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domingo, 4 de fevereiro de 2024

Opinião




A "Safra" é muito ruim 

Renato é um dos principais treinadores brasileiros, isso parece consenso na mídia nacional. Se elencarem os cinco melhores, ele está dentro. Então, porque a ronha de parcela da torcida com ele?

Porque a safra de treinadores brasileiros é muito ruim, o que não significa que (eles) não ganhem polpudos salários. Quem são os considerados "top": Tite, Dorival Jr., Renato, Luiz Felipe, Fernando Diniz. Quais outros? Rogério Ceni, Fábio Carilli, Cuca (que foi cancelado), Mano Menezes?

Luiz Felipe anuncia que vai parar no final do ano, Diniz ganhou a LA graças aos erros de finalização do Inter, Mano Menezes emenda um trabalho insuficiente atrás do outro, sobram Tite, disparado o melhor e Dorival que é um técnico "feijão com arroz", se fosse aluno é o cara da nota 6. Avança por ser mediano. Verdade? Basta ver que até a CBF andou atrás de treinador estrangeiro, mas como a bagunça é grande por lá, todos não quiseram assumir a bronca.

No caso que nos interessa (Grêmio), optar por um dos "melhores técnicos brasileiros", não significa agregar qualidade, tem que olhar a concorrência, senão, fica como ganhar o Regional em cima de uma fase horrível do Coirmão e todos os limitados clubes do interior + o Zequinha. 

Fica a pergunta: O mercado de técnicos nascidos no Brasil é parâmetro?

12 comentários:

  1. Post bem interessante.

    Minha opinião sobre os técnicos aqui mencionados:
    Tite - muito qualificado, estudioso, costuma gerir razoavelmente bem seus grupos, mas eventualmente se abraça em alguns jogadores e acaba não abrindo mão de certas convicções (exemplo: Taison na Copa). Mas pra mim também é o melhor brasileiro em atividade.
    Felipão: monstro, ídolo. Meio retranqueiro...mas o véio é sinistro, na minha opinião. Principalmente se dão um elenco meia boca pra ele, aí ele tira leite de pedra porque se sente desafiado.
    Diniz: bastante conceitual, por vezes teimoso. Demora muito tempo para ajustar seus times, mas não se pode negar que ele tem identidade e é autêntico. Mas não é um perfil de treinador que me agrada.
    Dorival JR: feijão com arroz. Sim, realmente não é daqueles que inventa moda. Se adapta rápido às situações e dá padrão rapidamente aos seus times. Não é um técnico digamos autoral, mas acho bem competente. Fazer o simples pode ser uma virtude hoje em dia.
    Cuca: meio maluco, os times dele geralmente jogam um futebol feio e de resultado. É técnico pra Seleção Italiana.
    Renato: é um gerente da boleiragem. Não se vê o Renato ser demitido porque perdeu o grupo. É um grande mérito seu. Também não é um estrategista como Felipão e nem autoral como Diniz. Diria que está próximo de Dorival Júnior em questão de perfil, mas não ajusta seus times com a mesma rapidez.
    Mano Menezes: ultrapassado.

    Comparando a safra de treinadores brasileiros com os argentinos ou portugueses, nós estamos anos-luz atrás. Torço para que apareçam mais treinadores jovens, como o Carpini, e que mostrem resultado. O futebol brasileiro precisa dessa renovação.

    Anderson Biassus

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    1. Bela analise dos perfis, Anderson. Tenho comigo que o Renato perdeu a motivaçǎo. A gestão de vestiário dele, que muitos subestimam, é muito mais difícil do que a repetitiva parte tática. Mas essa veio ao natural. A que ele precisava desenvolver, terceirizou, ou nunca fez questão de buscar. Com isso ficou no meio do caminho, se agarrando a posição de pseudo destaque num mercado que não é mais referencia no esporte.

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  2. Bruxo, eu vou além pra contribuir com a tua análise. Eu acho que o futebol como esporte está entrando numa era de pouca inspiração, onde tem muito dinheiro rolando e falta ambição técnica, futebolística aos profissionais em geral. De atleta a treinador, todos vivem de marketing e imagem eletronica, e o principal fica em segundo plano, que é a busca incessante pela superação dos limites, a sede de vencer, o trabalho árduo pra melhorar fundamentos da profissǎo.

    Jogadores não treinam falta para evitar lesão. Treinadores se especializam em doutrinar a mídia com falácias bobas pra enrolar mais tempo nos cargos ao invés de fazer a auto culpa e corrigir seus erros.

    Só pra ficar em dois citados, o Mano e o Renato fazem exatamente a mesma coisa há mais de década - investem nas Copas e deixam os campeonatos de lado. Montam uma panela de jogadores rodados pra dividir a responsabilidade, mas recusam o trabalho de formiguinha de desenvolver novos talentos. Protegem jogadores desleixados e mimados - O Grêmio na virada do ano botou a culpa da perda do titulo no erro de arbitragem em Itaquera, no poder de investimento dos rivais, e na logística das viagens. Mas ninguém falou da derrota pros reservas do Fortaleza onde o camisa 10 chutou um penalty nas nuvens, ou dos pontos preciosos perdidos contra o Bragantino pela falha individual de um atleta que nem era pra estar no grupo. Derrotas para Santos e Vasco onde nitidamente faltou gana de vencer sumiram da analise.

    Assim que Messi e Cristiano Ronaldo pendurarem as chuteiras, vai levar um tempo até aparecerem outros do mesmo nível. Ontem assisti a Real Madrid vs. Atletico de Madrid. Foi um jogo de uma pobreza técnica absurda. Acompanho o campeonato ingles de vez em quando. É um festival de ferrolhos táticos de doer os olhos. Não é só no Brasil portanto.

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    1. Bah, esses dias me deparei com Valencia e um outro time lá que não lembro o nome.....é de dar sono....tenho vontade de assistir futebol europeu....mas dá uma preguiça... (com o perdão da incoerência)

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    2. Vinnie, vejo por aí também. O futebol vai cada mais pro lado da indústria do entretenimento, sempre teve um pé nela mas agora a coisa tá cada vez mais complicada. Outro exemplo são esses times-estado usados como campanha publicitária e financeria do Catar, Emirados Árabes e Arábia Saudita lá na europa e sempre ganhando um tapinha nas costas do poder público e privado de lá. Sem falar no Campeonato Saudita bem "natural" jogando dinheiro pra cima. Ainda nos "poderosos" europeus ronda o cada vez mais forte espectro da Superliga que ia transformar de vez o futebol de lá em mais uma atração que as pessoas consomem. Sem falar nessa indústria das apostas...

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  3. Desvirtuando da tua ótima reflexão, Bruxo. Tô com medo desse falado pacotão de reforços, se for contratar por contratar é melhor ficar com os meia-boca que já estão aqui do que trazer mais jogador meia-boca pra inchar o elenco e agradar bravateiro de TV/Youtube e torcedor maluco de internet. Espero estar errado e que chegue gente de qualidade pro time, mas tenho medo.

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  4. Um amigo meu, um dia me falou que o bom deste blog, não era o meu texto, mas os comentários.
    Olhando os de hoje, eu tenho que concordar com ele.
    Show.

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  5. Lipatin
    vou com a máxima do Tiririca: pior do que tá, não fica.

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    1. Marcelo Moreno com um contrato tipo o Diego Souza tinha?

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  6. Glaucio
    O Moreno está mais para Tardelli do que Diego Souza. Não confio nas intenções dele.

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    1. Viu como pode ficar pior? rsrsrsrsrs

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