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terça-feira, 7 de maio de 2024

Opinião





Um Ano de Muita Luta e de Resignação 

Que surpresas o destino, a vida, sei lá o quê, reservam aos homens, as instituições e tudo o mais. Sem que nenhum oráculo, cigana ou vidente previsse, o Rio Grande foi atingido por um tsunami, desajolando a rotina de suas pessoas, bagunçou o presente e talvez, o futuro, pelo menos, o mais recente.

E a gente vai sobrevivendo e depois disso, vai reconstruir o pago, quem sabe com mais racionalidade e solidariedade.

No aspecto do futebol, acho que a luta por títulos está muito comprometida, isto é, se houver lógica.

Mas para quem viveu a história de um time que jogando fora de casa, estadio lotado pela torcida adversária, dois pênaltis contra si, quatro expulsões, ainda assim venceu e botou a faixa no peito, não dá para duvidar de sua imortalidade.

Quem sabe?

domingo, 5 de maio de 2024

Opinião







O Brasileiro e a sua Arrancada 

Os rio-grandenses seguem impactados pelo arrastão que tomou conta do nosso Estadp, onde o exemplo anterior data de 1941, então, algo inédito para a maioria da população gaúcha, por isso,  a escassez de postagens aqui; na verdade, nenhuma, depois da avassaladora ação da Natureza, mas hoje, resolvi tratar do campeonato nacional, que está sem jogos das três agremiações do Rio Grande. 

A constatação é que ninguém se "desgarrou" dos outros, lá no topo. Além disso, dos cinco primeiros colocados, aquele que tem a possibilidade de rótulo de favorito está em quarto, o Galo de Gabriel Milito. 

Athlético Paranaense, Bahia, Botafogo e Bragantino, neste momento, não possuem fatores que possam lhes promover a candidatos ao caneco.

Palmeiras e Flamengo tem potencial para daqui a três, quatro rodadas, alterar o panorama do topo da tabela.

Do jeito que se imagina, esse trio, Flamengo, Palmeiras e Atlético Mineiro, seguirá mandando no cenário nacional. Verdade que sempre pode ocorrer de um "penetra" estragar a festa dele, do trio.

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Opinião




Um Vilão Manjado 


Nem comentei sobre a partida de ontem, porque não assisti. Lendo, entendi que saí ileso à irritação causada por quem viu. Uma "pelada" para concorrer ao título de pior entre as piores.

Do que tomei conhecimento, o que chama a atenção é o discurso cansativo, manjado de culpa do Calendário. A partir dele, pela manhã cedo, eu fui buscar dados sobre os últimos anos do Grêmio na Grêmiopedia e para minha surpresa (boa surpresa), vi que a mídia esportiva também se debruçou sobre esses mesmos dados, que são justificativas da Direção e Comissão Técnica gremistas, presentes em seu "cinto de utilidades" para neutralizar críticas.

Para exemplificar, Gustavo Martins (21 anos), que saiu lesionado, supostamente por desgaste de jogos, eu vi que atuou desde o início das partidas em apenas cinco vezes, dessas, um vez em Janeiro e duas em Fevereiro e a ZH completou o meu levantamento, mostrando que ele cumpriu 665 minutos em 2024, apenas o vigésimo terceiro atleta do elenco em participações, isto é, pouco mais do que corresponde a 7 partidas. 

No meu levantamento, vi que de Janeiro a Abril/24 foram 25 partidas, em 2023, 23, em 2022, 21, 2021, 31, em 2020 houve a pandemia, 2019, 23, 2018, 26, 2017, 22 e 2016, 26, ou seja, nos primeiros quatro meses de cada ano, 2024 não está sendo nada diferente.

O Correio do Povo, que li no final do dia, coluna do Mombach, mostra que nos anos dourados da Era Renato, 2016 até 2018, quando o clube ganhou títulos importantes ou beliscou em semifinais perdidas de forma polêmica ou nos tiros livres, ali, mesmo com o desgaste do calendário, os resultados foram bons ou ótimos.

Resumindo, o discurso gremista "estacionou", sendo assim, ficou anacrônico, às vezes, beira à comicidade. Disto só se pode concluir que os dirigentes do futebol gremista estão preparando a massa para se acostumar com o Gauchão e a permanência na Série A às custas de um grupo de 13 milhões de reais mensais e técnico "bom gestor do vestiário".

