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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Opinião



A "evolução" de Barcos pelos entendidos da mídia

Ano passado, por conta de uma rixa de um reputado jornalista gaúcho  com um mestre da comunicação em geral, Barcos e Dida se viram vítimas do primeiro. Algo semelhante ocorreu com Victor em 2012, quando o veterano jornalista resolveu elogiar o atual selecionado para a vaga de goleiro do Brasil; para que? O reputado jornalista, o mais novo, direcionou sua ira, atingindo Victor e como no Medievo, liderou o expurgo do arqueiro gremista. Chegou a antecipar falhas dele em Grenais, ainda se utilizou da rivalidade gaúcha, escrevendo que Muriel era o melhor goleiro do Brasil e que Grohe não poderia ser reserva. O resultado, todos sabemos. O dia que o veterano mestre elogiar o Grohe, o reputado jornalista, o mais novo, vai pedir Busatto no gol; pois Grohe não será mais o mesmo (se ganhar a aprovação do velho mestre).

Dida, também eleito pelo mestre, recebeu críticas desproporcionais ao que se via em campo. Hoje, o baiano está do outro lado do Rio Grande e misteriosamente as críticas deste reputado jornalista, o mais novo, desapareceram. "Dida melhorou" e botou o melhor goleiro do Brasil no banco. 

Chegamos em Barcos, o reputado jornalista, o mais novo, para atingir o mestre veterano, centra fogo no Pirata, chegou a compará-lo a Sandro Sotilli, como se o atacante do interior tivesse alguma vez, vestido a camisa de uma seleção nacional.

Essa ação conquistou devotos; há menos de duas semanas, acidentalmente, ouvi num desses programas de bate-boca dominicais, que Luxemburgo queria Barcos como Evair jogava no Palmeiras; um neófito chegou à frase: "Coitado do Evair". Seguia o processo de achincalhe do nosso camisa 9.

Ontem, assisti pela televisão em canal aberto, a partida do Imortal contra a Chapecoense, as citações ao desempenho de Barcos, sempre eram dadas com parcimônia, isto é, muito econômicas, quando não depreciavam as ações dele em campo; chegaram, narrador e comentarista, a uma incrível comparação no lance em que o Pirata arrancou à frente do zagueiro, mas perdeu na velocidade, teve que improvisar um drible para a direita para não perder a jogada, chutou para a defesa do goleiro. O diálogo travado resultou na seguinte pérola: Se fosse o Cristiano Ronaldo fatalmente, faria o gol.

Sem dúvidas, Barcos evoluiu bastante: Sandro Sotilli para Evair até chegar a Cristiano Ronaldo.

E os caras ainda recebem para destilar os seus venenos. Que profissionais!!!

 Barcos tem suas limitações, porém, o que parte da mídia está tentando (não vai conseguir) fazer com ele é um linchamento que escancara a desqualificação de certos jornalistas. Que pena. 

5 comentários:

  1. Esse e um dos problemas que afligem o Gremio atualmente (e desde antigamente). Nao basta a imprensa nacional minar o desempenho e a historia tricolor, me vem os pseudo entendidos locais por mais lenha na fogueira. Digo imprensa nacional porque a imprensa que manda no Brasil e a imprensa do eixo Rio-Sao Paulo. Todas as demais copiam claramente os do eixo do mal. Como o Gremio e nao so ele, mas os de fora do eixo (principalmente os sulistas e mineiros), sao ameaca aos seus "jabas", se tornam mestres em achincalhar estes que os ameacam (as vezes sutilmente, as vezes descaradamente). Nao discordo que as maiores torcidas do Brasil sao do Flamengo e Corinthians, mas sao maiores porque foram "fabricadas" (desde o famoso Canal 100). Nos acusam de bairristas, mas os maiores bairristas sao eles. E, realmente, e uma pena muito grande ver a imprensa do restante do pais nao possuir personalidade propria e copiar este bando de salafrarios.
    Quem nao lembra do famoso caso do recem falecido Luciano do Vale expurgar metade de sua equipe de jornalistas esportivos porque houve uma denuncia comprovada que eles ficavam a beira dos gramados oferecendo seus prestimos aos jogadores medianos. Quando os entrevistavam, se tornavam, mesmo sem serem, num passe de magica, os eleitos melhores jogadores das partidas que estes falsos jornalistas elegiam. Se nao me engano, ate o proprio filho de Luciano foi despedido nesta armacao.
    Por ai vemos o pior da imprensa brasileira. Insisto: e uma pena ver o restante da imprensa brasileira nao ter personalidade propria e copiar os do Rio e Sao Paulo. Os jornalistas gauchos ja tiveram, a algumas decadas, esta personalidade propria, isenta, e eram atentos a estes detalhes que acabei de expor. Dava gosto ler suas reportagens e opinioes. Falavam com naturalidade e isencao do Brasil inteiro. Hoje, tambem com tristeza, vejo isto que voce colocou.
    Digo tudo isto, creio que com certa autoridade, por estar a quarenta anos fora do sul e perambular um pedaco deste pais e ver atraves de suas imprensas isto que acabei de narrar.
    Porem, nada justifica o fogo amigo.
    Nao quero de modo algum que nossa imprensa fique puxando a sardinha pra nossa brasa, que seja bairrista (justamente o que combato no eixo do mal), mas gostaria de ve-los isentos, objetivos e cirurgicos, com ja foram um dia.

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  2. Arih!
    O grande medo que tenho é que essa prática se torne "natural" e os bons profissionais sejam engolidos por ela.

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  3. Concordo contigo.
    No caso Barcos, por mais que esperneiem, nao conseguirao torna-lo a raiz de todos os males. Os torcedores sao burros, mas nem tanto.
    Creio que nao vi nenhum falar como e natural um centro avante perder gols, ainda mais quando a bola nao chega em quantidade e qualidade necessarias para converter parte disto. Na hora me vem a mente dois grande exemplos e justamente da dupla: Dario e Jardel. Dois jogadores medianos e artilheiros. Faziam muitos gols porque a bola chegava da maneira que eles gostavam, cada um a seu feitio.
    Gostaria de ver as opinioes destes pseudo jornalistas sobre estes dois, comparando-os com Barcos.

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  4. Arih!
    Tu já alertava com relação aos defeitos do Barcos; eu até era (talvez ainda seja) mais otimista com relação ao Pirata, mas o que eu vejo é uma coisa orquestrada; veja a charge de Os Flautistas; ela é cruel e não condiz com a movimentação do argentino em campo.
    Gostaria que alguém me apontasse um centro-avante no Brasil que esteja com performance muito melhor do que Barcos.
    Levo muita fé no Lucas Coelho, mas ainda é uma incerteza.

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  5. Pois e. Falava que Barcos nao e nenhum primor (nao e nenhum Careca, Batistuta), mas nao e de modo algum ruim e superior a Dario e Jardel, mas ...
    Quanto ao Lucas, pelo pouco que vi, creio que o garoto tem futuro. Falta-lhe o que falta ao Luan, aos demais garotos: atitude, imposicao, determinacao, personalidade. Pelo Luan vemos que isto e importante, mas nao decisivo.

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