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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Opinião



As Boas Notícias da Classificação

Uma passagem de fase emocionante, vibrante como a que ocorreu com o Imortal Tricolor, deixa consequências; a maioria, positivas.

A classificação da forma como ocorreu, levanta o astral de todos os gremistas: Torcida, Direção e Boleiros, mas há outras notícias importantes.Vamos a elas:

- O time correu o tempo todo, inclusive o lateral Leonardo Moura aguentou bem mais tempo em ritmo competitivo. Ponto para a preparação física
- A volta do futebol vertical com uso das laterais, abrindo mão do inevitável "chuveirinho", muito comum em horas de desespero, deve ser saudado
- A intensidade da equipe o tempo todo, substituiu o toque-toque pretensamente "acadêmico" que tanto deleita os adversários, foi responsável pelo triunfo
- A classificação trouxe o entusiasmo e uma nova cara, um novo olhar da torcida para alguns jogadores visto com ressalvas, casos de Alisson e do próprio Leonardo Moura. Até André, autor do tiro livre que sacramentou a vitória, receberá da massa uma trégua nas críticas

Além disso tudo, Renato se rendeu a lógica; ou seja, usar o time titular no Brasileiro, poupando no máximo dois ou três titulares.

Com isso, a mídia informa um time forte para encarar o Botafogo: Marcelo Grohe; Leonardo Gomes, Paulo Miranda, Walter Kannemann e Bruno Cortez; Cícero (eu duvido desta informação), Maicon, Luan e Alisson; Jael ou André e Éverton.

Se os resultados paralelos ajudarem e o Grêmio fizer a sua parte, ele encosta nos líderes.


13 comentários:

  1. Quanto ao tom oba-oba do comentário discordo completamente. E o seu comentário seria outro se a bola do Alisson batesse na trave e fosse pra fora (mas o jogo seria exatamente igual!) Não vi nada que entusiasmasse, considerando que o Grêmio se interessa por título e só por título, e não apenas por campanhas suficientemente boas que já sirvam para manter discursos - e suspeito que essa coisa acomodada seja a situação dentro do Grêmio e em boa parte da torcida. Torço para que o inter continue bem: aparentemente é a coisa que mais desafia a acomodação gremista. Talvez os gremistas no sul estejam numa "bolha", que quase foi estourada. É fácil entrar nessa, sob conversas diárias nas escolas, universidades, no trabalho, nos botecos, etc, em que ignoram os adversários e só veem o Grêmio (e o inter), promovendo a esperança mútua para o bem estar de todos tal qual uma seita, e ainda sob sob uma imprensa oba-oba e extremamente bairrista que busca na alimentação da esperança e otimismo delirante captar a sua audiência, o seu ganha pão. A pressão do ambiente forma e deforma opiniões no rumo da maré. Essa entrega ao sentimento de que as coisas conspiram a favor, ou outro pensamento mágico não dá certo em futebol por longo tempo, e tudo isso me lembra muito o oba-oba da midia ufanista e torcida pela seleção brasileira, antes de cada eliminação, depois das quais, e só depois, brota a razão, só depois do apito final do árbitro.

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    1. Desta vez tu estás enganado;mesmo quando Luan foi criticado jogando bem nas últimas partidas, não mudei de opinião à respeito de suas atuações. Fiz reparo apenas quanto à imprevidência do técnico em acatar a insistência dele em cobrar penalidades.
      O mesmo ocorreria com a desclassificação, porque o Grêmio jogou muito bem; encaixotou o Estudiantes. Ouvindo mais tarde Muricy Ramalho sobre o jogo, me convenci que o que eu vi de bom, outros viram também.

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    2. Eu não ouço transmissões brasileiras, me dão nó no estômago, tiro o som direto. Mas gosto muito das opiniões do Muricy, mas nem sei em que emissora trabalha. Se você souber quando ele for comentar um jogo do Grêmio coloque no post pré jogo. A opinião dele é altamente qualificada.

      Mas nessa discordo dele. Foi paciente, pelo jeito.

      Já ouviu crítica nessas transmissões de TV contra gringos? É só oba-oba voltado às torcidas, o grosso da audiência, essa é a onda, já escrevi sobre isso várias vezes aqui mesmo no blog, são animadores de show. Muricy diante de um mal jogo não fará oba-oba, mas é "compreensivo".

      Encaixotar é como posse de bola. Pode ser algo estéril, como foi. O Estudiantes não tem força ofensiva, daí que foi contido, mas o goleiro (que colaborou) trabalhou só no chute do Jailson. River, Independiente, Boca, Palmeiras e Cruzeiro tem ataque, eles são minhas referências para título. Tem mais que uma pré temporada até eles, é preciso mais que coisas estéreis.

