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sábado, 16 de novembro de 2019

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (225) - Ano - 1949



Dedetizando o Flamengo: 5 a 1

Fonte: https://anotandofutbol.blogspot.com/

O Brasil  se preparava para sediar a Copa do Mundo de 1950, por conta disso, a movimentação em torno do esporte bretão era alucinante, assim, os clubes do eixo Rio-São Paulo arriscavam excursões para lugares distantes (!!!) como o Rio Grande do Sul e Nordeste.

Foi o que fizeram Flamengo e Fluminense há exatos 70 anos, 1949. Coube ao Grêmio receber o "o mais querido do Brasil" no Estádio da Montanha, pertencente ao Cruzeiro, no dia 09 de Junho.

O Grêmio vivia uma década de vacas magras, época do Rolo Compressor, de um único título (1946); antes, o último em 1932, mas o time atual prometia quebrar a hegemonia vermelha. Havia um grande goleiro (Sérgio Moacir), dois beques seguros (Clarel e Joni) e um ataque arrasador com Hermes, Geada e Ariovaldo, mais conhecido como Detefon, um ponta esquerda goleador. Na foto, agachados (segundo, terceiro e quinto, respectivamente).

Com o árbitro do mundial do ano seguinte, Mário Vianna, no apito, Otto Pedro Bumbel escalou o Imortal com: Sérgio Moacir; Clarel e Joní; Hugo, Nelson Adams e Alegretti; Teotônio, Hermes, Geada, Álvaro e Detefon. Entrou ainda Danton no lugar de Adams.

O mitológico treinador Kanela (Togo Renan Soares), que brilhou como técnico campeão do mundo de basquete pelo Brasil, era tio de Jô Soares, utilizou: Garcia; Juvenal e Norival; Alfredo II, Bria e Beto; Bodinho, Gringo, Durval, Jair da Rosa Pinto e Esquerdinha. Participaram também; o goleiro Barqueta, Valter, Luizinho e Luiz Rosa. Nomes famosos como Garcia, o gaúcho Juvenal (lembram da time de 50 que começava com Barbosa; Augusto e Juvenal?), Gringo, ex-Grêmio e a dupla ex-Rolo Compressor, Luizinho e Bodinho. O craque era Jair da Rosa Pinto, o Jajá de Barra Mansa, também participante da Seleção de 50 que naquele ano iria para o Palmeiras.

Logo aos 4 minutos, Esquerdinha botou os visitantes à frente no marcador, mas logo um acontecimento se mostrou decisivo para o restante da partida: o arqueiro Garcia saiu lesionado, sendo substituído pelo veterano e desentrosado Barqueta.

Aos 29 minutos, o craque do time, Hermes, empatou. Aos 32, Detefon virou e no último minuto do primeiro tempo, Álvaro ampliou. 3 a 1.

No começo da segunda etapa, 1 minuto, Teotônio construiu a goleada. 4 a 1.

Aí, só deu Flamengo que apertou o Tricolor em seu campo, porém, Sérgio, o guarda-metas gremista estava num grande dia e a bola insistiu em não entrar.

Aos 43, contra ataque fulminante azul e Detefon marcou de novo, encerrando a goleada. 5 a 1.

Os rubro-negros ficaram atentos ao bom futebol de Hermes Conceição; no ano seguinte, o craque vestia a camiseta da Gávea, onde brilhou intensamente. 

Geada marcou o gol do título gaúcho daquele ano num Grenal, quebrando a sequência colorada e Ariovaldo Wendt, o Detefon que ganhou esse apelido, porque destruía os seus marcadores, seguiu a sua sina de entortar adversários. 

Morreu em 2016 com 90 anos.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro. 



4 comentários:

  1. Historicamente, os jogos em Porto Alegre sempre foram difíceis. Apenas seis vitórias dos rubro-negros, em 50 jogos na Capital do Rio Grande do Sul.

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  2. Desconfio que a escrita será mantida hoje, Alvirubro.

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    1. O Flamengo sofre em Porto Alegre: contra o Inter são 52 jogos e sete vitórias deles.

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  3. Com a proximidade da decisão da LA, é natural a desestabilização emocional do grupo.
    O Grêmio pode se aproveitar disso.

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