Nessa ótica, não podemos reclamar: para estes objetivos, Caíque, Rodrigo Ely, JP Galvão, Éverton Galdino, Edenílson e assemelhados, por exemplo, tem condições de sobra para realizá-los.


segunda-feira, 29 de abril de 2024

Opinião




Foco e Apuração 


O Grêmio está envolvido em duas frentes neste início de semana; a estreia na Copa do Brasil, onde é um dos maiores vencedores e a repercussão da "jaguarada" da CBF na Bahia, que por incrível que possa parecer, fortalece até o que era considerada pataquada de John Textor. É preciso levar adiante, é preciso apurar o "Caso Jaílson".

No entanto, o foco gremista deve estar em Ponta Grossa, Paraná. É lá que o Tricolor vai encarar um time de Série B que fará copa do mundo e apesar da diferença gigantesca entre as duas instituições, como disse o próprio Renato, é preciso igualar em esforço e comprometimento, para que o talento se sobreponha no final.

Para essa partida, o técnico gremista não contará com Edenílson e isso "é um reforço" no momento, basta olhar o trote no gol baiano, onde mesmo que ele não tenha saído no seu setor, dá para perceber o famoso "trote" realizado pelo camisa 15  rumo à defesa, que tanto irritou a massa colorada.

Também será inaceitável, se Renato mantiver Gustavo Nunes e Nathan Fernandes no banco ao mesmo tempo. Não dá para zombar da sorte.

Hora de deixar a Direção cuidar do extra-campo e do comandante técnico se ater às necessidades que o gramado exige.

PS: Amanhã, não poderei assistir a partida, a postagem poderá atrasar.


domingo, 28 de abril de 2024

Opinião




Grêmio afunda diante do fraco Bahia 


Se Renato ameaça largar e ir para a praia, fato causado pelas calamitosas arbitragens brasileiras (e ele tem razão), eu, às vezes, tenho essa ideia por outro motivo: o sofrível desempenho gremista que vem da inconsistência tática e da preguiça do time em campo. Pior! Não se tem notícia de cobrança forte. Verdade que de vez em quando, há um jogo de cena do treinador nas entrevistas depois dos jogos. Importante! Aliada a uma omissão deplorável da Direção, quanto ao desempenho Tricolor.

Mesmo confirmada a canalhice do dirigente da CBF que pediu a expulsão de Diego Costa, ela não pode deixar em segundo plano a péssima partida gremista contra o modesto "11" baiano, cujo clube é um exemplo de como jogar dinheiro fora: um treinador meia-boca, um ex-atleta com salário milionário (Éverton Ribeiro), dois zagueiros limitados, contratações super estimadas, casos dos bancários Ademir e Biel, por exemplo, goleiro e centro avante comuns, tudo isso com grana do grupo City. Os árabes tem e sabem rasgar dinheiro.

Sorte que em seguida, assisti um filme muito bom com a família, que amenizou a minha irritação. O Grêmio entrou mal, promovendo as estreias de Rafael (que acabou impedindo a goleada), quatro jogadores de vocação defensiva no meio, Dodi, Villasanti, Du Queiroz e Edenílson, onde três deles foram mal: Villasanti sentiu a mudança de posição, Du Queiroz se fosse júnior já estaria esfolado pela torcida e Edenílson, mesmo com a atenuante de ser sua primeira partida, por orientação tática ou iniciativa própria (não sei), não foi nenhuma vez ao fundo pelo lado direito e repetiu as piores performances de Alisson, um especialista em sair de uma zona livre para buscar as congestionadas, onde invariavelmente, perdia a bola. Sobrou o esforço inútil de Dodi.

Ainda que não tenha nenhum lance comprometedor, a preferência por Rodrigo Ely na alternativa que poderia ser de Gustavo Martins é inexplicável e/ou inaceitável.

Fábio pela primeira vez virou uma avenida pelo seu lado e vou utilizar o termo novamente: inexplicável, porque havia quatro jogadores de marcação no meio. Mesmo com o desempenho pífio de Soteldo, que não fez absolutamente nada, o lado esquerdo ficou desguarnecido pela desorganização tática. Portanto, sobraram um discreto João Pedro na direita e um desesperado Kannemann fazendo de tudo na defesa. Resultado: de forma igual, não foi bem. 

E Diego Costa é uma andorinha solitária sem a qualidade de Suárez, a consequência de sua participação foi uma atrasada de cabeça para Marcos, o arqueiro e brigas desgastantes e inócuas  com a zaga baiana. É pouco.

Dizer que o calendário brasileiro é desumano é uma realidade, mas também, uma balela, pois se conhece ele desde 2023. Além disso, se meninos como Nathan Fernandes, Ronald, Gustavo Nunes, Zé Guilherme, não puderem jogar de três em três dias na fase da vida em que estão, então, o mundo está de cabeça para baixo. Acredito que a maioria dos leitores deste blog tem mais de 18, 20 anos e devem lembrar da jornada que realizavam com essas idades.

