Páginas

domingo, 23 de junho de 2024

Opinião



Para Pensar 

Brasileirão de 2023, classificação final: Palmeiras, campeão, 70 pontos, 20 vitórias, 33 gols sofridos em 38 rodadas; Grêmio, vice, 68 pontos, 21 vitórias, 56 gols sofridos nas mesmas 38 rodadas. Resumindo: Aquele campeonato desprezado por parte da torcida Tricolor por ser de cartas marcadas, esteve há dois empates (venceria no número de vitórias) ou apenas 1 triunfo. Foi incompetência pura, assim como o Botafogo, mas aí é problema da torcida dele. O Grêmio teve um extra classe no comando do ataque que se virou sozinho, então, a tarefa era apenas ajeitar o setor defensivo. Tarefa realizável, com certeza.

Pois bem, o Nacional/23 iniciou em 15 de Abril e depois de 9 meses de 23 + 6 de 2024 (Mais de 15 meses), o treinador gremista não conseguiu ajustar o sistema defensivo e o clube segue empilhando defensores (goleiros e zagueiros), sem estancar o vazamento. Aquisições com o aval dele.

Neste momento, o Tricolor jogou 9 partidas e os goleiros já foram buscar a bola nas redes, 11 vezes. 

O argumento da calamidade que se abateu sobre o nosso Estado, não pode ser o guarda-chuva para absorver os equívocos e absolver a Direção e, em especial, a Comissão Técnica gremista deste fraco desempenho de 2024. Sorte que pegou um grupo fraco na LA e há a parada deste torneio por quase dois meses.

Chance para a Direção acertar a mão daqui para frente, mas pelo histórico dela, nada será feito com consequência positiva para o clube.


Opinião




Cenários


Muito será dito e escrito sobre os erros da Direção e Comissão Técnica gremistas, então, eu vou me afastar um pouco do tema e vou tratar de algo bem visível,  dos protagonistas, parte da Mídia esportiva, que se utilizam de uma forma servil ao interesses de seus patrões, isto é, tratam o assunto da forma que leva ao faturamento de seus meios de comunicação em detrimento da veracidade dos fatos.

Cenário 1

Coudet faz 1 a 0 e fecha o time com alterações arriscadas, que ruborizariam Delmar Martins, o Bexiga, ex zagueiro do Grêmio e treinador do Riograndense de Santa Maria nos anos 70. Perguntado, certa vez, sobre o esquema a ser adotado nos gramados, não hesitou: - Serão 9 atrás e 2 recuados. 

Pois "Chacho" Coudet inovou com um 5 - 5 - 0. Alguém dirá e as bolas nas traves em sequência? Fácil! Foi o desespero e desarranjo Tricolor em final de jogo em busca do empate. O que ficou para a mídia: "Coudet fez a leitura correta. Foi pragmático e ganhou o Clássico".

Cenário 2

Coudet faz 1 a 0 e Renato lança mão de um zagueiro (Rodrigo Ely) como centro avante. No final da partida, numa bola levantada na área, Ely empata o Clássico. Resultado definitivo: 1 a 1. O que ficaria para a mídia? "Coudet abriu mão de atacar, chamou o Grêmio para o seu campo; só poderia dar no que deu". Já Renato seria elevado aos píncaros da glória pela ousadia e grande sacada de colocar um grande cabeceador no ataque. Lance de gênio neste xadrez tático que viraram os derradeiros minutos do Grenal.

Tem muita coisa errada no Grêmio, tem no Inter, mas, principalmente, em parte destes entendidos da mídia esportiva gaúcha.

sábado, 22 de junho de 2024

Opinião




9 Jogos, 7 Derrotas devem dizer muita coisa 

Aí, a gente ouve a entrevista do treinador alegando todo o afastamento do ambiente familiar e o agente psicológico que se abate sobre o grupo gremista como o fator fundamental para a queda e a posição constrangedora de Z 4, de poucos gols feitos e muitos sofridos. Não tem como se comover com seu discurso. O que se faz? Bom, eu peguei a esposa e saímos para dividir uma pizza e algumas Stella Artois. O texto? Melhor para a volta, já com as ideias mais agrupadas.

