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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Opinião




Ares Medievais 


No Medievo, período de aproximadamente 1.000 anos (Séculos V a XV), a Igreja Católica através da exclusividade de acesso ao conhecimento, dominou fortemente a civilização do Ocidente Europeu, onde realizou a construção ideológica que a tornou dominadora, utilizando entre várias táticas, o conformismo medieval, que inibia a experimentação do novo.

Exagerando um pouco, é o que acontece com parcela da torcida gremista, quanto à subsitituição imediata do treinador ou a sua troca para o ano vindouro.

O obstáculo para a saída urgente do técnico gremista está alicerçado no recente histórico de más substituições (reais e verdadeiras), que inibem os dirigentes atuais por receio de repetir os equívocos das trocas infelizes dos dirigentes anteriores. - Ora! viram o que aconteceu, quando tiraram o Renato.

Esta é uma frase defensiva, que serve como uma barreira para Guerra & cia. mexerem no comando técnico gremista. - Viram o que aconteceu, quando tiraram o "Mago"?

Até para quem argumenta que o mais salutar para o clube seja mudar de ares no final de ano, visando um 2025 mais forte, mais competitivo, vem a observação em forma de ameaça: - É ano do Octa, mexer é entregar para o Coirmão a hegemonia gaúcha.

Até parece que o título gaúcho/25 é favas contadas com o estado de coisas que virou o Tricolor.

 Realmente, dobrar esse pensamento que, mesmo que remotamente, lembra épocas antigas, é um trabalho difícil, ou seja, de grande resistência e, salvo engano, não se tem Direção corajosa para executar as mudanças necessárias.

17 comentários:

  1. Exagerando bastante, meu amigo. hehe. O cristianismo foi imposto pela santa igreja (que de santa não tem nada) através da força e de muita matança. Desrespeitando qualquer outro tipo de crença em nome de Jesus Cristo. Logo aquele que, sem olhar a quem, pregou o respeito, a paz e o amor entre os povos.

    No Grêmio, não há isso. Ninguém, por hora, saiu matando por defender, por exemplo, Renato no Grêmio. O que existe são debates calorosos, às vezes, na tentativa de encontrar uma única verdade no meio de "tantas".

    Ontem, Pedro Geromel anunciou a sua aposentadoria. Coisa que poderia ter ocorrido no final do ano passado junto com a despedida de Luiz Alberto Suárez. Teria sido mais bonito e honroso para o grande camisa 3. Era um bom momento.

    Pelo menos, ele pode mais uma vez erguer uma taça. E foram muitas, ele mesmo diz isso. Para ele, pelo visto, o rural também tem valor. E tem, embora pequeno. A torcida é que o desfaz e o rejeita como se fosse um tipo de Geni... E a vida sabe o que faz e Pedro permaneceu com a ideia de se aposentar no meio de 2024.

    Mas a enchente, segundo ele, fez com que os planos fossem alterados e sua aposentadoria foi postergada para o final ano. Espero que encerre a carreira aqui com honra fazendo de todo o possível para que o Grêmio permaneça na primeira divisão (que é o que nos resta fazer), já que não será possível fechar com chave de ouro.

    Na mesma coletiva, algum repórter questionou o capitão a respeito daquele terrível 2021.

    Pedro não hesitou em dizer que foi um erro de "má administração" e me pareceu claro que para ele (capitão e homem que tem a confiança de todos os gremistas, acredito), terem sacado o Renato naquele momento foi o maior dos erros. E logo, me veio à mente aquele abraço que ele dá em Renato no final do jogo, quando o Grêmio enfrentou e empatou com o Flamengo em Porto Alegre em 2 x 2 (jogo que Renato chega a pediu para que os caras diminuam o ritmo). Naquele mesmo ano, Renato com aquele cano de time socaria um 0 x 4 no Grêmio pela Copa do Brasil (quartas-de final) dentro da Arena, coisa que muitos se esqueceram, pois preferem relembrar da ferida de 2019...

    Verdade também que, numa altura da resposta, Pedro se confundiu ao citar Douglas Costa, pois esse veio depois e não jogou com Renato. Um dia, espero eu, as coisas serão expostas. Mesmo que tardiamente. Muito embora, a cada nova revelação que venha à tona sobre 2021, se percebe que Renato não foi o culpado.

    Ps: de quebra Pedro também disse que está treinando forte e que está disponível, muito embora a imprensa e ninguém veja, então, se não posso acreditar no que diz o grande capitão, homem respeitável e de grande estima, quem sou eu para dizer que o Grêmio não treina.

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    1. Sobre o que ele disse de má administração eu concordo. Tiraram o Renato, mas trouxeram alguém totalmente oposto a ele no sentido de gerir grupos...Tiago Nunes era cheio de regrinhas, chegou chutando o balde, aí era questão de tempo pra se encherem dele e ruir o time.
      Felipão veio pra dar moral, mas percebeu que havia uma panela muito forte, cobrou Marcos Hermann pra tirar alguns líderes da panela (Diego Souza, Rafinha)...isso não foi feito...e a turma do pagode nos rebaixou.

      Mas o que me chamou atenção mesmo foi Geromel ter dito: "era um time técnico, tinha Diego Souza, Maicon, Douglas Costa, Rafinha..." Não percebe nada errado?
      Esses 4 somados ao próprio Geromel e Kannemann sempre lesionados naquela época, eram os líderes do elenco...o que tinham em comum? A incapacidade física pra jogar bola. Quem não era chinelinho, era gordo! Isso diz muito mais pra mim do que todo o restante da entrevista. Essa foi a causa interna...quem pediu todos esses jogadores? E quem tentou tirar alguns deles? Muito claro pra mim que Felipão era quem tava tentando salvar o barco que outros deixaram todo furado, obviamente não por querer, mas por precisar sempre daquele ambiente cheio de bruxos!
      Tem participação indireta sim! Indireta...a maior culpa é da direção e dos bruxos que permaneceram!