A cena patética da retirada dos jogadores do banco de reserva orientados pelo treinador me remete ao mesmo procedimento que adoto para evitar injustiça nas análises, qual seja; E se fosse Luxemburgo ou Enderson Moreira, o que diria a mídia, torcida, dirigentes e eu?

Já são seis pontos jogados fora frente a dois adversários fragilíssimos, onde um deles já está atrás de novo treinador, depois lamentam o sufoco que sofrem na segunda metade do certame ou desdenham do mais importante campeonato nacional das Américas. Não me venham com a história que a Dupla Grenal vai levar 99 anos para ganhar um, pois 2023 demonstrou que com um goleiro confiável, mantidas as demais condições, a taça estaria no armário gremista.

Finalizando, a pegada, a raça e competência que o elenco demonstrou em La Plata parece que se trata de um fato de exceção.

Uma pergunta: Havia dirigente no banco de reservas na debandada azul?



quinta-feira, 25 de abril de 2024

Opinião




Quando o Erro vira "Estratégia" 


O espaço se chama opinião, portanto, uma visão bem particular de quem escreve, sujeito à chuva e trovoadas.

Em 2006, o Inter bateu o São Paulo por 2 a 1 pela Libertadores no jogo de ida. Na volta, eu considero um dos maiores erros táticos realizados numa decisão. Abel Braga sem contar com o volante Fabinho, expulso, optou por uma zaga com três beques e quase perdeu a partida, inclusive tomou dois gols em casa, ficando num empate sofrido, mas com o título. A conquista inédita abafou o equívoco da escolha

Muricy, técnico do São Paulo, viu a equipe que formou de 2003 a 2005, finalmente campeã da LA. Apenas que ele, desta vez, não estava na casamata vermelha. Virou vítima de sua criação.

Na Terça-feira, o Tricolor fez uma partida mágica, venceu com um movimento tático  na etapa final que muitos gremistas ansiavam ver como rotina, ou seja, a saída rápida para o contra ataque, nada de toques laterais. Isso  foi possível, porque Gustavo Nunes e Nathan Fernandes são velozes, bem ao estilo do Palmeiras, quando contava na frente com Dudu e Roni.

O erro de entrar com Éverton Galdino, mesmo com o discurso raso que o atleta era o mais talhado para o tipo de enfrentamento em La Plata, deixando os meninos promissores da base gremista ficou eclipsado pela vitória retumbante. Galdino no time virou um lance estratégico do treinador.

Como não gosto de justificar tudo pelo resultado, deixo aqui, o meu apontamento. Não vi acréscimo no time pela escalação de Galdino.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Opinião




Com Raça e Aplicação veio a Vitória 


O principal mérito gremista foi a aplicação total durante os mais de 90 minutos. Sobrou doação, entrega e comprometimento.

Como sempre faço para evitar injustiça ou "passada de pano", eu me perguntei: E se fosse Mancini ou Thiago Nunes que, mesmo tendo Nathan Fernandes e Gustavo Nunes, eu aprovaria o ingresso de Éverton Galdino, preterindo os meninos? E na hora da lesão, Thiago Nunes ou Mancini, um deles optasse por Rodrigo Ely e não Gustavo Martins que está em processo evolutivo na carreira, quando Geromel se machucou. Eu bateria palmas para o técnico e diria: - Esse entende de futebol?

A verdade é que a vitória virou heroica pela incapacidade ofensiva, onde apenas Soltedo brilhou e Cristaldo em lances esporádicos. De resto, o mérito Tricolor esteve no enfrentamento anímico idêntico aos argentinos.

Para mim, o resultado fora da curva foi perder em casa para o time chileno. Perder na altitude independe da qualidade do adversário a ser enfrentado, ainda mais com a equipe reserva.

Do que vi, gostei de Soteldo, Fábio, João Pedro, Kannemann e dos garotos Gustavo Nunes e Nathan Fernandes. 

Marchesin foi salvo pelo detalhe de tomar um frangaço e João Pedro Galvão fez novamente um bom jogo, mas não é centro avante. Está sempre atrasado ou mal colocado na hora de botar a bola para dentro.

Um resultado muito importante, porque amplia o número de vitórias, que reafirma a necessidade de apostar nos jovens.

É triste para o torcedor vê-los preteridos por jogadores inferiores num claro sinal de injustiça. Situação que pode ser agravada pela contratação do cascudo Edenílson.

Enfim, torcer para o Grêmio neste período de sua história é um exercício de paciência e resignação, recompensado pela superação do momento difícil na LA.