Convido os amigos para antes de prosseguir a leitura da crônica, olharem esta: Escancara as Deficiências. Ela é de Fevereiro, portanto, bem antes de catástrofe, de afastamento do ambiente familiar e pelo que se lê, basta atualizar a data até porque, se alguém ainda acredita que o vice campeonato do ano passado era obra do treinador, agora não tem mais dúvida, o tempo todo leram aqui neste espaço que se não fosse o "Fator Suárez", o Tricolor ia brigar para não cair.

Hoje, vi torcedores vaiando irados o presidente Guerra, correto, mas não pelo motivo que alegavam que era a má qualidade do grupo, porque todos sabem que as contratações passam pelo crivo e o "Ok" de uma única pessoa. Essa deveria ser a causa da ira com o presidente, sua omissão, sua subserviência ao treinador, pois um elenco de 14 milhões de reais, de duas, uma: ou é de muita qualidade, ou fruto de irresponsabilidade e incompetência.

Nós, gremistas, estamos experimentando um sentimento novo, qual seja, o de ser freguês do Inter em clássicos, Coudet  batendo Renato sem questionamentos.

Nem vou analisar o Grenal, não vou fazer recorte, pois a derrota está no contexto constrangedor deste ano.

Aí, vocês me perguntarão: Deve cair o treinador? Não, claro que não. Por que não? Imaginem esta Direção buscando novo técnico, ela não demonstra preparo para tal tarefa, o máximo que fará é tentar tirar Roger, do Juventude, sem levar em consideração a inaptidão do ex-lateral gremista para comandar o Grêmio. Pode ser uma questão psicológica dele, mas o instante não é para análise no divã.

Estamos no mato, sós, sem cachorro. Se correr, o bicho pega, se ficar, o bicho come.


sexta-feira, 21 de junho de 2024

Opinião




Grenal da Encruzilhada 


Sempre "Grenal é Grenal", mas este traz características específicas. Será o primeiro fora do Estado com os times titulares, ambos os clubes vivendo situação inédita porque jogam há tempos fora de seus estádios e, para agravar, a Dupla está rendendo muito pouco, em especial, o Grêmio que perdeu cinco em sequência, então, é um clássico que pode ter desdobramentos fortes para ambos. Basta haver um escore fora da curva.

De qualquer forma, não acredito e não acho aconselhável demitir Renato, se for um resultado normal dentro de uma rivalidade de tremenda história. Se perder por placar mínimo ou jogando bem, haverá turbulências, mas o objetivo que todos sabem, ou seja, a permanência na Série A, não sofrerá grande impacto.

Já, uma vitória poderá dar a primeira dose de recuperação ao clube, que chegando ao returno com diferença pequena para sair do Z 4 e com reforços "inteligentes" (esse é o medo maior, olhando para o mesmo período ano passado, onde nada se aproveitou e como acontece nestas circunstâncias, atrasou o aproveitamento dos jovens da base), não será uma tarefa instransponível. 

Renato poderá surpreender na frente, utilizando Éverton Galdino na de J P Galvão. Pior que está, não fica.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Opinião




Derrota na conta da Arbitragem 


Acho que fica bem a manchete, porque mesmo que o Grêmio tenha jogado muito pouco, o seu adversário não apresentou nada que justificasse a vitória. Foi apenas ligeiramente superior, ou seja, um empate não seria injustiça ou absurdo, mas no caminho do Tricolor  houve um soprador de apito.

A penalidade marcada é um absurdo, pois não haveria o toque de Rodrigo Ely, se ele não fosse deslocado por Titi, o beque do Fortaleza. Legítima relação causa-efeito.

Agora, isso não mascara a partida defeituosa do Grêmio, diante de um adversário que aparenta estar mais enfraquecido em relação aos anos anteriores, tanto que o arqueiro João Ricardo não fez nenhuma defesa difícil e susto mesmo, apenas no final, quando Ely acertou a trave e Nathan Fernandes "coroou" a sua péssima performance com um gol perdido de forma inacreditável.

A insistência de Renato na manutenção de J P Galvão dá margem a várias ilações, porque nada honestamente razoável, justifica a sua escalação. Por que ele segue escalado?

 A preterição na hierarquia dos beques de Gustavo Martins, que fica atrás de Rodrigo Ely é outro fato irritante.

Nathan Fernandes e Felipe Carballo se "sublimaram" este noite. Erraram tudo. O uruguaio ia fazendo um lance lindo, dando um "balãozinho", porém, não completou o movimento e acabou armando um contra ataque.

De bom, desconfio que Edenílson se escalou para o clássico com a expulsão de Pepê. Contrariando a sua fama de "trotador", o camisa 15 correu, batalhou e esteve nas principais movimentações do meio para frente.