      Foi o Luan que insistiu em voltar a ser o batedor, depois de desistir ano passado cedendo a Edilson e Barrios essa condição, ou foi ordem justamente do BS? Jael, ontem, tomou a bola e pediu para bater - quem bateria se ele não pedisse?

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  2. Se Alisson estiver no time como novo titular eu me sentiria um pouco mais otimista. Mais ainda se Michel e Matheus, tendo condições físicas, tomarem a volância depois. Com Maicon e Cícero não passa pelo Tucumam, será uma porta aberta até a dupla de zaga. Se o time não mudar cravo que cai, senão antes, nas semifinais. Brasileirão sem mudanças e sem colocar reservas? Briga por G4, sendo otimista, título não. Se fixa mais ou menos onde está. O Flamengo terá mais energia agora, fora da LA, e quer o Brasileirão. O Palmeiras pode se fortalecer também, se cair na Copa do Brasil ou LA: dois times melhores que os que estão na frente e que não tem campanha tão prejudicada como o Cruzeiro. São Paulo e Inter não tem menos time que o Grêmio atual e, a essa altura, segundo turno já, podem continuar bem, não são tartarugas no poste, ainda que não terminem tão bem como estão, cairão poucas posições.

    Alisson, Moura e André continuam os mesmos. Moura merece a titularidade, como merecia antes, Alisson merece desbancar Ramiro, como merecia antes e André continua uma naba como era antes. Como já coloquei, André foi contratado para que o jogo não fosse para os pênaltis, mas nem a titularidade mantém - e olhe que o Grêmio adoraria que fosse titular, pelo que gastou (torrou) com ele, ao menos para repassá-lo e recuperar parte da grana. Precisa ser muito ruim para perder a vaga no time, é reserva de Jael, o resto é defesa de tese contra os fatos do campo.

    "Correr"... correu também contra o Independiente no início do ano e também não venceu no agregado, nem mesmo uma partida venceu, com dois jogos e prorrogação quase todo o tempo com um a mais - nos dois jogos mais prorrogação! Se apenas correr mais baterá na máxima: "entra motivado e perde motivado" mais adiante, talvez contra o próprio Independiente completo, apesar do favoritismo do River Plate. Também não lembro de jogadas pelos flancos com cruzamentos - muito menos cruzamentos bons, da linha de fundo para trás, de frente para o ataque, nada disso aconteceu ou acontece no Grêmio atual. O futebol não foi vertical, foi o velho cerca-cerca do Grêmio que nem rifada tem. Rifada é ruim, mas quando não tem nada melhor é preciso. Mas nenhum centroavante do Grêmio se impõe na área - e os raros cruzamentos não tem precisão. Pior ainda, um cerca-cerca que é uma peneira a qualquer time que enfrente isso com alguma qualidade e saia para o jogo, o que obriga o time a recuar para corrigir o perigo, e nisso cai facilmente em retranca, porque não tem equilíbrio, mas como não não sabe se retrancar vira um horror, um salve-se quem puder. Já vimos essas dificuldades, as pessoas esquecem.

    O "toque toque" criava no ano passado umas seis chances claras, o problema é que virou "tico-tico" por destruição de qualidade. E esse tico-tico permanece e permanecerá, é como um vicio, a solução é reincorporar qualidade ao tico-tico medíocre atual e voltar ao toque de bola decente, que termine na cara do goleiro, como fazia nos 4 meses mágicos acidentais do time no meio ano passado, de abril a agosto, desde a entrada, por lesões, de Arthur e Barrios até a saída de Pedro Rocha e outros depois.

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    1. Pedro Rocha é um atleta que evoluiu muito, mas não dá para omitir que após sua saída, o Grêmio ganhou três títulos dos quatro da era Luan/Renato. Não se explica o decréscimo pela saída de Barrios e Pedro Rocha. Arthur sim, este faz uma falta danada, mas com o tempo, ele fará falta imensa até ao Barcelona.

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    2. Acho que você esqueceu do Rocha, ou não o viu, existe uma coleção de lances que mostram a complexidade dele, para relembrar. A torcida simplesmente não o via, Luan era "o cara", dizia a midia. Ganso jogava mais que Neymar até ter os ligamentos do joelho rompidos num jogo no Olimpico num Brasileirão, mas Neymar era mais fácil de "vender", ainda mais com cabelo de calopsita, era a mesma situação. Para muitos gremistas, Rocha foi do início ao fim apenas um centroavante que fazia dupla de ataque com Luan, o que não é verdade desde meados de 2016. Era do meio para a frente o cara mais moderno, inteligente e impetuoso do Grêmio. Era a farofa nesse feijão aguado do meio-campo do Grêmio. E quando desfalcava, o time jogava do jeito que jogou depois: tico-tico sem soluções. Rocha era fundamental naquela pilha de chances que o time criava, Barrios era qualificado para concluir. Eu defendo o Arthur desde o ano passado como craque e várias vezes o coloco como o top3 daquele Grêmio, com Geromel e Rocha. Mas destes três cito Rocha porque foi este que saiu ano passado. A mudança no time para pior em agosto foi rápida: logo rarearam as chances de gol, mas manteve-se ainda suficientemente forte para ser campeão, ainda que rifando bolas, especialmente na Arena, onde o espaço é menor e a demanda por qualidade e criatividade maior.

