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sábado, 18 de maio de 2013



Opinião




O Quebra-Cabeças
 
A Emoção é nossa, a Razão deve ser dos dirigentes. Após a desclassificação e suas consequências, aliás recomendo sobre isso, a crônica do David Coimbra de hoje (é didática), surgem especulações sobre o destino do Tricolor. Trocar o treinador, fazer uma faxinada, voltar ao "terra-arrasada", etc... Há causas que justificam quaisquer medidas; ou seja, para manter ou para defenestrar o técnico. Daqui, há quase 300 km do centro dos acontecimentos, penso que o presidente Koff segue sendo o gerador do bom-senso e senhor das ações. Saberá decidir pelo melhor caminho; enfim, trocar as peças (ou não) e repor as faltantes neste quebra-cabeças. Não vi grande diferença entre os jogos que assisti dessas oitavas-de-final, exceção ao segundo jogo do Galo. Lúcio deixou o São Paulo na mão, Tolói (SP) e Henrique (Palmeiras) entregaram, os goleiros Bruno e Cássio falharam feio,  o segundo mais ainda, sorte que o atacante fez pior que ele no segundo tempo; Luis Fabiano e Barcos sumidos. No caso de Luxemburgo, penso que o que pesará será o vestiário. Se estiver dividido e sem recuperação motivado pela sua presença, Luxa deve sair; se os problemas residem dentro de campo, sejam táticos ou técnicos, eles têm arrumação "não mudando", ainda mais que livre da pressão do mata-mata, time e comissão técnica crescerão. Koff ouviu a torcida no final do ano, bancando Luxemburgo que estava a um passo do Coirmão; ouvirá de novo a torcida, quando boa parte pede a cabeça do treinador? A torcida estava certa em ambos os casos?  De qualquer forma, o grupo terá que ser "redesenhado", nem entro na questão da qualidade técnica, mas na capacidade de pender para o lado positivo a balança do custo-benefício. Exemplificando: Kléber é muito bom jogador, mas com o seu salário é viável ser banco? Elano é excelente, contudo, não é muito caro para jogar meio tempo?  André Santos é Seleção, porém, vale a pena gastar nessa transação internacional? Marco Antônio, Tony não tem futebol ou não se adaptaram aqui no Sul.Sairão? Werley e Fernando serão vendidos na janela européia? São questões postas à mesa do Presidente. Ele saberá decidir positivamente? Acredito que sim.

5 comentários:

  1. Pois é, Bruxo. Agora, um pouco mais calmo depois do acontecimento da última quinta-feira, não tenho mais a convicção de que defenestrar o Luxemburgo é a solução para a mudança que se faz necessária no Grêmio. O time já deu mostras esse ano que pode render muito mais do que vem apresentando. Será que foi apenas porque os adversários jogaram mais abertos nessas ocasiões, como alguns tem justificado? Não sei. Além disso, não vejo um nome de qualidade inquestionável para substituir o atual jóquei.

    Acredito que quem realmente tem condições de analisar a situação verdadeira do vestiário e propor soluções concretas é quem está lá dentro, convivendo com o grupo de jogadores. Por isso, acredito que a melhor decisão será tomada, pois acredito no trabalho e talento do presidente Koff.

    Talvez fosse interessante a colocação de um outro membro da diretoria no vestiário. Rui Costa já mostrou ser muito hábil na condução de negociações. A respeito do Chitolina, confesso que não sei qual sua função, logo não tenho opinião formada a respeito de seu desempenho. Mas me lembro do bom trabalho do Alberto Guerra, na gestão do Duda. Ele deixou uma ótima impressão e talvez fosse interessante sua volta ao vestiário do Grêmio.

    Mas confiemos no velho, ele saberá o que fazer.

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  2. Pois o Alberto Guerra foi muito bem no tempo do Renato; acho que é um bom nome. Sobre o Luxa, a minha dúvida reside no relacionamento com o grupo.

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  3. Bruxo,
    Perfeito, acho que é por aí.

    Acho que a solução mais realista é dar prazo até a parada para a Copa das Confederações. Serão 4 ou 5 jogos que vai dá pra "sentir" a real situação. Se não der resultados, a mudança será inevitável. Felizmente este ano temos esta parada, que até possibilitará uma mudança mais "radical" sem perder muito do campeonato.

    De qualquer forma acho que o time deverá dar um bom retorno no início do campeonato. Daí é ajustar o que tiver, para tentar buscar o título.

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  4. Guilherme!
    A troca nesta semana só se justifica se o vestiário estiver um barril de pólvora, aí não tem remédio a curto prazo; caso contrário, um bom dirigente administra o grupo e, pensando bem; faltam dois titulares (que podem estar no grupo e não sabemos) que é um zagueiro e um ponta-de-lança para abastecer o ataque, também para chegar junto com ele na frente. A parada vai ser boa.

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    1. Faltam duas peças e isso é do conhecimento até do reino mineral, o problema é, há tempo hábil e convicção para manter o treinador e esperar que ele tire mais do grupo com as peças necessárias? Reforço o teu pensamento, se o problema for de "pedágio" como o Guilherme comentou no emeio, daí não tem jeito, é escurraçar o Luxemburgo do Grêmio. Se o problema for ter perdido o vestiário, o grupo, solução idêntica. Se a questão for somente tática, manter até o final do ano.
      Independente disso duas coisas me preocupam muito, mas muito mais.
      Primeiro é a aventada pelo Guilherme quanto ao grupo não gostar do Barcos e isto vindo de um dos principais jogadores, o Fernando. O Barcos é um centroavante que o Grêmio não tem em anos, se a presença dele desagrada o grupo é extremamente preocupante porque a torcida gosta dele e a situação tende a se agravar.
      O segundo é a tal da terra arrasada, tenho uns recortes onde remonto a forma de administração do clube desde 2005, advinhem, entra ano sai ano e as manchetes são sempre as mesmas - REFORMULAÇÃO, dispensa em massa e contratação em bolo. Minhas esperanças no Koff era que esta forma de fazer futebol mudasse e ainda mantenho as esperanças porque, a ver o que espera a torcida, vamos continuar com a mesma estratégia durante o resto da eternidade e parafraseando o gênio "loucura é esperar resultados diferentes fazendo exatamente a mesma coisa".

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