Também, que mesmo com cinco derrotas consecutivas, o Grêmio vencendo uma das duas partidas atrasadas que tem, safa-se do Z 4.

Por fim, não acredito que o mais fervoroso defensor do treinador vai deixar de concordar que a responsabilidade maior pelo desempenho sofrível do Tricolor é justamente, do comandante técnico. Time mal escalado e descontinuado, os setores não se entendem.

Sorte que tem muito time ruim nesta edição do Brasileiro.

terça-feira, 18 de junho de 2024

Opinião




De Novo, o Jóquei 


Aqui está quem não ignora as dificuldades dos clubes gaúchos neste momento, situação que começou nos derradeiros dias de Abril e segue com suas tristes consequências, mas, evidente, no futebol como na vida, tem-se que olhar para frente.

O caso do nosso clube, nosso time, o "olhar para frente" é buscar a melhor formação dentro das possibilidades do momento e aí, o destino coloca a chance de mudar o ataque gremista com três velocistas, três habilidosos, três que jogam em direção ao alvo, ao gol: Pavón, Nathan Fernandes e Gustavo Nunes.

Para quem acha que precisa de um grandalhão trombador ou afeito ao choque com os zagueiros, lembro a postagem que fiz há 10 meses sobre a importância do técnico, vide O Ponto Crucial.

Fica a pergunta: O que faria Abel Ferreira com esse trio atacante que poderá atuar amanhã no Ceará?

domingo, 16 de junho de 2024

Opinião




Derrota veio com pouco Futebol


Se for para simplificar, dá para aceitar que foi a derrota de um Grêmio reserva para o novo líder do campeonato. Verdade!

O Tricolor está cheio de argumentos para justificar a quarta derrota consecutiva, a quinta em sete jogos. Tem o calendário apertado por três competições, a situação inusitada da maior calamidade que se abateu pelo Rio Grande e a impossibilidade de atuar em solo gaúcho, algo que os times da Serra e o São José já conseguem. Disso, a decorrência inevitável do rodízio do elenco. Porém, alguns destes argumentos são discutíveis, como por exemplo: Por que J P Galvão não entra neste revezamento? Goleiros precisam revezar?

Tem mais: Por que nesta condição de busca, de  "balancear" o grupo, Nathan Fernandes não pode sair jogando? Também, será que há necessidade de mudar quase todos os 11 de uma partida para outra?

Na postagem anterior, eu deixei um link com parte da entrevista do ex-goleiro Émerson Leão, 4 Copas do Mundo e injustiçado por Telê em 1982, o que resultou em prejuízo para a Seleção e impediu o arqueiro de fechar cinco participações no grupo. Ficou com 1970, 74, 78 e 86. Por que a entrevista que inseri? Porque ele disse aquilo que eu tenho como convicção, ou seja, determinados goleiros são para certos clubes; vão bem até um ponto, falta a qualificação para aguentar o rojão e dar resposta nos gramados. Eventualmente, botam faixa, mas na maior parte da carreira, são vilões. Ele citou Jandrei, hoje banco do São Paulo. Goleiro ótimo para ... a Chapecoense. Tem outros.

Caíque teve um bom desempenho esta tarde-noite, mas pergunto: Deve participar de rodízio num clube do tamanho do Grêmio, mesmo que Marchesin e Rafael, não estejam convencendo completamente? Será que com Caíque, o problema do Tricolor vai ser resolvido a curto ou médio prazo?

E J P Galvão, R$ 1.300.000,00 por mês, o que pensa, por exemplo, Kannemann sobre isso? E Gustavo Martins, no mínimo, ele foi igual a Rodrigo Ely? 

Houve algo de bom contra o Botafogo? Penso que Du Queiroz entrou bem, assim como o jogo demonstrou que Gustavo Nunes, se bem trabalhado, isto é, o time jogar mais para ele, vai render muito. Dodi foi bem. De resto, Geromel voltou bem, no entanto, falhou no segundo gol alvinegro. Maik, sua atuação me convenceu que Fábio é o melhor lateral esquerdo do elenco.

Carballo segue devendo. Edenílson, pelo menos, não faltou empenho e Nathan Pescador é da turma de J P Galvão: se tem futebol, ambos não trouxeram para o Grêmio, aí, não tem remédio, é passar adiante, que sejam felizes em novos clubes.

