 anos. Luan, campeão olímpico, Rei da América, Arthur indo direto para o Barcelona, algo que nem Ronaldinho Moreira conseguiu; outros, com grandes performances e conquistas indo para mercados de primeira linha na Europa, casos de Wallace e Matheus Henrique.

Com exceção de Pepê (até o momento, em alta), mesmo com boas condições financeiras, as carreiras dos demais deram um retrocesso, em especial, Luan e Pedro Rocha, que não acertam em clube nenhum. Cebolinha e Jaílson amargam banco de reservas, inclusive. Wallace e Matheus Henrique tem desempenhos medianos em seus clubes e Arthur embora, atuando em instituições poderosas, não convence.

Nenhum deles dá para classificar de "enganação", por isso, o mistério aumenta, afinal, tiveram êxitos em memoráveis jornadas internacionais pelo Grêmio. Não brilharam apenas em Gauchões.

O que será? não é apenas a água do Humaitá.


22 comentários:

  1. Luan é um caso atípico jogou bom futebol por 3/4 anos e depois só foi ladeira abaixo na careira a ponto de nem mais ser relacionado para os jogos do Corinthians.
    Os demais citados estão a meu ver dentro de uma normalidade pois jogar aqui na América do Sul é uma coisa na Europa o nível está bem mais alto. Veja Gabigol e Pedro aqui craques lá tbm não emplacaram, o que dizer de Arrascarta e Veiga que sequer foram contratados pelos Europeus?
    Nossa base é boa, mas no geral só produz para o mercado interno.

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    1. Pois é che, mas se produz para o mercado interno, por que ano após ano continuam apostando em medianos, e alguns desconhecidos, de fora, mais caros....

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    2. Carlos
      Mas o não "vingar" dos gremistas é maior do que os argentinos, por exemplo. É um mistério. Veja o caso do Pedro Rocha; pode não ter futebol para jogar nos times de ponta da Europa, mas fracassou aqui no Brasil.

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    3. No caso bem lembrado pelo Carlos, acho que é um problema de doença; Luan, assim como um médico, um administrador, professor ou um músico, etc..., a origem da queda está distante do ambiente de trabalho.

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  2. Dinheiro demais...mentalidade acomodada...zona de conforto....

    Quem não gostaria de ganhar o que esses caras ganham pra ser banco, sem precisar se expor às críticas?

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  3. As decaídas do Luan e do Arthur são incríveis. O primeiro ficou aqui no Brasil e só foi ladeira abaixo. Continuo grato pelo que ele fez em campo pelo Grêmio e triste por ver um bom jogador se acabar assim.
    Arthur foi pra europa e não faz muito diferente de Luan. Muita festa, departamento médico e nada de futebol. Virou piada por lá. Inclusive se fala que deve retornar pro Brasil no meio do ano, com o Grêmio sendo citado junto ao Palmeiras como interessados.
    O Wallace depois de "tropeçar" se acertou e se firmou numa Udinese que vinha cambaleante, nessa temporada a tradicional equipe conseguiu melhorar e faz boa campanha no Italianão. Matheus Henrique é jogador de grupo no ascendente Sassuolo, mas está longe de ser destaque por lá, aliás o Ruan também anda por lá e também é um jogador de grupo. Ambos foram titulares no ultimo jogo lá inclusive.
    Pepe e Tete são os que estão em alta. O Pepe vai muito bem pelo Porto e já virou queridinho da torcida do Dragão, já jogou até como lateral por lá e talvez acabe sendo vendido pra um peixe maior lá da europa. Enquanto Tete teve boa passagem por Shakhtar e Lyon, agora em janeiro foi pro simpático Leicester City, que nessa temporada surpreendentemente briga pra não cair no inglesão, tem sido titular por lá.
    Tem mais um que também tá se saído bem: Vanderson. Vinha sendo titular na lateral direita do Monaco mas se lesionou, o lateral esquerdo titular lá é o também conhecido Caio Henrique, que também vem jogando bem. O Vanderson também chegou a jogar lá como meia e ala pela direita, é outro que pode alçar voos maiores pela europa na janela de verão deles agora em julho.

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  4. Havia esquecido do Vanderson. Tetê não chegou ao profissional do Grêmio, mas é um cracaço.

