Opinião

O Grêmio não foi a Caxias do Sul

Olhando apenas para o que se viu no jogo recém finalizado, a impressão que se tem é que o título da Copa do Brasil na cabeça dos atletas virou salvo-conduto, liberando a equipe para trotear em campo.

Há inúmeras justificativas para amenizar a derrota, a "copa do mundo" que o Caxias fez, a segunda partida da temporada, a desconcentração do time, a saída de Walace, a rotineira má atuação de Jean Pierre Lima, etc... Porém, eu fico com a causa que aponta para a falta de entrega, de pegada e a falta de qualidade em determinados "fundamentos" como a imperícia de Pedro Rocha, que perdeu dois gols feitos na primeira etapa e a bola aérea defensiva azul, que vazou, novamente.

O Caxias marcou o centro de referência do time, Douglas mais o melhor jogador, Luan, desta forma, as escassas chances que o time obteria, o Grêmio não poderia vacilar, caso das citadas (Pedro Rocha).

Marcelo Grohe é um caso à parte: Pênalti não é responsabilidade do arqueiro, mas o que justifica aquele movimento de flexionar um dos joelhos no meio da goleira, que ele já "utilizou" várias vezes e oferecer os cantos para o adversário? Será que é uma técnica para ludibriar o batedor? 

Leonardo fez uma partida regular sem produzir nada de relevante; Pedro Geromel e Kannemann, erraram nos lances aéreos, embora o segundo gol tenha sido em cima de Marcelo Oliveira, como tantas vezes vimos na "Era Roger".

Jaílson, muita movimentação, mas andou fora da posição, especialmente na segunda etapa.  Comprometeu. Maicon e Douglas, o primeiro, apático, o segundo, não conseguiu sair da marcação grená. Afundou, junto com ele, afundou o time.

Ramiro: Dentro do que se espera dele, não destoou. Fez o seu feijão com arroz. As vitórias dificilmente surgirão por obra dele, igualmente, não dá para por na sua conta essa derrota.

Luan não entrou em campo. Nada de produtivo. Pedro Rocha; Renato não poderá ser refém daquela atuação dele diante do Galo. É banco, grande alternativa para determinados jogos, assim como Éverton, que errou tudo hoje. Não para ser titular.

Jael, bom! Não estreou hoje. Vamos deixar assim.

Miller Bolaños tem aquilo que está se tornando raro no futebol brasileiro: A eficiência nos arremates. Ele vem demonstrando para todo o mundo, que fazer gols é uma arte.

Renato conhece muito e deve ter observado esses pontos com maior nitidez e saberá ajustar o time e apertar os atletas na questão do comprometimento com a disputa do Gauchão.

A derrota é um sinal de alerta.