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domingo, 15 de maio de 2022

Opinião




O Que se Desconfiava 

Alguém (ou muitos) deve(m) dizer: "quem não sabia?", mas eu sempre tive um resguardo para "bater o martelo" e ser definitivo sobre o vestiário conturbado Tricolor que afetou drasticamente o que se viu dentro das quatro linhas, quando nominalmente, ele não tinha como cair... e caiu.

A excelente reportagem da ZH deste final de semana, o autor é Marco Souza, tratando sobre os 350 jogos de Pedro Geromel e sua trajetória fantástica no Grêmio, ela tem um trecho que raramente se vê com o atleta ainda em atividade, ou seja, revelar assuntos de "economia interna". Para ser correto, na verdade, é o pai do capitão que diz:

— O rebaixamento magoou muito ele. Sentiu muito mesmo. Ele nos dizia que tentava conversar no vestiário para ajudar, mas muitas vezes via que ficava ainda mais difícil. Eram dois puxando para a frente, dois para um lado e dez empurrando para trás. Foi muito complicado para ele assimilar. Por isso, o empenho dele agora é em colocar o time novamente na Série A — revelou Valmir, que ao lado da mãe de Geromel, Eliane, estará em Itu acompanhando ao jogo do filho.

É incrível que nem direção, nem os comandantes técnicos tiveram competência e/ou autoridade para estancar essa sangria no elenco do Grêmio a ponto de  descer e permanecer no Z4 todo o campeonato.


26 comentários:

  1. Marcelo Lopez15/05/2022, 13:08

    Pois então Bruxo. Era essa a impressão que passava.
    Vários "sub-grupos" ganharam vida e força entre si.
    Devia ser os grupos dos cascudos, o grupo do pagode, o grupo dos é us guri.

    Pai e mãe omissos...a bandalheira tá feita.

    Matheus Henrique putiando o chefe para todos verem foi um sintoma da doença instalada.

    Deu no que deu...

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  2. Posta aí um link pra essa reportagem, não achei...

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    1. https://gauchazh.clicrbs.com.br/esportes/gremio/noticia/2022/05/350-vezes-geromel-zagueiro-do-gremio-alcanca-marca-historica-contra-o-ituano-cl3500egi0042019ivbb0p6et.html

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  3. Pois então Bruxo. Estava visto que alguns "sub-grupos" ganharam força e vida.
    Dos Cascudos, dos pagode, dos é us guri....

    Pai e mãe omissos a casa vira uma bandalheira.

    Matheus Henrique putiando o chefe ao vivo no gramado foi o sintoma que a grande doença já estava instalada.

    Deu no q deu...

    Marcelo Lopez

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    1. A Direção assistiu a tudo passivamente. Isso mostra que o Renato segurou muita onda. Bruxotricolor.

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  4. Lembram das condições tradicionais ideais para rebaixamento que me referi em post anteriores? Pois é!
    A boleiragem, quando quer, seja qual for o motivo, provoca essas peças. Nítido, claro. Vide o Cruzeiro. Praticamente o mesmo plantel que foi campeão, caiu. E eles ainda tiveram o adicional da situação financeira. Pois é! O Botafogo de 2021 namorou com o Z4. Colocaram os salários em dia e o resultado é conhecido. Pois é! Vários daqueles que costumo denominar de “figurinhas carimbadas” passaram pelo Grêmio nos últimos anos. Quer contaminar um grupo? Traga os famosos boleiros. Nesta situação caótica, lideranças positivas como Geromel, Maicon e outros pouco podem fazer. Invertesse os valores. O mal vence o bem.
    Também me referi que parte da culpa está no Renato. Um misto de herói e carrasco. Herói por tudo que já fez pelo Grêmio, carrasco ao dar aval às “figurinhas carimbadas”, boleiros como ele. A principal razão de não concordar de que o tricolor seja um “recuperador de decadentes”, um hospital, é essa. Em alguns poucos casos acerta-se como o de Cortez e outros. Em outros, na maioria, a influência negativa contamina (onde andam André, Tardelli, Marinho, Thiago Neves, …). Renato, conhecido por “gerenciador” de grupos foi conivente e falhou flagrantemente.
    Também me referi ao Bolzan embora outros, com criticas mais contundentes, atribuíram mais a ele. Sim, um presidente, em última análise, é a figura responsável pelas glórias e fracassos. No entanto, deve-se olhar o contexto. Depois de Koff, tem se revelado o melhor presidente. Em algumas situações, como no caso, fica “amarrado” pelas circunstancias politicas e operacionais momentâneas. Não possui “carta branca” para decidir tudo. Apesar disso, apesar de suas “pretensões politicas externas”, apesar da convergente culpa no rebaixamento, ainda é de respeito. Mudou o patamar do clube. Quem vinha tentando se recuperar (o Grêmio), formalizou um processo que levou a títulos importantes e saneamento financeiro.
    Alguns põem em duvida a real situação financeira. Porém é nítido que, mesmo não sendo das melhores do país, é uma situação “confortável”.
    Oferecemos uma das melhores estruturas para atletas do país; oferecemos uma saúde financeira, no mínimo, boa; oferecemos uma situação politica interna razoavelmente consensual, sem problemas midiáticos (como você bem colocou e que agora me foge o nome do autor dirigente da celebre expressão dos anos 60/70 “questão de economia interna” que deve continuar como um “mantra”); oferecemos uma das melhores torcidas (apesar de alguns problemas pontuais que todos possuem); oferecemos um dos melhores clubes do país, sem bairrismos ou utopias. Num cenário desses, o plantel de funcionários que culmina nos atletas das quatro linhas devem ser resguardados de influencias nada elevadas, que chegam a tumultuar ambientes dos mais sólidos.
    Não nos interessa astros, midiáticos. Não nos interessa “Ronaldinhos Gaúchos”, uma das maiores revelações da história, porém daquelas “figurinhas carimbadas”que contaminam grupos. Não nos interessa Ferreirinhas de relações conturbadas e, sem ter provado ser essencial e “de grupo”, se considera um astro a parte. Não nos interessa Douglas Costas que não passam de jogadores medianos de sucesso, que não possuem humildade.
    Não, não desejamos “anjos”. Anjos estão em outro patamar e atividade que não o futebol.
    Queremos profissionais que honrem seus contratos, que sirvam de exemplo para um clube formador, que possuam “brios”, que, bons de bola ou não, operários ou não, se doem, tenham atitude, joguem o melhor que podem do inicio ao final de uma partida.
    Serão estes últimos que levarão o clube ao seu devido lugar.

