Na Copa

No jogo mais emocionante da Copa, Brasil avança

Que jogo, amigos! O Brasil avançou pelas mãos de seu goleiro, pois a emoção prejudicou os cobradores; até a melhor cobrança, a de David Luiz, foi complicada. Os nervos entraram em ação e as pernas travaram.

O Brasil apresentou sérios problemas de mecânica de jogo, onde ficou nítido o prejuízo de não contar com um armador qualificado. A bola andou longe da área chilena. Some-se a isso, atuações individuais decepcionantes como as de Oscar e Neymar, este último, nitidamente descontado no aspecto físico. Alguns atletas apenas confirmaram que estão numa Copa por escassez de concorrentes. Daniel Alves, Hulk, Fernandinho, Fred, Jô, Willian, Ramires e até Luiz Gustavo, não figurariam em outra época no selecionado canarinho. Thiago Silva, David Luiz seguem com bons desempenhos, Marcelo, mal. 

O Chile conta com a melhor seleção de sua história, onde sobressai a figura do atacante moderno, Alexis Sanchez; ele é o cara. O pênalti perdido empanou a sua atuação, mas, convenhamos, depois de mais de 120 minutos de tensão e entrega, cabeça e pernas não ajudaram no ato final da partida. Convém lembrar o ótimo trabalho de seu treinador argentino. 

Um comentário muito especial para Júlio Cesar, um goleiro que cresceu no momento decisivo e contou com a sorte no lance derradeiro. Ele merece, porque carregou o peso individual da desclassificação em 2010.

Encerrando, um espaço para a descontração: Assisti a partida pelo Sportv, onde ouvi uma pérola (acidental, é claro), quando o narrador "mala", que comenta mais do que seus parceiros comentaristas; ele chamou os jogadores do Chile de "chilenenses", melhor que essa, o famoso "dois pesos" para a mesma situação; conseguiram ver pênalti em Hulk no primeiro tempo e no ataque chileno, apenas "uma luta por espaços" entre o zagueiro e o atacante. Sensacional.

Arrisco dizer que o Brasil passou por um obstáculo maior do que vai encontrar nas quartas-de-final.

Aguardamos, se possível, pela crônica detalhada do Alvirubro.