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    2. Concordo, Anderson, aliás, enquanto tu escrevias este comentário, eu preparava a crônica de hoje, que tem afinidade.

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  2. Rodrigo
    A expressão "Ares Medievais" da crônica vem pela ameaça de "fatalidades", tipo, olha se trocarem o cara ...

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  3. Essa frase "olha se trocarem o cara..." é um mantra covarde e conservador para manutenção do status quo, que é baseado em medo do novo, medo de pessoas estranhas, desprezo da razão, que não tem compromisso com o conforto, e apego pela irracionalidade confortadora, sem compromisso com a realidade. O medo e o desprezo frequentemente viram ódio, atiram pedras na lua se nunca a viram. O Grêmio não tem espírito de inovação, despreza a realidade, inventa monstros nos barulhos do vento na floresta à noite, é um clube covarde. No Grêmio ainda existem máquinas de escrever, olhares tortos a computadores.

    E o futuro disso é virar um clube social, coisa que já é a nivel de conselho: drinks, boca livre e alienação, netos visitando "craques" e papo e histórias "aumentadas" de antigas glórias. Mas não se trata só de conservadorismo, mas de messianismo (embora sejam relacionados): o destreinador é visto como "o escolhido", "o enviado dos céus" pensamento mágico. Raí e Zico são assim no São Paulo e Flamengo? Nem de perto. O messianismo é doentio.

    Quando o destreinador largou o Grêmio inventando motivo nanico que os bajuladores trataram como grande coisa, o Grêmio estava com a mesma bola murcha com a qual foi rebaixado, sendo chutado como criança das competições. Fugiu covardemente e deixou a bomba no colo dos outros, sabendo que não poderia se queimar no Grêmio, porque, sabe como é, pode precisar de grana um dia, e não pode perder as tetas do Grêmio. Se as chances de cair fossem maiores, arrumaria um outro Oderich para pular da barca que fura, se justificar e ao mesmo tempo culpar - e seus apoiadores, que tem a cabeça no medievo, com a mesma maneiras folclóricas e medos mágicos medievais, aceitariam.

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    1. No 1° parágrafo descreveste o mito da caverna, de Platão. É exatamente isso...alguns ainda vivem olhando as sombras na parede!

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    2. O Raí só não é maior no São Paulo por questões internas daquele clube. Além do mais, não é treinador. Comparação equivocada, no mínimo. Pergunte isso a qualquer são-paulino que terá as respostas. Raí é tão idolatrado lá, quanto Renato é aqui.

      E dizer que o clube como um todo é covarde, apenas porque não tem suas vontades ou ideias de torcedor colocadas em prática é mais covarde ainda. Mas faz sentido, até porque não se pode cobrar coragem de quem se apresenta como anônimo. Mas como disse o Gláucio, um outro dia, nomes, são meramente ilustrativos no mundo virtual.

      Sobre inovação, muitos cobram isso e poucos botam a cara. Quer mudanças? Monte um movimento. Uma chapa! Vote! Esse é o primeiro passo para querer algum tipo de mudança efetiva dentro de um clube. Porém, uns pregadores de teses malucas acreditam que se desassociando do clube trará algum resultado positivo.

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    3. O próprio Zico uma vez falou que jamais treinaria o Flamengo, justamente por isso: não gostaria de colocar à prova sua idolatria no Flamengo.
      É preciso saber separar as coisas...não é tão fácil para alguns!

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    4. Aí que tá. Faltou coragem pro galinho camisa 10 para enfrentar a "mais fanática" do clube carioca. Quis ficar na zona de conforto. Não por menos, errou aquele pênalti na Copa de 86 contra a França. Arregão de marca maior. Essa última frase é corneta mesmo. haha

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    5. Rodrigo
      Aquela cobrança do Zico foi um ato de coragem; ele retornava de lesão, entrou durante o sufoco da partida, que era decisão e pediram para ele bater o pênalti. Se ele arrepiasse e o Sócrates que era o segundo cobrador, perdesse, diriam: por que o Zico não bateu, nosso melhor cobrador?
      Zico em sua extensa carreira, li sobre isso, perdeu 3 penalidades em 20 anos, defenderam: Mazaropi, quando goleiro do Vasco, Cláudio, goleiro do pequeno Serrano (RJ) e este do Joel Bats (França).
      Nesta mesma partida, decisão de tiros livres, Zico cobrou e converteu, Sócrates isolou a bola pela linha de fundo e Júlio Cesar chutou na trave.
      Brasil caiu fora.

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    6. Corrigindo: Sócrates cobrou e Bats pegou. Revi agora.

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    7. É por esse tipo de discurso que tenho evitado contrapor alguns textos....

      Errar pênalti é ser "arregão".....

      Teria uma lista enorme de "arregões" pra citar aqui...mas segue o baile...

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    8. Gláucio, leia novamente meu amigo. Eu disse que o último parágrafo era corneta, caso não tenha entendido.

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    9. Bruxo, não estou colocando em xeque a qualidade do jogador Zico. Foi uma corneta, brincadeira. Relaxem. Agora, sobre o fato dele ter preferido ficar na zona de conforto, isso falei sério. É mais fácil ficar do lado de fora, sempre pitaqueando, como se soubesse tudo.

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    10. Eu entendi, é que sou chato mesmo, não gosto de corneta.

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  4. Cara, excelente texto. Concordo plenamente.

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  5. Anderson
    Pelo menos, é o que parece. Visão bem restrita.

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