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    1. Tomara, Arih (refiro-me ao último parágrafo). Essa experiência tem que deixar lições.É buscar na base e também, descobrir revelações no mercado e formar um grupo que, além de subir, participar de um novo elenco saudável, sadio e com potencial para buscar títulos.

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    2. Isso é que me espanta: deixar lições. Já não bastou as anteriores? Já não bastaram 120 anos?

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    3. Outro mantra, essa da torcida: buscar na base. Já fizeram as contas: centenas de garotos passam pela base e menos de 10% realmente vingam. Alguns não se encaixam, outros poucos se encaixam no momento da equipe. Quantos garotos da base você conhece que não se encaixaram no time daquele momento e estouraram em outro clube. Se não me falha a memoria, uns dois ou três se encaixam nesta constatação. A maioria sucumbiu às exigências ou ao anímico.
      Tivemos times vencedores com alguns da base, mas são exceções e estavam mesclados com mais experientes, líderes.
      Veja os últimos que saíram de Eldorado. Onde está o "craque das Américas" Luan? Se encaixou muito bem naquele time e hoje vive no ostracismo. Vários exemplos.
      O que desejo dizer é uma constatação que todos possuem, mas esquecem quando criticam: é uma injustiça jogar responsabilidades em quem ainda deseja se afirmar, por outro lado, poucos realmente vão se encaixar.
      Pela urgência da situação, tem que contratar quem se encaixe naquela definição do penúltimo paragrafo.

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  5. Joao Henrique Hollerbach15/05/2022, 20:18

    Resultados de hoje deixaram o Grêmio fora do G4. E o pior: o Grêmio deixou a "cobra criar asas" ao perder para o Cruzeiro que agora é líder apesar de ser um time fraco na minha opinião. Amanhã é "ganhar ou ganhar".

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    1. Realmente, deram asas. O anímico do Cruzeiro, Vasco, Bahia e Sport está em alta.

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    2. Cruzeiro, Vasco, Bahia e Sport tem uma coisa que a direção do Grêmio conseguiu tirar do clube: o apoio do torcedor! Os quatro citados são times ruins, mas provavelmente dois deles irão subir por causa do bafo do torcedor nos jogos em casa. O Grêmio, que continua se achando o Real Madrid brasileiro, afugenta o torcedor da Arena, é complacente com horários esdrúxulos e com jogar uma única vez na Arena durante um mês inteiro. É a receita perfeita para a permanência na segunda divisão.

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    3. Rafael
      Acrescento o Botafogo, embora ser de outra Série. A torcida está enlouquecida.

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  6. João
    Vi 10 minutos da etapa final (20m aos 30 +ou-) e o Náutico é "podre", mas como tu disseste a cobra começa a criar asas. Mais um rival que eu achava descartado.

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    1. Se enquadra no que falamos das SAF, do anímico que o momento lhes ofereceu. Darão muito trabalho. O Grêmio como um todo terá que arregaçar as mangas. Do contrario, o mofo tomara conta.

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    2. Arih
      O meu post a seguir, tem muito a ver com este teu comentário.

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  7. Já ouvi um ditado que retrata bem a situação atual do time: por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento.

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  8. Bruxo. Este depoimento do pai do Geromel resume e muito os acontecimentos internos do Grêmio. Ótimo post!

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  9. Rodrigo
    O que impressiona é a inação da Diretoria e demais dirigentes na época.

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    1. Queriam mais era ver o circo pegar fogo, Bruxo.

      Curiosamente, aqueles que botaram gasolina no fogo, desapareceram.

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  10. Esse depoimento só reforça a bagunça que virou o Grêmio. Presidência, diretores, conselheiros... O que essa turma vem fazendo desde 2018/2019? Só coisa errada. É o tal do rebaixamento esportivo e institucional.

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  11. Qual era o dirigente que falava muito a expressão "questão de economia interna", alguém lembra?

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  12. Realmente. Havia esquecido. Creio que faleceu a duas décadas. Era um gentleman. Obrigado.

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