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  5. Falar sobre a carreira de um jogador é assunto complexo. Inúmeros fatores interferem como a personalidade, a administração da carreira, adaptabilidade, clube, técnicos, imprensa, torcida e acontecimentos que muitas vezes fogem do controle no dia a dia. Da mesma forma o sucesso. Confundimos sucesso com glórias e holofotes, mas há sucessos bem mais discretos.
    De qualquer modo você já conclui que não é só a “água benta do Humaitá”, com toda a razão.
    Arih

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    1. É, Arih! o que chama a atenção a diversidade de prováveis causas de cada caso.

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  6. Não sei o que aconteceu com cada um dos citados mas há algumas coisas a olhos vistos. Pedro Rocha é o mais limitado. Jailson supera a medianidade pelo esforço, a entrega. Já é um sucesso relativo. Faz parte do melhor time do Brasil. Éverton pode mais do que fez até agora, assim como Matheus Henrique. Arthur é um caso típico de quem escolheu clubes onde o estilo de jogo é diferente do seu. Wallace teve problemas de adaptação, no atual clube tem sido importante e pode crescer. Luan, bem, Luan é um exemplo de que só talento não é o suficiente. Tem que ter “cabeça” também. Pepê é um capítulo a parte. Não é craque, longe disso, mas está sendo essencial no Porto a ponto do técnico dizer que “não importa a posição dele, o que quero é vê-lo em campo”. Já jogou de lateral direito e esquerdo, volante, meia pela direita e esquerda e atacante pela direita e esquerda. Vi um jogo dele que na mesma partida jogou em três posições diferentes. Isso pode ser bom pra ele no sentido de conferir-lhe multifuncionalidade, mas também pode prejudicá-lo no seu forte que é “quebrar linhas”, função tão em alta e procurada hoje em dia. Vamos ver, mas tem potencial para estar em clubes de primeiro escalão.
    Arih

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    1. "Pepê é um capítulo a parte. Não é craque, longe disso, mas está sendo essencial no Porto a ponto do técnico dizer que “não importa a posição dele, o que quero é vê-lo em campo”.'

      E aqui era banco do Alisson!

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    2. Glaucio! O Alisson era um capítulo à parte, hehehe.

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    3. Oportuno trocadilho. Ehehehe
      Arih

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    4. Glaucio, o Alisson é como o Thaciano hoje. Embora entre os dois prefira o Thaciano. Quanto a este, já reparou quantas posições e funções já desempenhou? Nunca o vi comprometer significativamente o jogo. Pelo contrário. Já fez gols, já deu assistências e cobriu a falta de algum jogador titular. Fato, é reserva. Na falta de um plantel de peso, ele ... .

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    5. Verdade, Glaucio. O Thaciano tem se mostrado um jogador útil.

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    6. Não fui eu quem respondeu acima.

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  7. Falando em sucesso longe dos holofotes, temos aqui um caso exemplar, Lucas Leiva. Foi importante para o Grêmio antes de sair. Vai, novo ainda, para um time de primeiro escalão mundial. Enfrenta uma concorrência de alto nível, desproporcional. Espera seu momento. Se afirma. Se tornou um dos jogadores mais importantes do Liverpool. Pena que pegou este grande clube num momento de transição, de renovação. Não foi a toa que recebeu as homenagens ao sair. Em final de carreira se afirma em outro clube. Consegue voltar ainda para o time que o revelou. É para poucos. Não fossem suas contusões e problemas de saúde, teria mais sucesso e mais uns cinco anos de bom futebol.
    Arih

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  8. Se a premissa para o sucesso é o talento, Tetê é um exemplo de que a resiliência assim como a adaptabilidade às situações também são qualidades essenciais. Já poderia ter sido negociado para clubes maiores do que o Shakhtar Donetsk , mas no meio do caminho aparece uma guerra. Agora trava a sua luta fora dos campos, para continuar dentro dele.
    Arih

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    1. E esse não tava pronto nem pra ser banco no gauchão....

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  9. Vocês já repararam de que a grande mídia faz um “oba oba” em torno de medíocres do eixo RJ-SP e “torce o nariz” para alguns de qualidade do restante do país?
    Não esqueço de que algumas décadas atrás Luciano do Valle despediu seu próprio filho porque estava envolvido num esquema de entrevistas e prioridades para alguns jogadores do “esquema” “pago”. Davam holofotes para alguns crescerem na carreira.
    Realmente este país não é um país sério.

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