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domingo, 2 de junho de 2013




Opinião




Domingueiras - Última Parte

Revendo o que escrevi dias atrás sobre a Libertadores ser uma roleta russa, fiquei cada vez mais convencido disso, após os 26 penaltis de Newell's Old Boys versus Boca Juniors e Tihuana versus Atlético Mineiro. Para ficar apenas no segundo confronto, já que "tiros livres" mostram o equilíbrio e o imponderável do presente e futuro na competição, respectivamente. Pois bem, repetindo, Galo e Tihuana foram do céu a o inferno no México e no Estádio Independência. É culpa de quem o risco da desclassificação? Do Tihuana que não garantiu a vantagem no jogo de ida? Do Galo que foi pequeno em sua casa e contou com a perícia e sangue frio de seu goleiro no último instante? De todos e de ninguém, porque é uma competição atípica onde a "esperteza" (para não usar o verbete desonestidade) ainda figura como elemento preponderante em alguns jogos, basta ver como se administrou o caso do menino morto na Bolívia e as punições dos gremistas por ocasião da rusga contra o Huachipato. Adicione-se a isso, arbitragens caseiras ou ruins, erros infantis de zagueiros e teremos os famosos "crimes" de uma partida. Mas por que todo esse lero se o blog é sobre o Grêmio? Porque penso que realmente existe um projeto em curso na gestão de Fábio Koff. Um time cascudo e forte no papel para disputar a LA, que ganhando ou perdendo, receberia intervenções e aí Koff, certamente, desconsidera a tal "roleta russa" da LA para seguir adiante no que foi planejado, contratando gente promissora, vide os 6 juventudinos que chegaram em Janeiro e + Moisés, recentemente, renovando o elenco com a base criada pelo Mabília & cia; Tinga, Misael, Gustavo Xuxa, Mamute, Lucas Coelho + o garimpo no futebol brasileiro (Jean Deretti) e internacional (Maxi Rodriguez). Isso não invalida as críticas a postura da equipe, nem possíveis correções de rumo, no entanto, o meu "feeling" indica que Koff não está de braços cruzados. Bom sinal.

10 comentários:

  1. Sim Bruxo, Koff nao esta de bracos cruzados, tambem acredito nisto (nem poderia). Mas nao acredito que haja um projeto, um planejamento. Se houvesse, quando da candidatura ja haveria um planejamento. Ja desde o inicio, na posse, ja haveriam alteracoes substanciais. Sou fa do Koff, mas creio que desta vez ele so veio para que Odone nao se reelegesse (nosso velho problema: politica por politica). Por outro lado, Koff, um homem calejado no futebol aceitar a renovacao do Luxemburgo? Seriamos tao inocentes a ponto de pensar que ele nao sabe o mesmo que sabemos e que toda imprensa sabe e fala sobre Luxemburgo? Koff, no Gremio, tem envergadura suficiente pra ter mandado embora o Luxemburgo quando da renovacao, mesmo a torcida pedindo. Bastava que falasse pra torcida que Luxemburgo nao fazia parte de seu projeto. Voce acha que ele nao ve tudo que tambem nos vemos? Falta um zagueiro que transmita seguranca. Falta um meia atacante pra jogar no lugar do Elano. Voce acha que ele ja nao viu que Cris, Fabio Aurelio, Marco Antonio nao chegarao a lugar algum? Por ai vai. Ha muito o que se debater, incluindo o que deve ser mudado. Mas tambem acho que poderiamos debater como pode ser mudado. So jogar pedras nao resolve nada, a nao ser que se va pra frente do Olimpico, da Arena (civilizadamente) e se proteste.

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  2. Arih!
    Nós que concordamos muitas vezes, desta vez eu ainda fico com o "cutuco" de que o Velho teve que usar toda a energia no caso Arena/OAS; findando esta fase, Koff vai para o futebol e começará a mexer. Foram anos de desorganização, não creio em resultados a curto prazo, apenas dentro de campo poderá sair um progresso.. Sobre Luxa, mantenho minha posição: entrego a decisão na mão do presidente.No plano global (o clube como todo), as medidas estruturais só acontecerão com 3 gestões seguidas de absoluta competência. Abraços.

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  3. A nossa discussao pode ser boa e aproveitavel. Se nao vejamos: Voce coloca que ele estava concentrado na solucao de questoes da Arena. Otimo. Faz parte do trabalho dele, como presidente, e para o qual ele foi eleito. Administrar o clube e procurar solucoes para os problemas que possam estar estrangulando o clube. Mas, nao pode se descuidar dos demais problemas. No minimo, ele como raposa velha, que leva a batuta de maestro, passaria as diretrizes aos demais (no caso o futebol) e se concentraria naquilo que outos nao podem fazer por ele. Mas a razao maior do clube e o futebol. Se o futebol nao esta bem ou os que ele delegou a missao de ir administrando sem sua interferencia direta, nao entenderam nada, ou ele nao esta sabendo priorizar aquilo que e prioridade do clube. Portanto, ele tambem tem responsabilidade direta no que esta acontecendo no futebol. Nem precisa desta explicacao para dizer que ele se descuidou do futebol. Basta dizer que ele como presidente tem responsabilidade direta em qualquer coisa que aconteca no clube e com o clube. Um presidente delega funcoes e nunca responsabilidades. A responsabilidade e so dele e de mais ninguem.