Com a vitória, o Grêmio retorna para a briga e ganha moral.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Opinião

 



Um Jogo Muito Especial

 

Este Estudiantes de La Plata versus Grêmio Porto-alegrense, para confirmar o histórico de confrontos, também será decisivo, pelo menos para o Tricolor apesar de recém o calendário chegar ao final do primeiro turno da fase de grupos.

Pelo contexto, eu considero o empate um ótimo resultado. Não que o Tricolor jogue por este resultado, mas ele deve ser considerado na estratégia gremista. Explico:

 -O Estudiantes joga em casa e vem de 5 vitórias seguidas, o que significa obviamente, que tem poder ofensivo. O Grêmio recém chegou a duas partidas sem ser vazado.

- Outro fator que foi mencionado nos comentários do blog por estes dias e é muito relevante, o reforço na autoestima do grupo; isso terá que ser preservado para não interromper a ascendente dos últimos resultados.

- A defesa deve contar com Geromel e Kannemann + Fábio na lateral esquerda. Ele, até o momento, tem dado uma resposta bem positiva. Ninguém “se criou” pelo seu lado, verdade que foram escassas participações, igualmente, o bom senso recomenda a preservação de dois volantes no meio, porém, o teste será mais forte amanhã.

- Considero mais fácil ou como queiram, menos difícil, vencer no Chile, que será a única partida fora da Arena no returno, então é chegar vivo no segundo turno da competição.

 Embora não seja o entendimento de todos, tenho comigo que as lesões acertaram o time. Não consigo ver um onze competitivo com as presenças de Reinaldo e Pepê na Argentina.

 Que o Destino siga ajudando o técnico gremista.

 

sábado, 20 de abril de 2024

Opinião




Segunda Vitória seguida vem por 1 a 0 

A grande novidade veio pelo resultado da partida. Uma vitória por escore mínimo e a segunda partida sem levar gol. Um feito para o recente histórico do Tricolor.

Cada cabeça, uma sentença. Olhei as notas que a ZH deu para os jogadores e fiquei impressionado; acho que vimos jogos diferentes. Para mim, Villasanti acabou com o jogo, bem secundado por Soteldo, Gustavo Nunes e Cristaldo, que fez um gol acidental, mas, quantas vezes sofremos gols acidentais? Só saiu, porque ele (Cristaldo) estava atacando.

Nada me convence que em determinados jogos dá para recuar Villasanti para a zaga, pois, assim, o time ficaria mais ofensivo. Trazer o paraguaio para o lugar de um zagueiros, retira o bom toque de bola do meio, além de perder o elemento surpresa na área adversária, que Villa faz com maestria. Esta noite, o "área a área" que ele cumpre ficou muito evidente.

Esses dois triunfos em sequência sem levar gols consagra a ideia de 2 volantes no meio de campo, que só foi possível pela lesão de Pepê. Dodi no meio de semana e Du Queiroz hoje, tiveram atuações destacadas. Resta a pergunta: Pepê retornará?

Todos jogaram muito bem, inclusive JP Galvão, com um reparo: perde muitos gols. Parece uma observação incoerente, mas estou comparando os seus jogos recentes em relação com os anteriores. E Marchesin? Acho que deveria sair em alguns cruzamentos, talvez esteja readquirindo a forma e confiança aos poucos. Fez um milagre no primeiro tempo.

Agora é La Plata. Um empate deixa o Grêmio vivo na LA, basta seguir na linha ascendente de acertos, evitando recaídas. Uma derrota será desastrosa em termos técnico, financeiro e anímico.

É o brete em que se meteu.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Opinião

 



A, B & G

 

Escrevi há meses que, primeiro, Adriel, Brenno e Gabriel Grando eram muito bons goleiros, que serão prováveis atletas de Seleção; segundo, contraditoriamente, eu recomendei a saída dos três e a vinda de Sérgio Rochet, pensamento que decorria da premência de ter no arco gremista um goleiro afirmado.

Pois bem, Adriel e Brenno saíram e hoje, a ida de Grando para o Cruzeiro até o final de Dezembro é uma possibilidade. Acho uma boa para as três partes, desde que o Tricolor fique com o direito de decidir o destino do arqueiro em Dezembro.

Na contra partida do negócio com o clube mineiro, Rafael, 33 anos, ex-Santos e com experiência europeia no currículo vem para brigar pela camisa 1. Não lembro nada que mereça reparos ou elogios ao histórico dele.

Para mim, ele chega com a folha de serviços em branco na minha memória. Teve problemas de desempenho e bronca da torcida.

Espero que resolva a sua vida e a do Grêmio.

Uma aposta, sem dúvida.