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sábado, 17 de janeiro de 2015

Pequenas Histórias




Pequenas Histórias (76) - Ano - 2014


Depois do Tsunami


2014 foi um ano de uma pobreza franciscana no que diz respeito as alegrias azuis. Tivemos dois grandes momentos de afirmação, de autênticas jornadas gremistas. Um, pela exuberância técnica, tática, física e anímica. Uma supremacia em todos os segundos dos dois tempos do Grenal que acabou 4 a 1. Inesquecível.

Outro, aquele cercado de muita tensão, de interrogações, de olhares desconfiados; muitos incendiários e poucos bombeiros: a primeira partida fora de casa, após os tristes acontecimentos ocorridos na Arena no confronto contra o Santos, quando o clube foi julgado pela mídia e pelos brasileiros sem direito à defesa por atos de uma ínfima parcela da torcida. Uma execução. Houve erro na arquibancada, mas o que se seguiu, também não foi nada positivo.

Havia uma curiosidade e também temor, quanto ao comportamento do time em campo, mas principalmente, sobre a situação no estádio e seus arredores na recepção aos torcedores visitantes. Nada de muito grave aconteceu diante do contexto; vaias, máscaras de macacos e latinhas de cerveja; estas, jogadas sobre os gaúchos. 

Pois naquela véspera de feriado, o sábado, dia 06 de Setembro, o Tricolor escreveu uma bela página na sua história ao fazer um enfrentamento de alto nível contra o Flamengo, que buscava engrenar a sexta vitória consecutiva. O Mengo, um time mediano, mas bem ajeitado taticamente. O Grêmio sobrou em organização tática e controle emocional. Aula de maturidade, apesar da ausência de Barcos.

59.680 pessoas presenciaram a vitória do Imortal que teve as mexidas corretas de Luiz Felipe com as entradas de Fernandinho e Luan, autores da jogada mais bonita, que resultou no único gol da partida, que para aumentar a dramaticidade, feito aos 46 minutos do segundo tempo. Luan desfilou seu talento entre os defensores rubro-negros e colocou com classe no canto direito do arqueiro Paulo Vítor.

Uma das melhores atuações do ex-vascaíno Fellipe Bastos, que comandou o meio de campo, tarefa em que foi bem auxiliado pelos garotos Wallace e Matheus Biteco.

O Grêmio utilizou Marcelo Grohe; Pará, Pedro Geromel, Rhodolfo e Zé Roberto; Wallace, Matheus Biteco e Fellipe Bastos; Dudu, Giuliano (Fernandinho) e Lucas Coelho (Luan).

Esta vitória blindou o Tricolor, enfraqueceu uma ideia que começava a tomar corpo, isto é, de ser uma agremiação racista.

Naquela tarde/noite, o Grêmio fez valer um slogan muito usado nas décadas anteriores, que está quase esquecido: "Nada pode ser Maior".

Seguem vídeos:








2 comentários:

  1. Golaço do Luan. Tomara que repita aquele ímpeto de fazer gol.

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  2. O final de ano dele foi parecido com a grande arrancada, antes da lesão.

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