Pavon e Cristaldo merecem ser vistos sob a batuta de um novo treinador. Tem futebol, porém, parecem mal aproveitados.

De resto, é esperar pelo final do ano, pois, pouco espero das ações da Direção na janela de meio de temporada brasileira.

sábado, 15 de junho de 2024

Opinião



Resiliência 


Resiliência é um termo do Século XXI. Não lembro dele nos 70, 80 e 90 no cotidiano e na literatura nacional. Desconfio que veio para ficar, pois ele encaixa para o momento que os gaúchos vivem, boa parte deles, sofrendo mais rigorosamente a calamidade.

Neste furacão está o Grêmio e o calendário super apertado, além do que costuma ser e só resta ter cabeça fria. Todos, principalmente a torcida, sem que isso signifique abstração crítica e aceitação tácita do que o treinador e demais setores do clube realizarem, ela deve seguir apoiando.

É provável que o Tricolor "visite" a zona do rebaixamento nas próximas rodadas, aí é que entra esta tal de resiliência. O Grêmio não cairá, mas vai precisar ter paciência e encarar a realidade dos próximos meses nesta competição. Não deixar bater o desespero; nada de movimentos equivocados como foram experimentados em 2021 com aventuras suicidas (técnico impróprio para o tamanho do clube e dirigentes lunáticos com discursos que beiraram à comicidade, se não se revelassem trágicos), mas terá que ter no alforje, no seu cinto de utilidades, muita competência. 

O campeonato do Grêmio está limitado à sobrevivência no Nacional de 2024. Ano que vem, a história será outra. 

Acima disso, ele será novamente tema de análise pelo seu  fator Imortalidade.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Opinião




Grêmio sucumbe às suas Deficiências 


Derrota previsível, mas pelo que se viu, o Tricolor fez um bom enfrentamento. Perdeu, porque três jogadores não podem vestir a camiseta gremista: Galdino, J P Galvão e Rodrigo Ely, então, numa partida que se sabe antecipadamente, que seria de difícil resolução, três entre onze é uma senhora diferença.

Torci para que Galvão fizesse uma derradeira despedida (sai neste mês), porém, ele se repetiu. Enredou-se com a bola, esteve longe da área e quando entrou nela, não conseguiu concluir. Não lhe faltou dedicação, nem a Galdino e Rodrigo Ely, também.

Essas "deficiências" da manchete poderiam absolver o treinador pela lógica: "Se são limitados, então, o técnico não pode fazer muita coisa". Só que não é a realidade, pois no banco estão Natã (nunca comprometeu nas raras chances) e Gustavo Martins, que precisa de sequência. Na frente, sem contar com Gustavo Nunes, Renato deixou no banco, o menino Nathan Fernandes que agitou o time na etapa final. Pelo que se viu, não há "importância tática" que justifique a preterição do garoto em prol de Galdino. É punir o time.

Rafael Cabral fez algumas defesas arrojadas, mas não passa segurança exigida para um goleiro de clube que disputa vários certames importantes. Precisa ser mais visto, no momento, não desbanca Marchesín, mesmo com a irregularidade desse.

João Pedro e Reinaldo foram bem ofensivamente, o problema deles, o lateral esquerdo, em especial, é a deficiência na marcação. Kannemann fez o que pode. Falta-lhe uma parceria confiável.

No meio, Dodi muito bem na sua tarefa principal, a marcação, mas se sabe que marcar tão somente, não ganha jogo e ele sequer é titular. Cristaldo e Pepê, alguns lampejos, lances esporádicos; o segundo mais regular durante a partida, de 1 a 10, uma nota 6.

Pavón não poderia ter saído. Nem a questão física precária serve de justificativa, o argentino estava bem e dava indícios que poderia prosseguir na partida. Mostrou indignação com a troca.

Nathan Pescador, Carballo, Fábio e Edenílson foram esforçados apenas, o último, premiado com o gol único do Grêmio.

Fica claro que o campeonato brasileiro do Grêmio é não cair (não acredito, tem muito time pior do que ele nesta edição), no entanto, precisa ficar atento aquela máxima que diz que jogador ruim, não pode ficar no elenco, porque acaba jogando. Galvão, Rodrigo Ely e Éverton Galdino reforçam esta lei do futebol. Sem eles, Renato teria que buscar outros nomes no grupo e com certeza, recorrer à base com vantagem para o time.



quarta-feira, 12 de junho de 2024

Opinião




Heroi por Acidente


Amanhã, o Grêmio tem uma parada torta: Flamengo no Rio de Janeiro. Ambos os clubes estão desfalcados, mas o carioca tem um elenco qualificado e leva, à princípio, boa vantagem, isso, sem considerar o fator "calamidade" que atingiu/atinge o RS.