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    3. Problema do ano passado, após a saída do Pedro Rocha, é que quem foi fixado como substituto foi Fernandinho, e não Everton. Mesmo assim, quem reclama, hoje?

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    4. O problema não é reclamar hoje, mas reclamar no fim do ano. Eu reclamo agora, antes da vaca ir para o brejo.

      Michel e Matheus; Ramiro, Luan e Pedro Rocha; Everton. Esse time seria melhor que o que terminou o ano e seria favorito a qualquer título que focasse, se Luan e Ramiro subissem como no ano passado de produção - como eu dizia do Grêmio entre abril e agosto/2017, quando inclusive protestava contra a preterição de qualquer competição, tal o poder de fogo que tinha. Todos estão aí, exceto Rocha.

      Tanto Fernandinho quanto Everton não são concorrentes de Rocha. Não articulam. Everton tem talento para isso, mas ainda não faz isso, a prioridade dele é sempre o ataque, como um ponteiro. Fernandinho e Everton são jogadores de confronto. Rocha sabia meter caneta, elástico, lençol, cavadinhas, arrancadas, entradas na área com cabeceio, etc, mas na boa, virou meia e dava muita retenção de bola, mesmo porque marcava bem também. Rocha e Everton são do mesmo nivel, mas é como comparar Geromel e Everton: quem é melhor? Não dá para fazer tal comparação. Mas para o trio de meias Rocha é superior. Inclusive Rocha pifava Everton.

      Observe o trio do Cruzeiro: Robinho, Thiago Neves e Arrascaeta, todos meias de verdade, por isso tem mais consistência, tomou pressão do Flamengo em casa, mas diferente do Grêmio tinha condições de sair e saber o que fazer com a bola, e perdeu grandes chances até para vencer, não só empatar. E terão o Sassá à frente do trio de volta, que vinha fazendo uma grande temporada, antes de se lesionar.

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    5. Rodrigo
      Sinceramente, acho o Pedro Rocha um bom jogador, um cara útil, interessado, mas se comparado com o Luan, ele fica bem abaixo; jamais será o centro e referência do time.
      Sem Luan, o Grêmio dificilmente ganharia os 4 títulos. Ele foi fundamental em todos.Obviamente, ele estava em todas as conquistas.

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    6. Rocha foi um Grohe para você, se vê. Fernandinho foi um André. Luan o Dida. Desligue o som da TV e algumas opiniões se modificarão, sem pressão lobotomizadora. Ontem numa tv vi uns caras de braços cruzado de diferentes clubes, uma montagem, todos fazendo cara feia: os "líderes" dos times bam bam bam... Havia um do Grêmio: Luan. Isso é o fator Mickey Mouse que falo. Pega números, eles são enganosos. Ramiro ganhou mais que Giuliano também. Quem não interessa fica. Luan estará presente em todos os pôsteres que vierem, sempre como o Mickey Mouse - Everton não, não é badalado e, além disso, tem mais bola para interessar o exterior que esqueceu o Luan.

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    7. Rodrigo
      Acho que você tem memória curta;Pedro Rocha, eu nunca desisti, assim como Éverton, sempre entendi as oscilações destes jovens como naturais; natural não foi a ascensão meteórica de Arthur (que bom para nós).
      Pedro Rocha jamais poderá ser comparado com Grohe, porque o menino, assim como Alisson, goleiro do Inter, esses dois subiram e já estão brilhando na Europa. Eu não cometeria essa comparação esdrúxula. Grohe está na 19ª temporada no Grêmio sem que uma oferta concreta tenha aparecido pelo seu concurso.

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  3. Glaucio
    A verdade é que no ano passado, Éverton quando saiu jogando não confirmou. Fernandinho deu uma boa resposta, aliás, mais rápida que era o que o time precisava pela ausência de PR.

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    1. Everton confirmou muito sempre que entrou no lugar de Barrios. No 3x3 com o Cruzeiro, gol e dois milagres de Fabio (um deles num cabeceio no cantinho, baixo no cantinho), no 6x3 com Chapecoense, 3 gols, etc. Tinha mais gols e maior média de gols por minuto em campo que o titular. Vale o que disse sobre Pedro Rocha: Reveja jogos ou compactos, como estes, como no 3x1 contra Ponte na Arena (cabeceio, coisa que Fernandinho, que só sabia correr, não tinha). Não congele lembranças que servem às teses apenas.

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