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quinta-feira, 31 de julho de 2025

Opinião



 A Dura vida de jornalista pseudo isento

Ontem à noite, minha atenção se dividiu entre o notebook e a televisão, entre os escritos e o jogo do Fluminense, de Renato, mas confesso, conforme a partida se desenrolava, fiquei com o jogo. E não me arrependi.

Vi um Fluminense bem organizado, atuações relevantes de Tiago Silva (merece uma convocação) e Serna, bem secundados por Martinelli e Canobbio. Méritos para Renato e para o capitão (Tiago), que a todo instante orientava seus companheiros taticamente. Tiago Silva atuou como um treinador dentro do gramado.

O Coirmão ratificou o conceito das imagens esparsas que vi diante do Vitória e Ceará e, imagino, na magra vitória sobre o Santos. Os minutos que assisti contra os baianos e cearenses não recomendavam o entusiasmo que li à posteriori. 

O Inter pode reverter e se classificar? Sim, porque será outro jogo, mas o quadro que racionalmente se espera são as desclassificações na Copa do Brasil e Libertadores da América. Faço a ressalva de que não há jogo jogado. O Coirmão pode surpreender, neste caso, vale o significado do termo: surpreender vem de surpresa.

Finalizada a partida, busquei ouvir (e ver) os jornalistas "isentos" sobre o que havia acontecido ao time de Pep Roger. E a cara deles acusava uma decepção incrível. Aí, pensei: Como deve ser difícil a vida de um pseudo isento, pois, enquanto os assumidos, os que saíram do armário, reclamavam em um tom mais elevado, os "pseudos" se seguravam, amarrados, subjugados a uma condição que só eles imaginam ser real, a de que os ouvintes/telespectadores os consideram isentos, talvez tão somente, torcedores do Real Madrid, City ou Liverpool, porém, suas faces tomadas de sombrios contornos escancaravam a decepção do clube do coração.

Mais do que insegurança profissional, essas atitudes beiram à desonestidade e deslealdade a quem empresta o singelo gesto de acompanhá-los.

Como dizem por aí: Eu "si" divirto.


5 comentários:

  1. Um cara poderia ser " isento" antes da conectividade, hoje beira a ignorância, muitos devem ter construído sua carreira se valendo deste disfarce.


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  2. E existem os isentos mesmo e são confundidos com essa turma.

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  3. Bruxo,

    Sou um dos que não consegue mais acompanhar a crônica esportiva de um modo geral, principalmente a gaúcha. O único programa que ainda acompanho é o Ganhando o Jogo, da Guaíba. Ao menos lá, alguns deixaram o papel do "isentismo" de lado e assumiram seus times. De resto, não tem como!
    Paulo Sant'Ana e agora Ruy Carlos Ostermann devem se revirar em seus túmulos ao ver o que se transformou o Sala de Redação, virou um circo, uma escrete de Hermes e Renato de muito mau gosto! Uma caricatura do que outrora foi um dos melhores programas esportivos do Rio Grande do Sul.
    Aliás, a minha objeção em acompanhar programas esportivos não se resume somente aos veículos tradicionais, os identificados, os famigerados "influencers", conseguem ser de qualidade muito pior do que os isentos dos canais tradicionais, vide a vergonheira que o tal Farid faz rodada após rodada nos jogos do Grêmio, um negócio tão grotesco que se sou familiar pediria a internação em algum sanatório...
    Mas essas palhaçadas dão audiência, e hoje em dia é tudo pelo like.

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  4. Sim Rafael.
    Acompanho apenas o Repórter Esportivo, rádio Guaíba às 17 até 18:50 h.
    O Sala acompanhei apenas quando havia o Santana, depois larguei.
    As transmissões, acompanho pela tevê fechada.
    Ás vezes, quando estou fora de casa e o anfitrião está com a RBS, aguento.
    Um dia estavam numa única transmissão o Luciano "menas torcida" Périco e os dois colorados enrustidos de sempre.

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