Para ilustrar as diferenças de opções no elenco, Renato, sem Diego Costa, se quiser manter o esquema, ele terá que recorrer ao único centro avante disponível: J P Galvão. Convenhamos,  é uma alternativa precária, que nunca deu resposta às expectativas geradas por ser ex-jogador da Azzurra.

Com o olhar de torcedor, eu desejo que Galvão seja abençoado, que ocorra com ele, o que acontece, de vez em quando no futebol, isto é, contra todos os prognósticos, o jogador ressurge, virando um heroi improvável.

Que a derradeira lembrança dele no Tricolor, seja o gol de uma vitória no Maracanã, diante do "Mais Querido".

domingo, 9 de junho de 2024

Opinião




A Sorte sorriu para o Grêmio, o adversário é o Flu


Como não se corre o risco de ver esta crônica "recortada" e colocada no vestiário do Fluminense para "incendiar" o elenco, não preciso medir ou escolher as palavras: o Tricolor carioca é um time "batível', sem que isso vire epopeia, lance de imortalidade, etc...

É óbvio que quem ganha uma Libertadores tem que ser reconhecido o feito como ocorreu com o Once Caldas, por exemplo e o Vasco da Gama, para ficar num representante brasileiro, mas, há de se olhar as causas ou circunstâncias que fazem com que times improváveis durante a competição acabem botando faixa.

O Fluminense não era o melhor na edição passada. No mínimo, o Inter era superior, faltou competência na hora decisiva. Seis minutos de apagão, três toques defeituosos de Enner Valencia na hora de botar para dentro do barbante, contra ataques precisos, chutes certeiros e a vaga para a final garantida.

Contra quem? Contra um Boca Juniors combalido, que chegou à final porque tinha um goleiro pegador de penalidades e isso, incrivelmente, foi suficiente para ser superior a quase todos. Faltou um apenas. Hoje, ele está na repescagem da Sul Americana.

Passado um ano, o Fluminense piorou, está 1 ponto acima da zona de rebaixamento do Brasileirão. São 21 pontos disputados e 6 ganhos. Aproveitamento de 28 por cento.

Alguém dirá: Ficou em primeiro no seu grupo na LA. Verdade, porém, olhem os adversários: Colo Colo, Cerro Porteño e Alianza de Lima. Esse trio se disputasse o Brasileirão...

O elenco não se renovou, Fábio, Felipe Mello, Marcelo, Keno, Antonio Carlos, Manoel, Paulo Henrique Ganso,Thiago Santos, Diogo Barbosa, Douglas Costa, Renato Augusto, Germán Kano, notem que cito 12 atletas do grupo, alguns com bem mais do que 30 anos. Nenhum deles com menos do que essa idade.

Fluminense poderá ser uma parada melhor do que encarar o Peñarol.


Opinião




Empatou: Segundo no Grupo 


Mais do que crítica, é uma constatação: O Grêmio quando venceu o Huachipato, os adjetivos predominantes foram heroico, copeiro, superação. O goleiro, eleito o melhor em campo pelo que fez na segunda etapa, também é outro fator revelador. O time sofreu mais do que devia. O clima e estado do gramado, em especial, no segundo tempo, absolveram o time. 

Ontem, novas revelações. Primeiro que o Couto Pereira não faz a diferença que se imaginava É a opção mais positiva, mas sem o time jogar bem (técnica, tática e individualmente), a torcida atuante não será suficiente. Eduardo Dominguez, treinador do Estudiantes, superou Renato e o empate virou um resultado justo.

Outro fato presente na partida: Os reservas, suas entradas, deixaram o time enfraquecido. Os meninos não conseguiram nunca superar os adversários no "mano a mano", para agravar, quando perdiam a posse de bola, armavam contra ataques. O ingresso de João Pedro Galvão é "pedra cantada", o decréscimo ofensivo é uma consequência certeira, mesmo sendo ele o responsável pelo único chute perigoso no segundo tempo.

Rodrigo Ely e Marchesín, ambos bem no Chile, no gol argentino falharam. João Pedro, também. Mendez cabeceou sozinho. O arqueiro em outros lances mostrou dificuldades na bola aérea.

