Fazer valer o poderio
Começo pelo assunto mais próximo de nós, as eleições gremistas, e elas não trouxeram nenhuma surpresa, isto é, ninguém ganhou no primeiro turno, passaram os candidatos esperados. Sinceramente, ambas as chapas não me empolgam. Tomara que o vencedor seja uma "grata surpresa".
Dito isso, vou falar sobre o que mais gosto: o futebol dos gramados, caracterizado pela imposição técnica e tática, como demonstrou o Flamengo, que, prejudicado pela arbitragem, teve que enfrentar um embate diferente no El Cilindro lotado, além do massacre palmeirense ocorrido ontem. Uma goleada tão impiedosa quanto a que sofremos diante do Flamengo na semifinal de 2019. Uma diferença se faz necessária: o Tricolor gaúcho havia empatado o primeiro confronto, portanto, não chegou com vantagem alguma para a partida de volta.
O que vi na goleada alviverde não tem registros na história da competição: um clube chega com imensa vantagem e não dá um chute minimamente perigoso ao arco de Carlos Miguel. O goleiro palmeirense não sujou o uniforme nos mais de 100 minutos em que a bola rolou. Gado indo pacificamente para o abatedouro. Um vexame!
Esse episódio me remete ao 6 a 0 em 1978, que a Argentina aplicou no Peru. Para mim, não houve maracutaia, nem entrega proposital; los hermanos impuseram sua força em casa contra um adversário frágil. Fizeram mais do que os 4 a 0 necessários.
Para reforçar a minha conclusão: no mesmo dia, um pouco antes, o Brasil goleou a Polônia por 3 a 0. A equipe europeia, terceira colocada na Copa anterior (1974) em cima do selecionado brasileiro, ainda com a forte base que continha Szymanowski, Gorgon, Zmuda, Deyna, Lato, Szarmach, Boniek, Kasperczak. Um resultado elástico e imprevisto.
Pergunto: entre a goleada argentina e a brasileira, qual resultado foi mais surpreendente, qual o "fora da curva"?
Por fim, no dia em que fechou cinco anos de clube, Abel Ferreira demonstrou a importância de se ter um grande treinador na "casamata" para um clube que almeja o topo.
Uma lição!
PS: Polônia, vice-campeã olímpica em Montreal (Canadá) - 1976, época em que os países comunistas atuavam com a seleção principal.

No tapetinho de plástico eles são quase invencíveis mesmo, mas dito isso, parabéns ao Abel e, também, pra Leila que bancou o homem sob forte ameaça tanto da torcida, quanto da imprensa especializada. Diziam que o homem já não entendia de mais nada, só porque não foi campeão em 2023 e 2024... Bah. E por fim, bem feito pro Tiago Nunes. Já havia gente pagando pau pro cara... e para mim, com certeza, acredito, esse resultado é bem mais fiasquento que o nosso em 2019.
ResponderExcluirFiquei triste pelo Racing. Tenho apreço por ele. Mas não esboçou forças contra o Flamengo (time ruim, por sinal, e chegou lá só pela mística mesmo) e ainda teve uma ajuda da arbitragem, coisa rara de ser ver, ainda mais quando se trata do clube mais favorecido do Brasil.