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  4. Arih!
    Acho que o Koff foi surpreendido (aí talvez seria a grande falha dele????)pelo negócio Arena/OAS; em condições normais, o presidente de uma entidade, mesmo sendo de futebol, tem que se envolver com a estrutura toda e um vice competente naquilo que eu acho imprescindível na Administração que é C-H-A, isto é, conhecimento, habilidades e atitude. Cheguei a responder em post anterior (comentários) que deveríamos ter um Koff presidente com 82 anos e um Koff com 50,60 como Vice de futebol. Aí é sonhar um pouco. Quem me deixou boa impressão foi o Alberto Guerra que fez dobradinha com o Rui Costa na "Era Renato", mas eu estou a 300 Km do centro dos acontecimentos e os caras vivem e respiram o Grêmio lá em Poa.

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    1. O Koff nunca esteve de braços cruzados. A despeito da opinião de alguns de que o contrato era coisa "facílima" de resolver, demandou tempo, energia e pragmatismo (por isso até mesmo Odone sentou-se a mesa).

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  5. Guilherme Cé02/06/2013, 23:05

    Amigos,
    Não vejo este horror todo que alguns pintam na administração do futebol do Grêmio. E, sinceramente, vejo uma mudança relativa nesta questão, vide as muitas apostas feitas em jogadores jovens. Será impossível acertar sempre, mas são alternativas como estas (baratas e com qualidade potencial) que devemos focar. É claro que erros existem e devem ser combatidos (e criticados, por nós). Só não podemos querer tornar tudo de uma simplicidade incrível, onde qualquer erro vira um absurdo..

    Com relação ao Koff, acho que ele ainda está em busca de um modelo perfeito para conciliar a função de presidente e se fazer mais presente no vestiário. Talvez falte encontrar a dupla perfeita para o Rui Costa, o qual considero competente no que faz (ou deveria fazer...) que é contratações e negociações. É preciso mais alguém junto dele no vestiário. Foi o grande erro do Odone e está sendo o do Koff...

    -x-x-x

    Sobre a rodada do fim de semana, já temos algumas surpresas. Para os que afirmam que é fácil ganhar o campeonato, parecem esquecer que mesmo os bons times sofrem ao longo dos 38 jogos e surpresas ocorrerão sempre. A fórmula ganhar em casa e empatar fora é simples na teoria... Dentro de campo são outro quinhentos. Se fosse fácil, qualquer um faria.

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    1. Essa história de ser fácil é vacina, ilusão de quem ainda acha que só camisa ganha jogo.

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    2. Guilherme, nao estou querendo fazer aqui o papel que outros fazem em outros blogs. Mas a falta de uma interferencia maior do Koff, bem como de decisoes mais acertadas de quem tem conhecimento e cacife para toma-las, nos deixa preocupados com Koff. Nao estou fazendo tempestades em copo dagua, mas esta a vista. Em alguma coisa os radicais possuem razao: este time era pra estar jogando mais do que jogou e ter feito mais do que fez. Isto tambem e inegavel. So ver o jogo contra o Santos. Eram tres pontos certos se tivessem atitude.

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    3. Mas aí tu tá certo ARIH, o Grêmio se "acadelou" quando não podia! Mas isso leva a outra constatação interessante, no início do jogo, em plena Vila (jogando fora), o time não foi o senhor das ações? Não teve o jogo em completo domínio? Se sim, como poderia um time sem organização tática, desfacelado, com jogadores desinteressados e sem preparo físico conseguir tal proeza? Acho que todos reconhecem o absurdo que é o Grêmio ficar atrás se defendendo e abdicando completamente do ataque, o problema é, só uma mudança de postura não resolve isso? Ou talvez seja necessário mandar embora toda a comissão técnica, metade do elenco, guilhotinar o Koff, o Rui, Chitolina e promover - MAIS UMA VEZ - uma revolução no clube? Pelo que vejo a dose do remédio que alguns propõe tá mais pra veneno...

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    4. Guilherme Cé04/06/2013, 20:28

      Arih,
      Acho que todos concordamos que o time, a este ponto, deveria estar jogando muito mais.

      Só que eu não consigo centralizar toda a responsabilidade no Luxemburgo ou no Koff. É claro que o primeiro tem grande parcela de culpa, a maior, provavelmente, e o segundo também, ao menos externamente. Só que há mais fatores do que isto envolvidos que são ignorados. Por pior que seja a orientação vinda de fora, um time não pode relaxar em jogos decisivos.

      Mas também vejo o contraponto. Vejo muitas críticas ao 'acabelamento' do time no segundo tempo, não só contra o Santos (até porque não tive oportunidade de ver o jogo), mas também em outros. Só que as críticas vem justamente daqueles que defendem o futebol de resultados, pelo regulamento. Aposto que os mesmos criticariam se o Grêmio estivesse ganhando e seguisse "mandando" no jogo, atacando para fazer mais um. É claro que o ideal é o meio termo, mas muitas vezes dentro de campo a coisa não é tão simples. E isto serve para o Grêmio de hoje ou qualquer outro time.

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