Acho que a sorte ajudou, porque o lado da chave, onde o Tricolor ficou (Fluminense, Atlético e River), mesmo com o discutido fator de fazer a segundo em casa (que casa? O Couto Pereira?), a atual condição gremista reduz o impacto de ser vantajoso jogar o "de volta" em seus domínios. Vale lembrar que o Imortal fez o seu terceiro jogo no estádio do Coritiba e bateu apenas o fraco The Strongest.

Para as oitavas, entrando Jemerson ou Geromel, a zaga cresce; mantido Reinaldo, a lateral enfraquece. E não será com Edenílson que o meio vai melhorar. 

Para passar de fase, novamente terá que ser na superação.

Por fim, muito boa a atuação de Cristaldo, ele e Diego Costa, os melhores.


sexta-feira, 7 de junho de 2024

Opinião

 


O Pulso do Futebol

 

 

...O pulso ainda pulsa
Hepatite, escarlatina, estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo, esquizofrenia
Úlcera, trombose, coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciúmes, asma, cleptomania
O corpo ainda é pouco
O corpo ainda é pouco

 Aproveito versos de Arnaldo Antunes (O Pulso) para tratar daquilo que parece ser a morte ou fenecimento do Futebol como esporte, pois dá para “imitar” a poesia do ex-Titã para elencar  as variadas “patologias” que o assolam:

 - SAFs imitando o “jeito antigo” de administrar os clubes, Var “seletivo” (vide vídeo abaixo), panelinhas perniciosas dos juízes e comissão de arbitragem, dirigentes de clubes espertos, apenas de ocasião, empresários “ligeiros” demais, venda de atletas “infanto-juvenis” para o exterior, patrocínios estranhos de empresas de apostas, corrupção na cúpula da CBF ao longo de décadas com várias condenações e prisões, calendários apertados, inchaço de clubes em competições históricas como Libertadores e Mundial de Clubes, certames pouco atraentes como Sul Americana que respingam, bagunçando, por exemplo, o Brasileirão, técnicos incompetentes (enriquecendo) sem dar retorno aos clubes, resultados de partidas arranjados, Copas do Mundo igualmente inchadas, narradores e comentaristas, em boa parte, mulheres, sem conhecimento técnico nas transmissões esportivas, ex-atletas sem o domínio básico do ofício do jornalismo nas coberturas esportivas, o torcedor sofrendo patrulhamento, isto é, ele pode criticar um comentarista homem, mas não uma mulher, pois é taxado de machista, ingressos exorbitantes, portanto excludentes no plano social, as Arenas esportivas dando preferência a outros eventos, ficando o futebol como acessório, desinteresse geral pela Seleção Nacional, desmantelamento das competições regionais, o fim de uma geração de ouro de narradores, comentaristas e repórteres e até plantões esportivos, sem a reposição qualificada, uniformes de clubes tradicionais sendo poluídos pelo excesso de propaganda. A lista é longa.

 Convém mencionar o tubo de oxigênio nisto tudo que são os torcedores, mas uma hora eles cansam ou se esgotam.

 Dica de postagem sugerida pelo alvirrubro, o amigo Alvirubro.





 


terça-feira, 4 de junho de 2024

Opinião






Copeiro 


Uma vitória heroica, soberba. Se o Grêmio usar time totalmente reserva no final de semana, será justo, porque, esse confronto recém finalizado, além do caráter decisivo, o fato de ser fora mais o estado do gramado na etapa final, esses fatores promoveram uma dificuldade quase intransponível. Quase. 

Quase, porque o grupo se comportou muito bem, mostrando jogadores "barrentos", afeitos ao que o jogo pedia: Marchesín, Rodrigo Ely, Kannemann, Diego Costa e um pouco abaixo, Dodi, Soteldo, Pepê e João Pedro. Atuações excelentes, em especial, o goleiro e o centro avante. Soberbos.

Enquanto houve condições de jogo, o primeiro tempo, o Tricolor teve chances de ampliar o marcador. 2 ou 3 a 0, não seria exagerado. Com boas atuações, inclusive Galdino, que deve ter saído por cansaço ou lesão, pois realizava uma partida de qualidade.

O que ficou de importante é que, conforme as diferentes exigências se apresentaram (Estudiantes, The Strongest e Huachipato), o Imortal soube enfrentá-las.

Renato tem muito mérito nestes confrontos, porque a defesa tão criticada, passou em branco nos três últimos compromissos da Libertadores e, evidente, quem não sofre gols, marca pontos.

Finalizando: Eu fui um crítico da contratação de Diego Costa (já escrevi sobre isso em postagens anteriores), não pela sua qualidade, mas pela sua idade e o recente histórico no Galo e Botafogo, mas é juntamente com Soteldo, os dois maiores acertos da Direção. Embora a sombra da passagem de Suárez, Diego está melhor do que se esperava dele.

Já o venezuelano não me surpreende. Deixo aqui o link da postagem de seis anos, Dez/18, quando já manifestava minha empolgação pelo seu futebol. Soteldo.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Opinião




A Famigerada "Importância Tática"


Tudo bem! Amanhã à noite, a gente pode ganhar com gol de Éverton Galdino e se dirá (alguns, os mesmos de sempre) que ele foi o melhor em campo, uma bela aposta do treinador, etc... Os famosos comentaristas de resultados em êxtase, achando que tem a fórmula para enganar os otários. 

Mas a grande verdade é que este jogo, este desafio, ele está moldado para o time visitante ter velocistas à frente: Soltedo, Gustavo Nunes, Nathan Fernandes, enfim, desse naipe. O Huachipato não tem saída; é atacar ou rezar para que o Estudiantes faça o que não fez ainda, ganhar fora de casa.

A manutenção de Galdino contraria os interesses do Tricolor e robustece os equívocos do comandante técnico que só recorre aos avantes jovens, quando não há mais alternativas ou quando a água está batendo no queixo. - Vai lá guri e resolve!

Diante do Strongest, Galdino fez um golaço, porém, estava desertando do seu exílio, de seu confinamento na direita, onde invariavelmente, avança, pára, traz a bola para o centro, quase sempre congestionado, fato que realça as suas limitações como atleta de clube grande. Em parte, a culpa não é dele.

Sabe-se que o futebol é irônico, que Galdino pode se tornar o melhor em campo, no entanto, eu não vou me esquivar de colocar antecipadamente o que penso de seu aproveitamento. 

E se ele rebentar? Se ele rebentar vou reconhecer que pontualmente funcionou, assim como Alisson um dia estraçalhou ou Werley fez o gol decisivo, afinal, todo jogador tem seu dia de Gabiru.

sábado, 1 de junho de 2024

Opinião


Risco não calculado 


Assisti apenas o primeiro tempo, depois vi os melhores lances da etapa final e foi preocupante, porque, se desconsiderarmos os efeitos dos fatores externos (aliás, tem que ser assim, pois vão permanecer por todo o 2024) decorrentes da situação inédita e trágica  para os gaúchos, o Grêmio apresentou problemas que são antigos, são "pré-calamidade".

A primeira conclusão é que é um erro gigantesco escalar 100% de reservas. Só não foi esse percentual, porque Villasanti não atuou diante do The Strongest e foi aproveitado; senão, seria. 

Jogar o certame nacional mais difícil das Américas com time reserva é um passaporte para o rebaixamento, que se sabe, traz estragos monumentais na estima do torcedor, bem como, aos cofres do clube.

Outra conclusão: Insistir com determinados atletas, independente de tragédias é outro ingrediente decisivo para o cadafalso. J P Galvão não se adaptou ao clube. É simples, pode até ser um bom jogador, mas aqui, não mostrou nada. O mesmo ocorre com Carballo e Du Queiroz. Seus desempenhos hoje (a parte que vi), não diferem dos anteriores ao mês de Maio.

Continuando: Tenho bronca com goleiros que não tem conhecimento do seu ofício ou de um detalhe desta profissão, qual seja: Batedor de penalidades que são canhotos, quase sempre são maus cobradores. Por que? Porque executam a cobrança, invariavelmente no canto esquerdo do arqueiro, isto é, chute cruzado. Então, o goleiro não tem obrigação de defender (é uma chance mínima), porém, tem que escolher o canto certo, No caso, o seu esquerdo, se for um canhoto o cobrador. Deveria estar na cartilha de formação dos "goal-keepers".

Finalizando: O Tricolor vai ter que olhar com carinho para o Brasileirão e deixar a Copa do Brasil de lado, se quiser ter um 2025 menos complicado. Mais hora de Alberto Guerra e menos de Renato nestas definições de rumo.